"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


sábado, 29 de setembro de 2012

Relacionamento Verdadeiro

“Pois outrora éreis trevas, porém, agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” – Efésios 5: 8

Basta olhar à nossa volta para percebermos que ser religioso nada tem a ver com o verdadeiro relacionamento com Deus. Há pessoas que vão às igrejas com motivações que passam por tradição, medo, distracção, hábito, ilusão e mais uma quantidade considerável de razões.
Acontece que isso turva a presença do Mestre e desvirtua o relacionamento com Deus.

A passagem bíblica de Lucas 24: 13-35, fala de 2 discípulos que iam a caminho de Emaús, Jesus juntou-se a eles e…
Pois é, não o reconheceram.

Isto acontece quando somos meros religiosos:
1- Falamos acerca do Mestre, mas não temos consciência da Sua presença (v.14-16);
2- Deixamo-nos levar pelas agruras da vida (v.17);
3- Perdemos a sensibilidade para acreditar nos que vivem o Evangelho (v.22-24);
4- Descuramos o fervor pela Palavra (v.25-27).

Mas, ainda nada está perdido. Para termos um relacionamento real com Deus, basta:
1- Desenvolvermos intimidade com Ele, desejando a Sua presença (v.29);
2- Deixarmos Jesus guiar a nossa comunhão com o Pai (v.30);
3- Reconhecermos Cristo de forma pessoal (v.31a);
4- Restaurar a consciência, sentir o ardor da Palavra e testemunhar de Jesus (v.32-35).




Oração: Deus, ajuda-me a não desleixar o meu relacionamento contigo. Faz com que o meu coração reconheça a Tua presença. Que a Palavra seja luz na minha vida e eu não me canse de falar de Ti.

sábado, 22 de setembro de 2012

O Pastor Velhinho

Esta é a designação com que os meus netos carinhosamente se referem ao Pastor António dos Santos.
Lembrar-me eu que o conheci nos meados dos idos anos 60. Era ele um jovem pastor…

Converteu-se aos 17 anos e, apaixonado pelo seu Mestre, decidiu servi-lO a tempo integral. E, integral, é isso mesmo, a tradução literal da sua disponibilidade à obra de Deus.
O ano passado completou 55 anos de consagração ao ministério e 50 de serviço pastoral na III Igreja Evangélica Baptista de Lisboa.

03.07.2011 - Eu felicitando o pastor
pelos 50 anos de ministério na nossa igreja
Ele é, provavelmente, o pastor que mais apresentações, baptismos, visitação, casamentos e funerais fez durante o seu ministério e, seguramente, o que mais rebuçados guardou (guarda) dentro dos bolsos para mimar os mais pequeninos.
Muitos são os que têm aprendido com as suas mensagens e exemplo, os que se comovem com o seu amor e dedicação e os que se riem com as suas histórias incríveis.
Ele tem uma enorme capacidade de serviço, é bom ouvinte, tranquilo, presente, cuidadoso e tem coisas que uns gostam mais e outros menos, mas não fica indiferente a ninguém e, mais tarde ou mais cedo, todos reconhecem o seu valor e o respeitam.

Na quinta-feira, completou a provecta idade de 80 anos e, após 50 a pastorar a nossa igreja, continua ao seu serviço (activo) como pastor emérito.
Talvez o possa definir como alguém humilde perante Deus, simples perante os homens!



“Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.”
Hebreus 13:7

 
Eu amo-o muito pastor e sim, desejo imitar a sua fé.
Para usar uma linguagem internauta, digo-lhe: Gosto!

sábado, 15 de setembro de 2012

Quem Sou Eu?

“Quando contemplo os Teus céus, obra dos Teus dedos, a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, para que Te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites?”
Salmo 8:3-4



Quem sou eu?
P’ra que o Deus de toda terra
Se preocupe com meu nome
Se preocupe com minha dor.

Quem sou eu?
P’ra que a estrela da manhã
Ilumine o caminho
Deste duro coração.

Não apenas por quem sou
Mas porque Tu és fiel;
Nem por tudo o que eu faça
Mas por tudo o que Tu és!

Eu sou como um vento passageiro
Que aparece e vai embora;
Como onda no oceano
Assim como o vapor.

E ainda escutas quando eu chamo,
Me sustentas quando eu clamo,
Me dizendo quem eu sou:

Eu sou teu!
Eu sou teu!

Quem sou eu?
P’ra ser visto com amor
Mesmo em meio ao pecado
Tu me fazes levantar.

Quem sou eu?
P’ra que a voz que acalma o mar
E acaba com a tormenta
Que se faz dentro de mim.

A quem temerei?
A quem temerei?
Eu sou teu!
Eu sou teu !

sábado, 8 de setembro de 2012

Alfabetização e Literacia


Faz hoje 45 anos que a ONU e a UNESCO declararam este dia como o “Dia Internacional da Alfabetização”, com o propósito de alertar a consciência da sociedade internacional para um compromisso mundial para o desenvolvimento e a educação.


Portugal, apesar dos progressos verificados após a Revolução, tem ainda uma parte significativa de população analfabeta (9 em cada 100 portugueses continuam sem saber ler e escrever).
Sendo que alfabetização e literacia não são sinónimas, creio que os números apurados pecam por defeito pois juntar letras e ler palavras, não é o mesmo que entender o texto.

Porque é que trago aqui este tema, para além da efeméride?
É simples, tem tudo a ver com as Sagradas Escrituras.
A educação sempre teve um papel importante no desempenho do povo de Deus. No Velho Testamento a aprendizagem da aliança de Deus com o seu povo foi recomendada para cada geração (Ex.: Deuteronómio 6:1-2); no Novo Testamento a educação teve especial destaque na igreja primitiva (Ex.: Actos 5:42; II Timóteo 2:15); nos nossos dias muitos são os pastores, teólogos e líderes que empenhadamente estudam e ensinam a Palavra.

Na verdade, não é à toa que os crentes estudiosos da Palavra de Deus, mesmo com pouca escolaridade, têm uma literacia superior à de outros cidadãos. É que o entendimento exegético e hermenêutico precisa de treino mental (discernimento).

Para isso e porque o tempo é de aperto (o preço dos artigos escolares, as matrículas e as propinas são praticamente insuportáveis), trago boas notícias:
* Matrícula – grátis para quem pedir a ajuda de Deus.
* Material escolar – a Bíblia Sagrada, caderno e caneta (há livros de apoio, mas não são obrigatórios).
* Local de aprendizagem – o nosso próprio lar e a igreja mais próxima (há Escolas Bíblicas e Seminários, mas nem todos têm que frequentar).
* Tempo de estudo – o estipulado pelos horários da comunidade religiosa e mais o que individualmente dispusermos.
* Método – Leitura atenta (pelo próprio ou outro) da Bíblia; reflexão; anotação das propostas do texto; pesquisa; anotação de dúvidas; pedido de auxílio ao pastor ou a um crente mais experimentado; estar focado nos objectivos das lições e pregações na igreja; fazer o trabalho diário (praticar).

Muitos crentes são privilegiados, tal como foi Timóteo (e eu), já que desde a infância têm a oportunidade de aprender as Sagradas Letras. Mas, em qualquer altura da nossa vida se pode dar início ao estudo, não importa a idade para formar uma comunidade de estudantes da Palavra Deus (incluindo a alfabetização, se for necessário).
O crente deve superar-se, não pode desculpar-se com a sua ignorância, nem contentar-se com a sua inferioridade porque isso equivale a dizer que está deliberadamente a perder os tesouros escondidos na Palavra de Deus.

“Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica;
pois receberam a Palavra com toda a avidez,
examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram de facto assim.” – Actos 17:11

sábado, 1 de setembro de 2012

Shalom!

As palavras têm vida e história própria e eu gosto de as explorar.
“Shalom” é, provavelmente, a palavra de que mais gosto e mais prazer me dá; exactamente assim, com a sonoridade original, sem tradução e com o seu real sentido. Daí a utilizar regularmente.


Amplamente usada no Velho Testamento (mais de 250 vezes) esta palavra de origem hebraica, geralmente traduzida como “paz”, significa “estar bem” e é, até hoje, utilizada como cumprimento entre os judeus, principalmente em Israel.
Pretensamente não como o nosso tradicional cumprimento de “olá” ou “adeus”, mas como um desejo ligado à integridade do individuo, ao todo, à harmonia, à qualidade de vida e à bênção.

Então, em “Shalom”, está implícita a ideia de um estado de rectidão e plenitude, só conseguido através da acção da graça divina na nossa vida. Lembremo-nos que Jesus foi identificado como “Príncipe da Paz” (Isaías 9:6) e que n’Ele fomos reconciliados com Deus.
Portanto, saudar com “Shalom” é, além de um desejo para com o nosso interlocutor, uma intercessão a Deus pelo seu bem-estar.

Aceitemos para nós o cumprimento de despedida de Cristo aos seus discípulos:

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” – João 14:27

Saúdo-vos com Shalom!