"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


sábado, 9 de outubro de 2010

Como Meninos

Na década de 80 do século passado, quase toda a gente viu e se rendeu ao filme “E.T. – O Extraterrestre”, de Spielberg. O pequeno boneco prefigurava um indivíduo de outro planeta que, muito mais do que feio, era sensível, puro e sábio.
A história pode resumir-se à amizade enternecedoramente protectora entre Elliott (um rapazinho de 10 anos) e os irmãos, com um ser adulto vindo de outro planeta que foi, involuntariamente, deixado na Terra, o E.T.


No entanto, o que mais me impressionou nessa ficção foi uma entrevista dada por Spielberg aquando do lançamento do filme, à qual respondia na pele de E.T. Foi mais ou menos assim:

À pergunta: - Porque é que você (ET), sendo já um adulto de idade avançada, mantém uma relação tão privilegiada com as crianças e não consegue o mesmo tipo de comunicação com os outros adultos?

Ele respondeu: - É que no meu planeta, nós nascemos imperfeitos e quanto mais velhos, mais puros e bons nos tornamos. Ora o vosso processo de crescimento dá-se ao contrário, nascem puros e quanto mais vivem, mais imperfeitos e maus se tornam. Por isso eu me identifico com as crianças; só elas me compreendem e tratam como um igual!

Gostei disto, porque a verdade é que, só mesmo os que dizem aquelas coisas muito inteligentes do tipo “as crianças quando querem são muito cruéis”, se esquecem que elas são imitadores dos adultos e resultado dos recursos sociais e educacionais.

Jesus disse aos discípulos:
“Em verdade vos digo que quem não receber o reino de Deus como uma criança,
de maneira nenhuma entrará nele.” - Marcos 10: 15

E Paulo disse aos crentes rebeldes:
“Irmãos, não sejais meninos no entendimento; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede adultos amadurecidos.” - I Coríntios 14: 20

Analisando estes dois versículos, fico a pensar que muitas vezes, quando somos contrariados, estamos na presença de Deus como meninos que amuam, fazem birras, refilam e teimam; não como meninos amorosos, humildes, sem preconceitos e obedientes (I Coríntios 14: 20). E que, quando recebemos o Reino de Deus com a humildade e gratidão duma criança, podemos ter a certeza que Jesus nos segura nos braços e nos abençoa (Marcos 10: 15-16).

Que o nosso Pai nos ajude a ser como meninos a cada dia que passa!

2 comentários:

Viviana disse...

Querida Mimi

Acabei de ler o seu texto em voz alta para o Jorge o ouvir também.

Achámo-lo muito interessante e bonito.

Gostámos muito.

O Jorge considera que é uma reflexão muito oportuna.

Obrigada pela partilha.

Beijos

viviana e Jorge

Maria disse...

Sou eu que vos agradeço. Beijos meus queridos.