"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pouco a Pouco

Há uns, dez, doze anos aprendi um coro fantástico, trazido pela minha filha do Seminário Teológico Baptista onde era aluna.
Na verdade, não sei muito bem como falar dele, é que, simplesmente, sente-se! Portanto, tudo o que eu possa dizer, já sabem, fica muito aquém da mensagem que encerra.
Sempre que o canto, mesmo mentalmente, sem voz, sinto-me como que transportada ao ideal de vida. Oh, coisa mais linda e verdadeira; inspirada e inspiradora, tanto na letra como na música; acho mesmo que uma não vivia sem a outra. FANTÁSTICO!
Sim, já vou revelar a letra, mas primeiro quero pedir a quem o conhece que, se souber quem são os autores ou a história que levou à sua feitura, por favor me informe; depois, a quem não o conhece que procure, aprenda, cante e sinta, vai ver que é uma bênção.

Pouco a pouco em cada dia,
pouco a pouco Jesus me guia,
está-me a transformar.
Está-me a mudar!

Desde que eu me entreguei,
pela Graça viverei.
Cristo está-me a mudar!

Está-me a mudar, bendito Salvador,
nunca mais vou ser o que eu era.
É crescimento lento, mas estou certo
que um dia perfeito eu serei!


Paulo diz que Aquele que nos salvou, também aperfeiçoa a salvação em nós. É que, o processo de perfeição espiritual e do carácter humano, vem intimamente ligado à conversão. E, a meta do verdadeiro cristão, é o dia de Cristo!
Dou graças a Deus porque tenho visto em mim o trabalho contínuo que Ele desempenha na minha mudança. Pouco a pouco…

"Tendo por certo isto mesmo, que Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Cristo Jesus." - Filipenses 1: 6

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A Arte de Desresolver

Desde há muito tempo que, pelo menos uma vez por ano, releio "O Livro das Decisões". Considero-o muito, muito bom, mas há um capítulo em especial que, desde a primeira leitura, transformou a minha visão e atitude.

Hoje vou transcrevê-lo aqui e espero que possa mudar a perspectiva e conduta de quem nele se reveja.




"... transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."
Romanos 12: 2





"Aqui está uma coisa que você precisa aprender: a arte de desresolver. Isto se aplica apenas nos casos em que a resolução tomada anteriormente não é a mais sábia nem a mais correcta. Neste aspecto, a arte de desresolver não tem nada a ver com a falta de perseverança ou de firmeza. Não se trata de capitulação. Nem de retrocesso. Nem de fraqueza. Quando é para reparar o erro, a arte de desresolver é um acto de sabedoria e coragem.

Veja este exemplo extraordinário: ao saber que Maria estava grávida, sem que tivessem ambos coabitado, José resolveu deixá-la secretamente. Ao tomar, porém, conhecimento de que a concepção de Maria era sobrenatural, José fez exactamente o contrário do que havia resolvido: ele a recebeu como esposa (Mateus 1: 18-25).

Há muitas resoluções intempestivas, baseadas em raciocínios falazes, frutos de uma cultura oposta ao carácter de Deus e geradas pela pecaminosidade latente do homem. Elas precisam ser revogadas. É exactamente aí que entra a bendita arte de desresolver. Há votos e promessas feitos impensadamente em momentos de desespero que não atingem o alvo e que não agradam a Deus. Eles devem ser anulados.

Inicie-se na arte de desresolver. Lembre-se de suas mais recentes ou de suas mais antigas resoluções e volte atrás. Talvez você tenha resolvido nunca mais pôr os pés na igreja, talvez você tenha resolvido abandonar o cônjuge, talvez você tenha resolvido vingar-se de alguém, talvez você tenha resolvido entregar-se às aventuras da carne, talvez você tenha resolvido brigar com Deus, talvez você tenha resolvido jogar fora toda a herança cristã imposta ou adquirida até agora.
Use a arte de desresolver para proteger-se do tédio, do vazio, da vaidade, da loucura, da dor, do remorso, do desespero, do suicídio, da morte e da morte eterna."

(in: "Em Letras Grandes", de Elben Lenz César - Editora Ultimato)

domingo, 18 de julho de 2010

Identificados com Cristo

Outro dia a minha filha, falando acerca do blogue, lembrou-me que, ao longo da vida, o meu trabalho na obra de Deus tem sido no campo do ensino e do aconselhamento e que para isso Ele me destinou dando o dom para servir nestas áreas.
Realmente, muito por não querer ser pretensiosa, ao iniciar este blogue, decidi dedicá-lo a descrentes, numa vertente diferente da que estou habituada enquanto educadora e mentora; ou seja, fazer abordagem evangelística.
Porém, se não tenho conhecimento prévio, essa não é "a minha praia" e, Deus tem-me mostrado que, simplesmente, devo expor a perspectiva bíblica, independentemente de quem lê.


A propósito, o que é isto de ser crente (palavra quase caída em desuso ou deturpada na sua génese espiritual) ou descrente?
Ser crente é, após a salvação, sermos identificados com Cristo (hoje é mais utilizado o termo "cristão" que, sendo correcto, nos induz a erro devido à vulgarização da palavra).
O dicionário diz que "identificação" é: "Provar ou reconhecer a identidade de" ou "Confundir-se com".

Em 1859, Charles Blondin, famoso equilibrista francês, colocou um cabo de aço sobre as cataratas do Niágara, numa extensão de mais de 300m, a cerca de 60m de altura, e deu inicio à travessia do Canadá para os Estados Unidos. No outro lado, cerca de 10.000 pessoas assistiam ao feito e, quando ele concluiu a travessia, foi largamente aplaudido e aclamado.
Nessa altura, ele abriu os braços e gritou: "Agora vou atravessar para o outro lado, mas desta vez vou levar alguém às cavalitas. Acreditam que sou capaz?"
A multidão, completamente delirante, respondeu: "Sim, acreditamos, tu és capaz!" Blondin voltou a gritar: "Muito bem, qual de vocês quer vir comigo?"
Silêncio absoluto, respiração suspensa, nenhum sinal.
Ele insistiu e nada...
De repente, um homem saiu dentre a multidão, foi até ele, subiu para os seus ombros e nas 3,5 horas seguintes fizeram a travessia de regresso ao Canadá.

Quantas pessoas estavam ali? Quantas diziam acreditar naquele homem? Quantas se dispuseram a aceitar o desafio?
Todos naquela multidão criam que Blondin era capaz de cumprir a proposta, mas só um é que esteve disposto a aceitar o desafio.

Pois aí está, é necessário colocar a nossa vida à disposição Daquele em quem acreditamos.
Ser crente é muito mais que acreditar, é ter identificação com Cristo!Há pessoas que acham que Jesus é fantástico, acreditam que é capaz de fazer maravilhas, batem-Lhe palmas, gritam o Seu nome, mas as suas vidas são remetidas ao silêncio, não aceitam desafios, não O seguem, nem O experimentam.
Ser descrente, é mesmo o contrário de ser crente!

Para os seus seguidores, Jesus disse (João 15: 14): "Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando." Esta é a súmula da nossa identificação com Ele!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Cristiano Ronaldo é pai

Pára tudo!

É sabido, via meios de comunicação, que o jogador Cristiano Ronaldo é pai e, não fora o absurdo da notícia e das opiniões públicas a ela relativas, eu não falaria do assunto.
Verdade, verdade, nem sei por onde, nem como começar.

Joga bem à bola, e…? Faz algum favor?
Tem a profissão que escolheu e gosta, ganha verbas incalculáveis e tem uma projecção extra-profissional que nada tem a ver com mérito, desempenho cultural ou com moral!
E, é isto que me confunde, fazem-se heróis do nada…, mais difícil ainda, nem sequer podemos atribuir esta explosão à incoerência típica dos adolescentes; não, são adultos, são responsáveis de opinião, são figuras públicas, que desculpam e apoiam tudo o que este rapaz faz e diz.
Recordando Camões: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades; muda-se o ser, muda-se a confiança...”

Pois bem, onde uns vêem juventude, eu vejo deslumbramento; quando dizem que está na idade de se divertir com as mulheres, eu digo que as mulheres não são descartáveis; quando uns acham que ele está acima das críticas e pode dizer o que lhe apetece, eu acho que Ronaldo é duma enorme falta de reconhecimento aos seus pares; especula-se que a mãe anónima é uma barriga de aluguer muito bem escolhida, eu acho que ninguém tem o direito de gerar vida por catálogo; opinam que ele tem direito à guarda exclusiva da criança porque tem dinheiro para isso, eu penso que prioritariamente todas as crianças têm direito à família natural e nunca à compra de caprichos pessoais; e, pasme-se, há quem diga que ele é um “exemplo” pela forma “digna” como transmitiu aos fãs a paternidade, mais uma vez estou em desacordo total e considero isto imoral.
Entretanto, aprecio a consideração que ele tem pela família, mas outros, com infinitamente menos dinheiro e visibilidade, fazem-no sem necessidade de recorrer a vedetismos e prepotência. Logo, merecem ainda mais a minha apreciação.

Será que aqueles que lhe são próximos ainda não se lembraram de dizer aquele rapaz mimado e novo-rico que os filhos não são mercadoria? Ninguém lhe diz que quem não se respeita, não pode exigir respeito?
Uma das piores contribuições para o mundo é, sem dúvida, o dinheiro que compra indiscriminadamente.

Mas, melhor do que aquilo que eu penso e digo, mais uma vez, é na Palavra de Deus que se colhe a sabedoria e, o que Jesus disse aos seus discípulos, serve para qualquer um:
“De facto, que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro mas arruinar a sua vida? Ou, que poderá o homem dar em troca de sua vida?” - Mateus 16: 26