"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


sábado, 29 de outubro de 2011

Decisões

Raramente, ou mesmo nunca, perguntamos a nós próprios: “Estou preparado para…?”

Esta introspecção não é feita porque, simplesmente, não pensamos nas consequências dos nossos actos, mas tão somente no querer imediato.
Todos os dias temos de tomar decisões, algumas são rotineiras e de somenos importância, outras, porém, são muito influentes para a nossa vida (e testemunho).
Tanto em assuntos gerais, como nos particulares, incluindo os de natureza espiritual, evitávamos muitos erros se dispensássemos tempo para nos questionarmos quanto ao nosso preparo para a acção.

A pergunta “Estou preparado para…?” passa por:

    * Primeiro que tudo, ter a mente aberta à resposta;
    * Depois, observar todos os factos (motivos, local, tempo, intervenientes, implicações) e verificar se são os certos, sabendo que não é só estar preparado para agir, mas, acima de tudo, para arcar com as consequências;
    * E por fim, não fantasiar a resposta de forma a acomodá-la ao nosso ímpeto. Na verdade, podemos precisar de ser pacientes.

A resposta, para ser eficaz, leva-nos a consciencializar que:

O mais importante é reconhecermos a necessidade da ajuda de Deus -
“Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes censura; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento.” – Tiago 1:5-6

Temos de ser humildes quando pedimos a Deus para nos orientar -
“Assim acharás favor e bom entendimento à vista de Deus e dos homens. Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” – Provérbios 3:4-6

Apesar da Bíblia não trazer anexa uma lista com respostas específicas para todas as nossas dúvidas, ela tem princípios que nos oferecem orientação segura para cada decisão a tomar -
“Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra e luz para o meu caminho.” – Salmo 119:105

Não devemos descartar o auxílio de um mentor, reconhecendo os seus conhecimentos, experiência e atributos espirituais -
“Com medidas de prudência farás a guerra, na multidão de conselheiros está a vitória” – Provérbios 24:6

“Estou preparado para…?”

sábado, 22 de outubro de 2011

Misericórdia e Compaixão


Há sentimentos tremendos que, simplesmente ditos pelas palavras que os caracterizam, entram na linguagem não pensada, são confundidos e perdem a essência. Digo isto porque, tenho para mim, que não devemos nem generalizar, nem mecanizar os sentimentos e as atitudes que lhes estão ligadas.


Vejamos se eu consigo explicar o meu pensamento acerca destas duas extraordinárias manifestações  – Misericórdia e Compaixão.

Para já, vamos desmontar as palavras, para melhor desvendar o seu significado:

1. Misericórdia = Miséri (miserável) + Córdia (coração).
    1.1 - Piedade; sentir a miséria (infelicidade e erro) de outrem.
    1.2 - Perdão concedido unicamente por bondade; Graça.

2. Compaixão = Com (junto) + Passio (sofrimento).
    2.1 - Perceber a desdita do outro; Pesar causado pelo mal alheio.
    2.2 - Benevolência.

Parece-vos ser a mesma coisa? Pois a mim não!
Claro que há um entendimento entre estes dois sentimentos, tal como parece haver entre as suas designações, mas não o suficiente para serem sinónimos.

1. Misericórdia – significa literalmente estar em completa sintonia com o estado de alguém. Etimologicamente, é ter o coração na miséria de alguém, é um conhecimento absoluto.
Ora, para mim, só Deus consegue este estado porque:
    a) Ninguém conhece o homem melhor que Deus (Salmo 139:1-16);
    b) Deus não é elitista (João 3:16);
    c) Misericórdia e Graça são aliadas e inseparáveis (Efésios 2:1,8-9).

“Quem, ó Deus, é semelhante a Ti, que perdoas a iniquidade, e Te esqueces da transgressão do restante da Tua herança?
O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia.” – Miquéias 7:18

2. Compaixão – É a capacidade de não ficar indiferente à situação do outro. É um sentimento altruísta que requer atitude, mas que tem retorno em termos de beleza espiritual.
Então, julgo que esta é a parte destinada aos homens:
    a) Amar o próximo (I João 4:20);
    b) Interceder pelos outros (Tiago 5:16);
    c) Corrigir e auxiliar os aflitos (Gálatas 6:1-2).

“Se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.” – Isaías 58.10

Têm algo de semelhante não é?
Eu acho que isso só acontece porque a Compaixão tem o dedo oculto de Deus a trabalhar na vida dos seus servos e só é conseguida na sua máxima expressão, quando nós espelhamos o amor de Deus.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Vida Sem Limites

“Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por várias provações, sabendo que a aprovação da vossa fé produz a perseverança; e a perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma.” – Tiago 1:2-4

No último dia 3 de Fevereiro, sob o título “Mais que Vencedores”, escrevi aqui acerca do jovem Nick Vujicic.
Hoje volto a falar dele, para dar conta do seu livro, já traduzido para português.

A leitura é fascinante e motivadora; eu fiquei colada ao relato, como se estivesse a viver as experiências do Nick. Ele é uma inspiração para muitos que têm assistido às suas palestras e para mim também.
Aconselho vivamente que leiam este livro repleto de testemunho, coragem, fé e alegria de viver. Enquanto o li, tive um permanente sorriso de afecto e muita comoção.
Agradeço a Deus pela vida deste meu irmão na fé.

Sinto-me muito pequena quando penso nas múltiplas queixas que nós (ditos normais) damos, a forma fácil com que capitulamos perante os nossos obstaculozinhos, as dúvidas mesquinhas, as perguntas sem sentido, o virar de costas, os motivos e as justificações para não agirmos.
Nick, não tem braços, não tem pernas, mas corre o mundo a motivar os outros e a falar de Cristo. Oh Deus, como ele tem uma vida abundante…!

Alegra-me que a venda do livro não esteja confinada às livrarias evangélicas, porque chega a muito mais gente e pode despertar mais almas para Deus.
Lamento que na tradução apareçam os termos “missa” e “rezar”, por não corresponderem à nossa terminologia, mas isso é secundário; o essencial é o testemunho!



Título: Vida Sem Limites

Autor: Nick Vujicic

Editora: Leya

Venda: Grandes superfícies e livrarias






Não resisto a dar uma novidade que muito me alegrou:
A 1 de Agosto deste ano, Nick anunciou o seu noivado com Kanae, tendo declarado publicamente: “Esta é a maior bênção que já recebi, após a vida, a salvação e o meu relacionamento com Deus. Agradeço a todos o vosso amor, apoio e orações!”



Ficam aqui dois pequenos vídeos sobre a vida e a obra de Nicholas James Vujicic.  Espero que despertem a vossa atenção para o livro.



sábado, 8 de outubro de 2011

A Comunicação da Palavra

Eu gosto de observar a actividade da igreja primitiva. Ela é uma verdadeira fonte de ensino para o ministério da igreja actual .
Em Actos 8:26-40 temos um relato fantástico e muitas dicas sobre a comunicação da Palavra de Deus.

Nesse tempo os crentes helenistas foram alvo de perseguição e, após o assassinato de Estêvão, à excepção dos apóstolos (que se mantiveram em Jerusalém), todos foram dispersos pela Judéia e Samaria, para evitar serem martirizados (8:1).
Entretanto, iam anunciando a Palavra.

Um desses crentes era Filipe, conhecido como o Evangelista, natural da Cesaréia e pai de 4 filhas (21:8-9); ele era bem conceituado na comunidade por isso tinha sido um dos escolhidos para dar apoio à obra social da igreja (6:1-6).
Ora, Filipe andava a anunciar o Evangelho e a operar maravilhas em Samaria (8:5-8), quando recebeu uma estranha ordem de Deus (v.26), para que se deslocasse a um local deserto (provavelmente uma cidade destruída e abandonada).

Eu acredito que Filipe pode ter pensado que Deus estava louco. Para quê um evangelista, um missionário, ou um pastor, ir para um lugar deserto?
Não obstante, ele obedeceu!

Ao chegar aquele lugar, onde supostamente não havia ninguém, Filipe encontrou um etíope (v.27), eunuco, instruído, que era superintendente do tesouro de Candace, rainha da Etiópia.
Esse homem vinha de Jerusalém, onde tinha ido adorar a Deus e, de regresso, lia o livro do profeta Isaías (v.28), mas não entendia o texto; ele tinha dúvidas que queria ver respondidas (v.31).

Então, vamos tentar perceber o que se passou.



Para haver Informação, é essencial a existência do Emissor (Deus/Escrituras) e do Receptor (eunuco).




Mas, quando a mensagem não é entendida, há necessidade de reforçar os níveis de Comunicação, para clarificar a intenção do emissor (é aqui que entra Filipe):

Código Linguístico – (v.28-31)
Como havia o costume de se ler em voz alta, foi fácil Filipe saber qual era a leitura que o eunuco fazia (v.32-33), ou seja, lia Isaías (53:7-8). Filipe e o eunuco falaram e entenderam-se.

Significado das Palavras – (v.34-35)
O etíope adorava a Deus, mas não conhecia o poder da salvação. E, aquela leitura, é incompreensível a quem não conhece Cristo. Filipe explicou a passagem profética e, dessa forma, apresentou Cristo ao eunuco.

Aplicação – (v.36-38)
O etíope entendeu a mensagem, aceitou a salvação e, revelando um sentido prático, quis dar prova da sua decisão e pediu para ser baptizado.

Resultado – (v.39)
O eunuco transformou-se num homem feliz. Ele tinha encontrado a vida eterna e, ao voltar à corte da rainha Candace, levava com ele as Boas Novas.

A mensagem alcançou o seu objectivo:
• Muitas vezes não entendemos os desígnios de Deus, mas quando obedecemos, produzimos fruto e recebemos bênção.
• Para Deus, todos somos importantes; logo, independentemente das diferenças ou do local, devemos proporcionar aos outros o conhecimento da Palavra de Deus.
• Após o entendimento dos propósitos de Deus, a decisão pela salvação é pessoal.

“Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho.” – Salmos 32:8

sábado, 1 de outubro de 2011

Tudo Quanto Tem Fôlego Louve ao Senhor!




Do princípio ao fim da Bíblia, encontramos várias referências à música, tanto na expressão instrumental como cantada.




Em Génesis (4:21), descobrimos Jubal, o pai dos tocadores de harpa e flauta; e no Apocalipse (14:3), João conta da visão em que o Cordeiro e os seus remidos cantam sobre o monte de Sião.

Lá pelo meio temos:
Deus a mandar Moisés escrever um cântico e ensiná-lo ao povo (Deuteronómio 31:19,22);
Os servos de Saul a aconselhá-lo a procurar alguém que tocasse harpa para que se acalmasse (I Samuel 16:16,17,23);
Os Levitas a tocar instrumentos e a cantar para louvar ao Senhor (II Crónicas 5:12-13);
David, o grande músico do Velho Testamento, que não só tocava instrumentos, como escrevia maravilhosas letras (pelo menos 73 dos Salmos são da sua autoria);
Salomão (Provérbios 25:20) a falar acerca da acção das canções para um coração aflito;
Jesus e os discípulos a cantarem um hino, após a ceia (Mateus 26:30);
Paulo e Silas na prisão (Actos 16:25) a cantarem hinos;
O apóstolo Paulo a recomendar às igrejas (Efésios 5:18-19 / Colossenses 3:16) que louvassem a Deus cantando.

E, ainda, os cânticos de:
Moisés (Êxodo 15:1-18 e Deuteronómio 32:1-43); Miriã (Êxodo 15:21); Débora (Juízes 5:2-32); Ana (I Samuel 2:1-10); David (II Samuel 22:2-51); diversos (Salmos); Salomão (Eclesiastes, Cantares); Isaías (Isaías 12:1-6, 25:1-26:21, 42:10-25); Ezequias (Isaías 38:10-20); O Servo (Isaías 42:1-4, 49:1-6, 50:4-9, 52:13-53:12); Maria (Lucas 1:46-55); Zacarias (Lucas 1:68-79); Simeão (Lucas 2:29-32).

Na verdade a música ocupa um espaço especial no coração de Deus.
Hoje é o Dia Mundial da Música por isso,

“Cantai-Lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo.”
Salmos 33:3