Nem mais, nem menos, ontem chegou o Outono.
Os dias já estão mais pequenos e menos quentes. A natureza oferece-nos frutos que reforçam as nossas defesas para o frio. Os jardins e as ruas arborizadas ficam forrados por belos tapetes de folhas.
Quando fazemos a leitura da nossa vida, podemos perceber que também temos características próprias das estações. Talvez a queda das folhas nos alerte para a fugacidade da vida terrena; talvez nos diga que o que conseguimos angariar, as nossas capacidades, as nossas vaidades, tudo acaba por perecer.
“Toda carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Seca-se a erva, e cai a sua flor.”
I Pedro 1:24
Paulo compreendeu isso muito bem e deixou para trás tudo o que o envaidecia, daí ter dito acerca do seu currículo:
“Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fariseu; segundo o zelo, perseguidor da igreja; segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era lucro, considerei-o perda por causa de Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo.”
Filipenses 3:5-8
Na verdade, dependendo
da relacção que mantemos com o nosso currículo, tudo o que temos e somos pode ser uma bênção, mas também pode ser
uma pedra na nossa comunhão com Deus.
Lembremos que nenhuma
folha nos fica colada, porque nenhuma se compara à excelência e harmonia do
conhecimento de Cristo.
Larguemos as nossas folhas!