"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


domingo, 30 de junho de 2013

O Caminho da Felicidade

Eu amo a nossa troca de olhares, ainda mais quando é acompanhada do seu lindo sorriso, mas, outro dia, recebi muito mais do que isso.
Não consigo calar a alegria que senti naquele olhar, no sorriso cristalino e no que me revelou.

Os acampamentos têm sido, ao longo de muitos anos, talvez pelo afastamento da rotina social e a aproximação à vivência do espírito, lugar privilegiado para tomada de decisões.

Ora bem, na passada semana os netos estiveram num acampamento e na sexta-feira à noite fui assistir ao culto de despedida, com a participação das crianças.
Eis que o meu neto Samuel veio ter comigo, fixou-me nos olhos, sorriu e com uma incontida alegria disse: “Oh avó, sabes uma coisa? Eu ontem aceitei o Senhor Jesus! Estou tão contente; agora eu também vou para o céu, estou muito feliz.”
Emocionada, envolvi-o num abraço, beijei-o e disse-lhe palavras de amor.



No dia seguinte fui buscá-los e ele, antes de saber que íamos ao emprego do meu filho para almoçarem com o pai, pediu-me: “Avó, podes ligar ao pai para eu falar com ele? Quero-lhe dizer que aceitei Jesus.”
Já junto ao pai, repetiu o que me tinha dito… o meu filho alegrou-se com ele e disse: “Então, quando fores para o céu procura-me porque eu também vou lá estar.”



É isso, aqui já trilhamos o caminho da felicidade que a salvação nos oferece; depois, vamos festejar na glória celestial.
Lutas virão, provações e tentações, mas com Cristo no barco há confiança, vitória e paz.

Para memória futura, registo aqui alguns pormenores:
- O acampamento decorreu de 24 a 29 de Junho, no Centro Baptista de Montemor.
- Segundo me disse, o versículo de 3ª-feira foi muito importante porque fala de obediência e contou o que queria dizer. Quando me disse a citação e procurei na Bíblia, achei curioso ser um versículo que tenho sublinhado.

“Samuel, porém, respondeu: Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros.”
I Samuel 15:22

- 5ª-feira, 27.06.13, de manhã, durante o estudo bíblico, o chefe Mauro (jovem da Igreja Baptista da Ramada) perguntou quem queria aceitar Jesus e ele, ainda com a pureza dos seus quase 7 anos, sentiu esse desejo. O versículo desse dia, fala de protecção e, curioso, faz parte do meu Salmo favorito.

“O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita.” – Salmo 121:5

E pronto, cá estarei, enquanto Deus o permitir, para continuar a ajudar, ensinar e orar de modo a que o meu menino se sinta apoiado na caminhada.

Louvado seja o Senhor!

sábado, 22 de junho de 2013

Boa Forma

Nunca como nos nossos dias tanto se falou acerca da figura física dos homens e das mulheres. Aliás, já todos nós em algum momento da vida tivemos esta preocupação, mas hoje, a chamada boa forma, tornou-se uma obsessão e daí a existência de espaços publicitários cheios de incentivos à compra de chás, comprimidos e cremes milagrosos, o incontável número de livros com dietas que se contradizem entre si, o excesso de intervenções de estética e a proliferação de ginásios, supostamente preparados na personalização dos exercícios.

Há diversas razões para isto acontecer, mas, à parte da pressão do marketing, penso que a principal razão é a insatisfação doentia e a procura de um estereótipo de beleza que na maioria das vezes não acontece.

Claro que, desde que nada disto se transforme em vício, na criação de monstros ou em prejuízo para a saúde, acho bom e útil o cuidado com a aparência física.

Mas, faz-me pensar no bom que seria se este zelo fosse posto a favor do espírito.
Certamente a maioria das pessoas não percebe esta linguagem, porém, qualquer crente genuíno sabe do que estou a falar e reconhece a necessidade de princípios básicos para manter a boa forma espiritual.

Então, o que fazer e como?

Avaliação
Depois de nascer de novo, todos somos crianças na fé e no conhecimento, mas com o passar do tempo vamos crescendo por isso, temos que saber qual o alvo que queremos atingir.
“Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” – Efésios 4:13

Orientação
Para adoptar uma postura de desenvolvimento, é sempre bom ter por perto um guia que nos indique o procedimento correcto.
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” – II Timóteo 3:16-17

Informação
Por mais difícil que seja perceber, o processo de desenvolvimento e aperfeiçoamento dói, mas, não é uma dor que destrói ou enfraquece, é uma dor que nos traz firmeza.
“Bem-aventurado o homem que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam.” – Tiago 1:12

Dieta
Há alimentos que envenenam o organismo e, como tal, devem ser banidos.
“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.” – I Coríntios 10:23
Porém, todos os dias nos devemos servir do alimento puro que sacia.
“E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.” – João 6:35

Medicação/Suplemento
O carácter do crente serve, primeiramente, a si próprio, sendo um contributo privilegiado para o nosso amadurecimento.
“O fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” – Gálatas 5:22

Exercício
Definitivamente a inacção enfraquece. Para adquirir força e agilidade, é preciso treinar (de pé ou sentado, de joelhos ou andando), mas sempre com alegria.
“Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar.” – I Tessalonicenses 5:16-17

Intervenção Cirúrgica
Mesmo exercitados, ainda podem surgir momentos de dúvida ou fragilidade, mas é aí que a intervenção mostra mais eficácia.
“E o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.” – Romanos 15:13

Este desafio é para todos os que um dia fomos chamados e nos propusemos seguir a Cristo!







A propósito, aproveito para divulgar o segundo livro de Nick Vujicic, um crente em boa forma.

domingo, 16 de junho de 2013

Tudo?


Tudo?
É disso que se faz um super-herói. Ter poder  para tudo.

Mas… Este “tudo”, é mesmo TUDO?

Nos nossos dias este texto bíblico tem sido desvirtuado, sendo citado e usado completamente fora de seu contexto, na chamada teologia da prosperidade.
Na verdade, Paulo estava a falar só de necessidades relacionadas com subsistência física e, acima de tudo, a testemunhar que Cristo sempre lhe dava força para enfrentar as necessidades humanas básicas.
Ao dizer “Tudo posso”, Paulo não quis dizer “tudo” no sentido ilimitado, ele falou de pobreza, fome e escassez, enfatizando, a sua dependência de Cristo para suprir essas necessidades.

O objectivo, não são as conquistas do homem, mas a sua capacitação de que com Cristo podemos enfrentar as dificuldades que a vida traz e ser vencedores.
Isto não tem a ver, como alguns fazem crer, com sucesso em empreendimentos pessoais de qualquer área, em riqueza ou sobre cura.

Lembram-se do “espinho na carne” que atormentava Paulo?
Ele escreveu que, por três vezes, pediu ao Senhor para o libertar, mas apesar de toda a sua fé e da misericórdia de Deus, Paulo não recebeu o que queria. (II Coríntios 12:8-9).
“Tudo”, mas se for da vontade de Deus.

Este texto (versículo) promete aos crentes a força de Cristo em tudo o que eles têm a fazer e Deus quer que façam. E é com essa promessa que se destaca a alegria do crente quer na abundância, quer na escassez.
Sabemos que temos que enfrentar muitas dificuldades (desemprego, violência, fome); porém, podemos lidar com qualquer situação porque Cristo nos fortalece, devendo nós fazer aquilo para que Ele nos capacitou.

Posso concluir, dizendo que, sem dúvida, que “Tudo posso naquele que me fortalece”, é uma grande expressão de fé que devemos aplicar na nossa vida diária, sabendo que, embora sofrendo as dificuldades da vida, podemos suportá-las através da nossa união com Cristo.

domingo, 9 de junho de 2013

Dois Homens de Deus



Pr. António dos Santos – Pastor Emérito
Estudou no Seminário Teológico Baptista, em Leiria, tendo sido consagrado ao ministério e começado a pastorear em 1956.
Em 1961 veio para Lisboa onde, durante 50 anos, pastoreou a III Igreja Evangélica Baptista, com inteira dedicação ao ministério. Cessou funções de pastor titular a 10.07.2011.
 
 
 
 
 Pr. Joed Venturini – Pastor Titular 
Estudou teologia e medicina, tendo como alvo a vida missionária. É, há muitos anos, Mestre em Missiologia, Especialista em Medicina Tropical e escritor.
Como missionário serviu nos Açores (1991-1993); em Portugal (1994-1995); e na Guiné-Bissau (1995-2006), junto do povo fula (etnia muçulmana).
Actualmente exerce o cargo de Orientador Estratégico-Pastoral para o Leste Europeu na Junta de Missões Mundiais; é professor no Seminário Teológico Baptista; e pastor da III Igreja Evangélica Baptista, onde tomou posse a 10.07.2011.
 
Estes são os pastores da minha igreja, dou graças a Deus pelas suas vidas e pelo trabalho que têm desenvolvido. Amo-os muito e diariamente coloco-os nas mãos de Deus em oração.
 
 
São homens de gerações e abordagens diferentes, mas iguais no amor ao Evangelho.
O que mais me impressiona é o imenso respeito que têm um pelo outro. O Pr. Santos tem dado uma grande lição de humildade ao remeter-se a um lugar de menor exigência e visibilidade; o Pr. Joed tem dado uma grande lição de sabedoria não relegando o colega ao anonimato e à inacção.

Porque será que estou hoje a falar destes dois homens de Deus?
Porque hoje é o Dia do Pastor Baptista.
Felicito-os pelo irrepreensível trabalho que têm exercido, sempre honrando o Mestre.
 
Como podem ver, sou uma sortuda, tenho dois pastores e amo os dois!
 
“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” – Mateus 5:16

domingo, 2 de junho de 2013

E as Crianças, Senhor...


Eu sou avó!
Todos os dias peço a Deus que os meus netos cresçam sob a sua orientação. Que aceitem Cristo e sejam servos fiéis, que sejam bons filhos e bons cidadãos, que tenham um bom casamento e que sejam inteligentes, saudáveis, trabalhadores e respeitadores.
Também peço a Deus que me ajude a transmitir-lhes valores sociais e espirituais (bíblicos) e que, a par das palavras, lhes dê bons exemplos.
 
Faz hoje 3 anos que dei início a este blogue. No primeiro texto que publiquei fiz menção ao dia em que recebi Cristo como meu Salvador. Eu tinha 6 anos.
Lembro-me do sítio onde estava sentada, lá na Casa de Oração do Carrascal; lembro-me das palavras do Pr. Abel Rodrigues; lembro-me de ter chorado quando entendi o sacrifício vicário de Cristo; lembro-me de, enquanto o chefe Armando Santiago tocava acordeão, cantarmos:
 
Glória a Deus, glória a Deus, glória a Deus,
os remidos todos cantam “Glória a Deus”;
pecadores transformados,
pelo sangue já lavados.
Glória a Deus, glória a Deus, glória a Deus,
os remidos todos cantam “Glória a Deus”.
 
Os meus netos têm agora 6 anos…
 
O entendimento sobre a salvação das crianças não é uniforme. Eu tenho a minha opinião e julgo poder fundamentá-la. Os pareceres, práticas, certezas e dúvidas a que tenho assistido, não têm alterado aquilo que penso. Ou seja, não estou com os católicos que baptizam bebés para lhes garantir a ida para o céu, nem com os evangélicos que dizem não saber o que acontece espiritualmente com uma criança que morre, ou que fazem apelos à salvação a meninos de tenra idade.
Aliás, quando ouço alguém dizer que aceitou Cristo aos três ou quatro anos, não acredito nisso. Não esqueçamos que essa é não só a idade da inocência, mas, também, da inconsciência. As crianças são levadas a essa afirmação porque, obviamente, querem ser lindas e aceites pelos crescidos, mas não têm alcance para entender. Todos sabemos que são insuficientes as lembranças destas idades.
 
Tenho para mim que Deus, na sua imensa sabedoria e soberania, não imputa culpa a quem não tem discernimento e/ou faculdades cognitivas para perceber o pecado.
Além disso, todos os ensinos de Jesus foram no sentido da compreensão, aceitação e prática da mensagem; e, para servir de ensino aos adultos, dizia:
 
“Jesus, porém, chamando-as para junto de si, disse: Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque das tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de Deus como uma criança, de modo algum entrará nele.” – Lucas 18:16-17
 
“Naquele momento, os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: Quem é o maior no Reino dos céus?
E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus.” – Mateus 18:1-3
 
Não tenho no bolso a revelação de uma idade fixa para a compreensão, nem nós temos todos o mesmo nível de desenvolvimento. Porém, sei que não somos inocentes toda a vida e que há uma altura em que existe a noção real do bem e do mal.
 
 
Ontem comemorou-se o Dia da Criança.
Compete aos adultos, amar, proteger e ensinar o Caminho da Verdade, para as crianças poderem tomar a decisão certa.
 
 
Eu, sem pressa, desejo receber a alegria dos meus netos aceitarem entregar as suas vidas a Cristo.
 
 
Depois, virão (ou não) alguns contratempos porque o diabo não brinca em serviço e porque o crescimento tem as suas crises existenciais, mas sei que, uma vez salvos, o Pai estará de braços abertos para receber o pródigo arrependido.
 
Que Deus abençoe os meus netos, os que tenho e os que ainda possam chegar.