"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


domingo, 31 de outubro de 2010

O Hino da Reforma

Hoje, quando decorrem 493 anos da “Reforma Protestante” e em homenagem a Martinho Lutero, lembremos, de sua autoria, aquele que é um dos melhores hinos evangélicos.

SALMO 46
"Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.
Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares.
Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. (Selá.)
Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela; não se abalará. Deus a ajudará, já ao romper da manhã.
Os gentios se embraveceram; os reinos se moveram; ele levantou a sua voz e a terra se derreteu.
O SENHOR dos Exércitos está connosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. (Selá.)
Vinde, contemplai as obras do SENHOR; que desolações tem feito na terra!
Ele faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo.
Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra.
O SENHOR dos Exércitos está connosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. (Selá.)"

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Alegria - Paciência - Perseverança

Eu tinha 20 anos e estava acabadinha de sair de duas enormes desilusões, quando conheci a Oma (avó em holandês). Era uma velhinha linda e doce com mais de 80 anos. Diversas vezes fiz com ela a leitura da Bíblia, cada uma na sua língua (ela não sabia português, nem eu holandês), depois orávamos silenciosamente. Durante o chá, conversávamos com o olhar, um ou outro gesto e muitos sorrisos.

Entretanto, o nosso relacionamento foi quase um “olá e adeus” porque, dois ou três meses depois de nos termos conhecido, no Lar de Crianças onde eu estava a colaborar e ela estava de visita, a querida velhinha voltou para o seu país. Foi de lá que recebi um postal muito simples, do qual, durante algum tempo, só percebi Romanos 12: 12.


“Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração.”


Não sei como se chamava, aliás, até no postal assinou: Oma.
E ela, nunca soube o quanto foi importante para mim e que este se tornou num dos meus versículos favoritos.

Esperança - Tribulação - Oração

1 – Ninguém gosta de esperar, nem mesmo os que mais se atrasam e quando se fala em esperança o clima é, invariavelmente, de incerteza. No entanto, neste versículo, há um convite à alegria porque esta não é uma esperança qualquer, ela refere-se às promessas do Senhor.
Então se, tendo recebido a salvação, esperamos a vinda do Senhor Jesus Cristo e a nossa entrada na glória do Pai, como é que o nosso espírito não há-de ser conduzido à alegria?

2 – Tenho a certeza que todos nós gostaríamos de apagar as tribulações da nossa vida (tristezas, dificuldades, doenças, desilusões, aquela dor inexplicável). Mas a recomendação aqui deixada aos crentes é para serem pacientes.
É que todas e quaisquer tribulações terminam com a morte física, porém, nós continuamos. Na verdade, as adversidades são coisa menor, quando comparadas ao socorro divino ou às bênçãos trazidas pela paciência.

3 – Sucesso é algo de que todo o ser humano gosta, mesmo em relação às respostas de Deus, mas para o alcançar não podemos cruzar os braços, esmorecer ou adiar; ao contrário, devemos ser activos, confiantes e persistentes. Talvez por isso sejamos desafiados a perseverar na oração.
Então, sem calendarização e sustentados pela fé, podemos ficar perante o Senhor recebendo força e sabedoria para permanecermos firmes enquanto estivermos no mundo, isso é perseverança!

Estes três aspectos, além de importantes, interligam-se. Se temos alegria na esperança, tornamo-nos pacientes nas tribulações e isso leva-nos a perseverar na oração que por sua vez reforçará a esperança e dará poder para enfrentar as tribulações.

sábado, 16 de outubro de 2010

Esperança e Renovação


A águia é a ave que mais admiro.

Gosto particularmente do seu porte e da enorme sensação de liberdade e força que me transmite.

Hoje, deixo aqui uma pequena reflexão (retirada da internet) sobre um dos meus versículos preferidos.



"Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão." - Isaías 40: 31

sábado, 9 de outubro de 2010

Como Meninos

Na década de 80 do século passado, quase toda a gente viu e se rendeu ao filme “E.T. – O Extraterrestre”, de Spielberg. O pequeno boneco prefigurava um indivíduo de outro planeta que, muito mais do que feio, era sensível, puro e sábio.
A história pode resumir-se à amizade enternecedoramente protectora entre Elliott (um rapazinho de 10 anos) e os irmãos, com um ser adulto vindo de outro planeta que foi, involuntariamente, deixado na Terra, o E.T.


No entanto, o que mais me impressionou nessa ficção foi uma entrevista dada por Spielberg aquando do lançamento do filme, à qual respondia na pele de E.T. Foi mais ou menos assim:

À pergunta: - Porque é que você (ET), sendo já um adulto de idade avançada, mantém uma relação tão privilegiada com as crianças e não consegue o mesmo tipo de comunicação com os outros adultos?

Ele respondeu: - É que no meu planeta, nós nascemos imperfeitos e quanto mais velhos, mais puros e bons nos tornamos. Ora o vosso processo de crescimento dá-se ao contrário, nascem puros e quanto mais vivem, mais imperfeitos e maus se tornam. Por isso eu me identifico com as crianças; só elas me compreendem e tratam como um igual!

Gostei disto, porque a verdade é que, só mesmo os que dizem aquelas coisas muito inteligentes do tipo “as crianças quando querem são muito cruéis”, se esquecem que elas são imitadores dos adultos e resultado dos recursos sociais e educacionais.

Jesus disse aos discípulos:
“Em verdade vos digo que quem não receber o reino de Deus como uma criança,
de maneira nenhuma entrará nele.” - Marcos 10: 15

E Paulo disse aos crentes rebeldes:
“Irmãos, não sejais meninos no entendimento; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede adultos amadurecidos.” - I Coríntios 14: 20

Analisando estes dois versículos, fico a pensar que muitas vezes, quando somos contrariados, estamos na presença de Deus como meninos que amuam, fazem birras, refilam e teimam; não como meninos amorosos, humildes, sem preconceitos e obedientes (I Coríntios 14: 20). E que, quando recebemos o Reino de Deus com a humildade e gratidão duma criança, podemos ter a certeza que Jesus nos segura nos braços e nos abençoa (Marcos 10: 15-16).

Que o nosso Pai nos ajude a ser como meninos a cada dia que passa!

domingo, 3 de outubro de 2010

Escola Bíblica Dominical



"Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade."
- II Timóteo 2: 15



Tradicionalmente, as igrejas evangélicas faziam, no primeiro ou segundo domingo de Outubro, o Dia de Rumo à Escola Dominical.
Na verdade, no caso das igrejas baptistas, a Escola Bíblica Dominical (como a designamos) não faz férias, mas há um período em que os alunos vão e vêm devida às férias pessoais, portanto, aproveitando o retorno, a eventual mudança de curriculum, a renovação de estratégias e de programas complementares, a apresentação de professores e o incentivo à presença de novos alunos, o Dia de Rumo faz todo o sentido…, digo eu!

Mas, como é que nasceu o conceito de Escola Bíblica Dominical?

Robert Raikes - 1735-1811
Num domingo de Outubro de 1780, o jornalista e editor Robert Raikes estava a escrever o editorial do jornal de Gloucester quando, como habitualmente, foi interrompido pela gritaria e palavrões das crianças que brincavam na rua.
Por momentos, começou a pensar sobre o futuro desses meninos criados sem estudos (privilégio das classes abastadas), que trabalhavam junto com os pais em minas e fábricas de segunda a sábado, ficando ao domingo abandonados nas ruas.
A delinquência iminente levá-los-ia a cair no vício, na violência e no crime.
Foi então que tentou sensibilizar a comunidade cristã para este problema, vindo a, juntamente com o Departamento Missionário da Igreja Anglicana de que era membro, iniciar na sua paróquia, uma escola para meninos pobres. Como o domingo era o dia de folga das crianças, não havia como fazê-lo noutro dia e foi assim que começou a funcionar a Escola Dominical onde os alunos aprendiam a ler, a escrever, história e, também, lições bíblicas.
Depois, apesar da resistência dos líderes de algumas igrejas, esta acção difundiu-se por toda a Inglaterra, vindo mais tarde a espalhar-se também a outros países.

Com a evolução da sociedade e a tendência para a alfabetização em instituições do estado, a Escola de domingo passou a ser somente dedicada ao ensino bíblico. E, passado mais de metade do século XX, para que a EBD fosse um espaço de aprendizagem para todos, onde se pudessem aprofundar os conhecimentos bíblicos e se promovesse a maturidade dos crentes, deixou de ser ministrada só a crianças, havendo hoje várias classes separadas por faixas etárias.

1954 - Escola Dominical da Igreja das Torcatas
Desde pequena fui aluna da EBD (depois professora); tenho a certeza que é a melhor Escola do mundo e por isso, aqui fica a minha homenagem aos homens e mulheres de Deus que se têm dedicado ao ensino das Sagradas Escrituras.

Eu amo a Escola Bíblica Dominical!