"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


sábado, 27 de outubro de 2012

Prefiro o meu Cristo!

Por entre tempestades, dificuldades, crises e conflitos, eu prefiro acreditar no meu Cristo e usufruir da Sua companhia.
Às vezes as coisas não são como as sonhei, mas eu prefiro confiar na sabedoria do meu Cristo, porque sei que Ele faz o que for melhor para mim.
Acontece até eu não entender de imediato certas situações ou os seus resultados, mas continuo a preferir o meu Cristo para fazer comigo a caminhada.
Sofro provações e testes que julgo imerecidos, mas ainda prefiro o meu Cristo porque isso não acontece para Ele saber mais de mim, mas para eu saber mais d’Ele.

O mundo tem respostas? Sim!
Os líderes projectam soluções? Sim!
Os políticos prometem melhorias? Sim!
As religiões oferecem-se para resolver todos os problemas? Sim!
Sim, sim, sim, mas eu prefiro o meu Cristo porque Ele não falha, não mente, não se desculpa, não me abandona; ao contrário, fortalece-me e dá-me bênçãos de paz.

Quando olho para trás, tenho a certeza que nem sempre entendi (procedi) assim, mas sei que a salvação não é estática; ela é um processo de aperfeiçoamento, até àquele dia…
Eu acredito que o plano de Deus é infalível; que, a cada dia, esse plano me torna mais íntima do meu Senhor e que o culminar será a eternidade na glória do Pai. Por isso, eu prefiro o meu Cristo!
E tudo porque o Seu amor é indescritível e, mesmo antes de eu o preferir, Ele já me preferia a mim.



Prefiro o meu Cristo ao brilho vão;
prefiro a Sua graça e riquezas sem fim,
a casas e terras prefiro-O a Ele;
será de minha alma forte paladino.

Não quero o aplauso do mundo falaz;
prefiro nas filas de Cristo servir.
A fama do mundo é leviana e fugaz;
prefiro para sempre a Jesus seguir.

Antes que ser rei de qualquer nação
e em pecado governar,
prefiro o meu Cristo, sublime dom
que o mundo não pode dar.

(A tradução é minha, espero que esteja explícita)

sábado, 20 de outubro de 2012

Aba


Gosto muito de recordar pessoas, locais e situações que deram cor à minha vida e, por algum motivo, me incentivaram.
É aí que entra um crente que conheci na pré-adolescência, teria ele a idade que eu tenho hoje. Eric Barker, missionário inglês que fundou e pastoreou a Igreja Evangélica da Foz, no Porto. Um homem segundo o coração de Deus que, apesar das provações que fizeram a sua história (um dia falarei disso), sempre foi fiel.
Quando ele orava, eu ficava sossegadinha, a olhá-lo e a ouvi-lo. O rosto dele iluminava-se e, com um sorriso e uma doçura quase infantis, falava com o Pai.
As suas orações começavam sempre por: “Aba, Pai, meu Paizinho querido”.

Aba é uma palavra de raiz aramaica usada pelos judeus como forma carinhosa de tratamento ao progenitor e uma das primeiras palavras que as crianças aprendiam.
Podemos dizer que equivale às expressões portuguesas: “paizinho”, “papá” ou “pai querido”.
Relativamente a Deus, trata-se de uma forma muito intensa e íntima de dizer “Pai”.
Há textos de alguns historiadores que relatam que os primeiros cristãos utilizavam o termo “Ab•bá” nas suas orações.

Esta forma de tratamento não aparece no Velho Testamento, nem sequer na expressão simples de “Pai” porque nenhum judeu ousaria chamar Jeová com termos tão familiares. Na verdade, eles sabiam que havia uma enorme distância entre Deus e o homem.
Aba aparece escrita no Novo Testamento por três vezes; e a expressão “Pai” é, de todos os nomes de Deus, o que Jesus usou com mais frequência (mais de 200 vezes), denotando uma íntima afeição. Alguns exemplos disso, são:

Aos 12 anos, na primeira narração bíblica das palavras de Jesus:
“Porque me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?” – Lucas 2:49;
Quando Jesus ensinou os discípulos a orar:
Pai nosso…” – Lucas 11:2;
No Getsêmani, talvez o momento mais difícil e mais profundo:
Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero e sim o que tu queres.” – Marcos 14:36;
Quando estava na cruz, Ele proclamou:
Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” – Lucas 23:46.


Este é um dos maiores privilégios dos crentes, a intimidade e cumplicidade que o sangue de Cristo nos transmitiu, permitindo que falemos directamente com Deus e possamos dizer: “Aba, Pai, meu Paizinho querido”.



“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes outra vez atemorizados, mas recebestes o espírito de adopção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai!” – Romanos 8:15

sábado, 13 de outubro de 2012

Culpado… Procura-se!


Outro dia ia a caminhar quando reparei que, em sentido contrário, vinha uma jovem mulher de óculos escuros, fones e uma criança dos seus 4 anos pela mão. Já mais perto, atravessou uma rua sem cuidado, enquanto um homem muito idoso conduzia de marcha-atrás. Nenhum dos adultos tomou precauções (acho que nem se viram) e como me apercebi que a traseira do carro ia bater na criança, comecei a fazer sinal à jovem e a dizer “cuidado”, mas ela não ligou (não terá visto, nem ouvido).

Isso foi tudo mais rápido do que me parecia ser possível; quando elas subiram o passeio o carro devia estar a uns 10cm da criança.
Dois passos mais e estávamos a cruzar-nos. Eu disse-lhe do sucedido e da minha aflição para comunicar e a jovem respondeu: “Ah, não vi nada, eu venho a cantar e não reparei, mas também se acontecesse alguma coisa ele é que tinha culpa.” E seguiu.

Pois é, mais importante que as consequências está a busca por um culpado, com tanto que não sejamos nós próprios. Isto é assim desde o princípio. Lembram-se quando Adão colocou na Eva a culpa de ter comido o fruto?

Mas o pior é quando a procura do culpado assenta em Deus ou no Diabo. E há crentes que usam e abusam dessa perícia, “espiritualizando” todas as situações.

Permitam-me que comente duas histórias que, em diferentes oportunidades, ouvi da boca da mulher de um pastor.

1 – Aquando de uma lição da E.B.D. acerca do dízimo, deu o seguinte exemplo –
"Uma crente minha conhecida partiu um pé e, quando começou a ter despesas devido ao acidente, percebeu que Deus estava a castigá-la porque não tinha dado o dízimo. Eu nem precisei de dizer nada.”

Há seis anos atrás, parti um calcanhar. O que posso dizer é que dou graças a Deus por não ter procurado n’Ele o culpado. Eu estava no último degrau do escadote, a fazer equilíbrio num único pé, inclinada para a esquerda, no intuito de tirar um cortinado, sem ter de subir e descer constantemente.

2 – Numa reunião de oração, quando estava envolvida num projecto, compartilhou –
“Sempre que tenho um projecto na igreja, o Diabo fica a fazer-me frente o tempo todo. Ontem fui ao Shopping e quando ia a tirar o carro do estacionamento, bati numa coluna."

Já que não foi aselhice, nem distracção, a pergunta que me sugere é se o Diabo terá deslocado a coluna para deixar o carro mais apertado. Isto para não dizer que não precisamos de dar ideias ao diabo, ele é muito perspicaz.

Quando estamos na procura de um culpado, porque não primeiro pensarmos em nós próprios?
Temos de parar de transferir a responsabilidade do que de mau nos acontece para Deus ou para o Diabo; temos de assumir os nossos erros e arcar com as consequências.

“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Provérbios 28:13

domingo, 7 de outubro de 2012

Você Pergunta, a Bíblia Responde

Há histórias bíblicas que nos ficaram na memória desde que, muito pequenos, as ouvimos na Escola Bíblica Dominical. Quase todas eram sedutoras devido à magia que encerravam: “Daniel na cova dos leões”, o “Milagre da multiplicação dos pães e dos peixes”, a “Travessia do Mar Vermelho”, a “Arca de Noé” e tantas outras, também, a transformação da água em vinho nas Bodas de Caná.


Esta última, é a que trago hoje, não pelo encanto da transformação da água, mas para mostrar através deste episódio da vida de Jesus (João 2:1-11), como a Palavra de Deus dá resposta às perguntas que por vezes fazemos:

Será normal mantermos amizades e vida social?
(V.2) Jesus tinha amigos e, neste caso, foi convidado a participar num acto social que revela intimidade, um casamento, e aceitou.
Sim é normal e melhor se convidarmos Cristo a entrar nos nossos espaços. O cuidado que temos de pôr para um conviva tão especial, permite que tenhamos mais cuidado na escolha da nossa decisão.

Podemos acelerar as respostas às nossas ansiedades?
(V.4) A mãe de Jesus, perante o facto do vinho ter acabado, sabia que podia apelar à obra de Jesus, mas o tempo de Deus não é igual ao nosso.
Devemos aprender a esperar, sem perder a proximidade com o Mestre. Precisamos lembrar que o nosso nível de preocupação é humano, mas a decisão de Deus é espiritual.

Na dúvida, que certezas temos?
(V.5) Maria disse aos criados que fizessem o que Jesus mandasse.
Pode parecer um tiro no escuro, mas devemos ouvir e obedecer à vontade de Deus. Afinal de contas, se Ele é o Senhor das nossas vidas, mesmo quando o caminho não é o que julgamos melhor, devemos ter confiança na sua vontade.

Então, Deus faz tudo o que precisamos?
(V.7) Jesus mandou os serviçais encher os potes com água.
Não, é nosso dever fazer aquilo que podemos. Deus conhece as nossas limitações e sabe o que é razoável ao homem realizar; logo, devemos executar com fé o que for da vontade e mando de Deus.

Os resultados serão sempre satisfatórios?
(V.10) Depois da transformação de água em vinho, o mestre-sala aprovou-o como sendo o melhor, na sua perspectiva até era desfasado para a altura.
Devemos confiar nas respostas de Deus e ter certeza na vitória. Talvez não seja o que queremos, mas são, sem dúvida, as melhores.

Porque será que certos contratempos acontecem na nossa vida?
(V.11) Manifestou-se a glória de Deus e os discípulos confirmaram a sua fé.
Porque é necessário que reconheçamos a soberania de Deus e a nossa dependência; dessa forma, também, fortalecemos a nossa fé e mostramos a gloriosa missão de Cristo na nossa vida espiritual.

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”
II Timóteo 3:16-17