"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


sábado, 24 de novembro de 2012

Eureca!


Estou ansiosa por vos contar!...

Sempre gostei muito da comparação dada por Cristo aos discípulos (e por acréscimo a todos os crentes) acerca do que deviam representar: “Vós sois a luz do mundo!”
E, nunca questionei a alegoria, porque, afinal, é uma ilustração evidente.

Mas o mesmo não se passou com: “Vós sois o sal da terra!”
Aí, tudo quanto ouvi desde pequena (invariavelmente: conservação e sabor), não me satisfez. Várias vezes dei comigo a pensar: meu Deus, eu uso tão pouco sal, na verdade ele até pode tornar-se prejudicial à saúde. Então, porquê?
Pois é, apesar das minhas interrogações, nunca me debrucei sobre o assunto, nem descodifiquei o texto.

Na EBD do passado Domingo, enquanto estudávamos II Pedro 2 acerca dos falsos mestres e profetas, a professora (excelente) advertiu para o nosso papel no mundo e “en passant” disse: “por isso que somos o sal da terra, que preserva, que dá sabor, que faz sede.” e passou adiante.

Até hoje, estou em êxtase!

Confesso que, de imediato, as ideias começaram a fluir na minha mente e já não consegui descolar-me da revelação.

E, apesar de correr o risco de ser a única (?) pessoa que não tinha chegado a esta conclusão, quis, com uma enorme alegria, partilhar isso convosco.

“Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” – Mateus 5:13

Vamos ver as conclusões que tirei:
1- A preocupação do cristão deve ser não perder a qualidade (não ser insípido), ou seja, não deixar de salgar. A passagem de Mateus aplica, claramente, os vocábulos “salgar” e “insípido”. Está lá tudo!
2- Todos sabemos que a comida salgada produz SEDE. Simples, não?
3- O problema, é que nos habituámos a reduzir, imediatamente, o valor do termo (salgar) para um único objectivo (sabor) que, normalmente, associamos a algo agradável.
4- O alvo proposto é que possamos incomodar, preservando a essência de Cristo em nós. Isso é a pureza do sal, salgar e preservar.

Por isso digo: “Eureca!”, achei resposta às minhas dúvidas e, sim, considero que este é o verdadeiro significado da advertência de Jesus.

Será que temos sido sal da terra? Temos nós provocado sede de Cristo entre aqueles que nos rodeiam?
Afinal de contas, Ele é a Água Viva e quem beber dessa água nunca mais terá sede!

E agora, perguntem-me porque será que não pensei nisto antes.
Sei lá! O importante é que Deus respondeu à minha dúvida.


Oração: Oh Pai querido, obrigada por permitires que eu seja sal e por me teres mostrado o verdadeiro significado do teu ensino.
Que sempre me encontres fiel e que o meu exemplo possa provocar sede de Cristo naqueles que me rodeiam!

sábado, 17 de novembro de 2012

Reputação e Reconhecimento


Gosto do Livro de Actos; julgo que é, junto com as epístolas e salvo a distância do tempo, o que mais se aproxima da nossa realidade e mais ensinamentos nos oferece.
Hoje trago aqui os versículos 1 a 5 do capítulo 16 e, noutras ocasiões, continuarei a falar deste excelente capítulo.

Paulo tinha começado a sua segunda viagem missionária, partindo da Antioquia. Quando chegou a Listra, encontrou o jovem Timóteo e
“Dele davam bom testemunho os irmãos em 
Listra e Icônio” – v. 2

Aí estava um rapaz de boa reputação; falado por bons motivos. Paulo, agradou-se tanto com aquilo que ouviu, que o escolheu para companheiro de viagem. E o trabalho conjunto deu frutos, dizendo-se que
“Assim as igrejas eram fortalecidas na fé e aumentavam 
em número dia a dia.” – v. 5

O reconhecimento de Paulo pelo jovem Timóteo, fez com que se tornassem fiéis companheiros e pudessem desenvolver um trabalho, de confiança e respeito, frutífero na obra do Senhor.

Há algumas perguntas directas que cada um de nós deve fazer:
Tenho eu consciência do testemunho que estou a dar?
O que é que os outros dizem de mim?
Ao relacionar-me com outros crentes, tenho disponibilidade para reconhecer o seu valor?
Consigo desenvolver um trabalho conjunto baseado na confiança e no respeito?

É útil para a obra de Deus que analisemos estes aspectos da nossa vida: reputação e reconhecimento. Porque para o crente:
A reputação é o reflexo do nosso carácter e das nossas atitudes.
O reconhecimento é um princípio espiritual que dá e recebe bênção.

sábado, 10 de novembro de 2012

A Fragrância do Conhecimento


Faz hoje 83 anos que em Aiquile, na Bolívia, nasceu o terceiro de 4 filhos de Leslie Martin e Della Johnston, onde eram missionários entre os índios.
Graduado em teologia pela Wheaton College, veio a diplomar-se como Doutor em Filosofia do Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo, na Escócia.
Nos EUA serviu, durante cerca de um ano, como pastor interino. E, em 1957, casou-se com Patrícia, com quem tem 5 filhos.
Aceite como missionário pela Missão Baptista Conservadora, veio trabalhar em Portugal por um curto período e, em 1962, foi para São Paulo, no Brasil, onde fundou as Edições Vida Nova e leccionou na Faculdade Teológica Baptista de São Paulo.
Hoje, além de escrever (tem um vasto numero de livros de sua autoria), viaja pelo mundo, ministrando a Palavra de Deus em conferências, igrejas, seminários e faculdades de Teologia.

O meu homenageado é Russell Philip Shedd conceituado teólogo e missionário evangélico.


Palestra em Esmirna
Este homem é um mestre, cuja grande tarefa tem sido a defesa da suprema autoridade da Bíblia como Palavra de Deus.
Dono de uma lucidez e sabedoria impressionantes, a sua presença é tímida e tranquila. Quase sempre as suas respostas acerca do pensamento/atitude humana começam por “depende” porque a sua análise é profunda e sabe que nem todos estamos no Caminho, embora todos digam que têm certezas.
Apesar do reconhecimento que o mundo evangélico, intelectual e cultural tem pela sua obra e serviço, ele diz arrepender-se de: “não ter sido mais consagrado ao Senhor, de ter desperdiçado tempo... tempo a gente não recupera, perdeu, está perdido!”

Sinto-me privilegiada e orgulhosa por conhecer Shedd. Tive boas experiências com ele e, sobre tudo, aprendi muito. Na verdade, só posso estar grata ao Senhor por me permitir ter conhecido este e outros grandes homens de Deus.
Conheço, pelo menos, três pastores que abordam os trechos bíblicos (literalmente) com uma facilidade impressionante, mas Russell Shedd não tem margem de erro. Ele recita qualquer texto de cor, incluindo a referência bíblica e as passagens paralelas.


Pr. Shedd, Patrícia e eu, em Sardes
Quando viajámos pelas terras das “Sete Igrejas do Apocalipse”, onde ele ministrou os estudos bíblicos e históricos, pegou numa velha Bíblia em grego (uma das primeiras impressas) e fluiu a mensagem com tradução simultânea para que não se perdesse a essência do texto. Durante toda a viagem, nunca se escusou a responder a qualquer pergunta e ofereceu-nos um panorama mais íntimo sobre o trabalho e o exílio de João.
Aqui em Portugal, participei num seminário sobre “Exegese de I Coríntios” por ele ministrado que me trouxe perspectivas diferentes e fundamentadas acerca das cartas de Paulo e a igreja de Corinto.
Em Agosto passado, de visita ao nosso país, esteve na minha igreja (III Baptista de Lisboa) onde pregou sobre II Coríntios 2:12-17, com o título “Triunfo em Cristo”. Que refrigério e que honra ouvir um homem de Deus, com mais de 80 anos, explicar a Palavra de forma tão simples e penetrante.
Despediu-se dizendo que por certo já não voltamos a encontrar-nos devido à sua idade. Não faz mal, já valeu… e, com certeza, vamos encontrar-nos além do Jordão.

Muitas são as vezes que dou graças a Deus pelos líderes espirituais, pensadores e estudiosos das coisas celestiais, Shedd é um deles, um servo dedicado à glória de Deus, num mundo onde escasseia a dedicação à Obra.
Os seus receios não são infundados, quando diz: “Muitas igrejas desperdiçam uma boa parte das oportunidades que têm. Elas têm uma multidão de pessoas na sua frente e não estão realmente impactando estas vidas com o que a Bíblia ensina. As pessoas saem sem saber nada, ou quase nada. É importante que o ministério forme vidas para a glória de Deus.”

Agradeço-lhe a dedicação que tem à obra do nosso Deus e o mestre que é. Dou-lhe os parabéns por mais um ano entre nós!

“E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento.” – II Coríntios 2:14

sábado, 3 de novembro de 2012

Quase à Hora

Eu não gosto de chegar atrasada. Aliás, uso e abuso da agenda do telemóvel e, muitas vezes, de notinhas junto ao meu lugar na sala.

Estão a ver aquela situação do atrasado?
Imaginem quando alguém corre pelas escadas do metropolitano, atropela os outros transeuntes, acelera desenfreadamente pela gare e… quando chega perto do comboio, as portas fecham e desaparece no túnel.
O indivíduo quase apanhou o transporte, mas na verdade isso não serviu de nada. Matematicamente diríamos que quase equivale a nada.


O que nos é pedido é que cheguemos a tempo. O quase quer sempre dizer que houve perda de alguma coisa: uma aula, um dia de trabalho, uma participação, um encontro, ou, pior, a oportunidade da nossa vida.
Pode ser que mais tarde cheguemos ao destino, mas, necessariamente, a realidade vai ser outra e a fruição também.


Isto acontece no nosso dia-a-dia, tal como as desculpas para que o acontecido não pareça desleixo: relógio atrasado, trânsito, dor de cabeça, etc., etc..

Infelizmente, também é assim na vida cristã.
Perdemos oportunidades de testemunho, atrasamos a comunhão com os outros crentes, não temos tempo para meditar e, muitas veszes, desmerecemos a intimidade com Deus.
Depois, há os que dizem que acreditam em Deus, mas simplesmente não vão nem à hora, nem atrasados.

Hoje gostava de lembrar que, não existe meio cristão, nem meia salvação; Deus quer-nos por inteiro!
Não nos iludamos, ter quase feito a vontade de Deus é o mesmo que estar completamente à deriva.
Ser pontual, é um bom pretexto para obedecer ao Senhor que é nosso Deus, ainda para mais porque não sabemos quando será o fim da nossa vida terrena. Não sejamos distraídos, nem incapazes, desleixados ou atrasados.

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizámos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demónios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” – Mateus 7:21-23

“Vigiai porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor bramando como leão buscando a quem possa tragar”
I Pedro 5:8

“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.” – João 10:9