"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


sábado, 23 de fevereiro de 2013

Terra Feliz

Juntos, o letrista Sanford Fill­more Ben­net (1836 - 1898) e o músico Joseph Philbrick Webster (1819-1875), produziram diversos cânticos espirituais.
Um desses cânticos foi publicado em 1867, sendo posteriormente traduzido para diversas línguas e, simultaneamente, passado a fazer parte dos hinários evangélicos. No Cantor  Cristão, leva o nº 508.

Webster sofria de períodos de depressão e melancolia, durante os quais só via o lado negro da vida.
Numa dessas ocasiões, Bennet, para o animar, escreveu um inspirado poema que  lhe entregou para musicar. Webster pegou no violino e, enquanto lia, os seus olhos iluminaram-se, tendo de imediato tocado uma melodia e escrito as notas.
Passados cerca de 30 minutos,  já os dois entoavam o cântico.
Assim nasceu o hino “Terra Feliz”.

Eu avisto uma terra feliz,
Onde irei para sempre morar;
Há mansões nesse lindo país,
Que Jesus foi p’ra nós preparar.
Vou morar, vou morar
Nessa terra, celeste porvir! (bis)
 
Cantarei nesse lindo país
Belos hinos ao meu Salvador,
Pois ali viverei bem feliz,
Sem angústias, tristezas, nem dor.
Vou cantar, vou cantar
Nessa terra, celeste porvir! (bis)
 
Deixarei este mundo afinal
Para ir a Jesus adorar;
Nessa linda cidade real,
Mil venturas sem fim vou gozar.
Vou gozar, vou gozar
Nessa terra, celeste porvir! (bis)

No espaço de um ano a minha igreja viu-se privada da presença de alguns amados irmãos em Cristo que se foram encontrar com o seu Senhor – Luís Silva, Rui António Quitério, José Correia Levy Abrantes e António José Rosa Santos.
Cada um deles trabalhou activamente na nossa comunidade e foram homens de fé e oração. O testemunho não pode ser apagado!

O belo hino a que faço referência foi cantado em todas as cerimónias fúnebres.
E esta é a minha homenagem a esses irmãos que um dia vou encontrar na glória do Senhor!

“… Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham.” – Apocalipse 14:13

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Oportunidades

Actualmente, nas minhas leituras diárias, ando às voltas com o livro de Actos. É fantástico!
Vou meditando e estudando o texto e, quase todos os dias, penso: “Oh isto é muito bom, tenho que compartilhar!”
Logo se vê…

Há uns anos fiz um acampamento com os jovens de quem era professora na EBD e, para o “A sós com Deus”, dividi o magnifico capítulo 16 e escrevi 6 breves reflexões.
Agora, com nova roupagem, aproveitei para deixar aqui alguns apontamentos. Estamos quase a chegar ao fim, hoje vamos reflectir sobre “oportunidades”.

Actos 16:25-34

Paulo e Silas foram presos e açoitados injustamente. Estavam amarrados, feridos, doridos e tristes, mas as Escrituras não relatam qualquer reclamação; pela meia-noite, naquela prisão, com certeza escura, húmida e fétida, quando o corpo lhes pedia um sono reparador, eles cantavam hinos e oravam.
Não sabemos quantos mais homens ali estavam presos e porque motivos, mas sabemos que ouviram Paulo e Silas. Afinal de contas, não podiam escapar.
Que extraordinário sentido de oportunidade!

Foi então que Deus, no Seu maravilhoso amor, permitiu que um terremoto sacudisse os alicerces daquela prisão, abrindo as portas da prisão e soltando as correntes… momento propício para fuga. Mas, Paulo e Silas permaneceram ali.
Um verdadeiro sentido de oportunidade!

O carcereiro acordou e ficou desesperado. Ele não podia deixar escapar os prisioneiros. Agora aquele homem sentia-se ameaçado e, não tendo como justificar-se perante as autoridades, entrou na loucura do medo e achou que o melhor era suicidar-se.
Perante as adversidades, ele não tinha a mesma alegria e paz de Paulo e Silas.
Mas, os servos de Deus não deixaram que aquele homem se perdesse.
A excelência das oportunidades!

Quando o carcereiro pensava que tudo estava perdido e que a única saída era o suicídio, Paulo trava-o com palavras tranquilizadoras e o homem ao constatar que os presos ali estavam, rendeu-se e quis gozar da mesma paz e salvação de Paulo e Silas.
O carcereiro fez a pergunta mais importante que um homem pode fazer: “Senhores, o que farei para ser salvo?”
A grande oportunidade!

Esta pergunta revela-nos que ele estava consciente de ser uma alma perdida.
Como é que este homem percebeu o seu estado? Não sei!
Talvez pela atitude humilde dos discípulos; talvez pelo que ouvira naquela noite de louvor; talvez pelo medo do que podiam ter sido as consequências do terramoto…, o certo é que ele foi salvo e logo deu provas da sua transformação.
Oportunidade ganha!

Que temos nós feito com as oportunidades que Deus nos tem proporcionado para testemunharmos d’Ele?

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O Amor...

Todos os dias são bons para amar e namorar, mas pronto, há um chamado “Dia dos Namorados” que, em Portugal, se comemora a 14 de Fevereiro.
 

Na poesia lírica de Camões, encontramos belíssimos sonetos de amor, vou destacar um que retracta um episódio verídico. Esse soneto narra, nada mais, nada menos, que o amor de Jacó e Raquel.
Dá-me até vontade de dizer - já não se fazem amores assim!

Sete anos de pastor Jacó servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prémio pretendia.


Os dias, na esperança de um só dia,
Passava, contentando-se com vê-la;
Porém o pai usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava Lia.


Vendo o triste pastor que com enganos
Lhe fora assim negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida,


Começa de servir outros sete anos,
Dizendo: - Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida!


Génesis 29:1-30 – Jacó viajou para tomar como mulher uma das filhas do seu tio materno e, mal esperando, viu-se envolvido num caso de amor à primeira vista quando se encontrou com Raquel.
Entretanto, não podendo cumprir com os dotes exigidos na época, propôs-se servir a Labão durante sete anos para casar com Raquel.
Findo o prazo, Labão engana o sobrinho e entrega-lhe Lia, a filha mais velha. Jacó, submisso e apaixonado, dispõe-se a trabalhar outros sete anos por Raquel, já que o trabalho anterior revertera a favor do imposto casamento com Lia.

Porque será que esse homem foi tão persistente?
Por amor!

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Culto Racional

Lucas 16:16-24 - Paulo e a sua equipa iam para um culto ao ar livre -lugar de oração- quando uma jovem escrava, possuída de espírito adivinhador, começou a persegui-los dizendo que eles eram servos do Deus Altíssimo e que anunciavam o caminho da salvação (v. 17). O que dizia era verdade, mas ainda assim, tratava-se de um caso de possessão demoníaca.
E, ao fim de alguns dias, Paulo, incomodado com a persistência da jovem, libertou-a das garras de Satanás.

Acontece que os seus donos (lembremos que ela era escrava) lucravam com as suas adivinhações (certamente faziam-se pagar) e ao verem-se em prejuízo, imediatamente accionaram as autoridades da cidade e acusaram os missionários: “Estes homens, sendo judeus, estão a perturbar a nossa cidade, e pregam costumes que não nos é lícito receber nem praticar, sendo nós romanos” (v. 19 a 21).
Esta foi a primeira vez que Paulo e os companheiros foram perseguidos por gentios e não por judeus. A perseguição não se deu por questões teológicas (como com os judeus), mas por motivos pessoais e económicos, hipocritamente transformados em motivos políticos.
Assim, a acusação foi fundamentada no facto de estarem a pregar costumes ilícitos para os romanos.

Depois do tumulto popular, a sentença foi imediatamente dada e Paulo e Silas (ao que parece Timóteo e Lucas não estavam envolvidos neste episódio) foram impiedosamente açoitados, após o que, levados para a prisão, foram acorrentados como qualquer mal feitor. Porém, não negaram a fé.

Hoje o diabo também usa pessoas e religiões que, “falando em nome de Deus”, utilizam métodos espectaculares e persuasivos que ultrajam a pureza da fé e o culto racional.
Cuidado, amigos, Satanás tem muitas artimanhas!
Como é que nós estamos a cultuar e a propagar o Evangelho?
 
"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não vos conformeis ao padrão deste mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." - Romanos 12:1-2