"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


sábado, 25 de fevereiro de 2012

Verdade ou Mentira?



Conta-se que o nosso poeta (escritor, dramaturgo, político), João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, fundador do romantismo em Portugal, era um homem muito vaidoso, mas com poucos atributos físicos. Por isso, procurava dissimular os defeitos de modo a ter uma aparência sedutora.




Em determinada altura, terá posto ao seu serviço um rapazinho, chegado da província, não habituado à estética e aos disfarces da sociedade mais evoluída.
À noite, quando se preparava para dormir, pediu ao miúdo que o ajudasse a despir-se. Começou, então, por tirar a peruca, o que deixou o criado espantado; de seguida, tirou os dentes postiços e mandou o rapaz, já pálido, pô-los num copo; depois, passou-lhe as almofadinhas que modelavam a barriga das pernas e o peito, com o que o rapaz ficou completamente alucinado.
Então Garrett, que já se apercebera da tremenda agitação do criado, diz-lhe com ar muito sério: “Agora, desatarraxa-me a cabeça e põe-na em cima da mesa-de-cabeceira.”
O miúdo, apavorado, fugiu do quarto a correr e nunca mais apareceu.

Acabou há dias a festa dos disfarces, onde tudo pode acontecer. No carnaval podem ultrapassar-se todos os limites da decência e permitir-se o que normalmente é criticado e proibido.
Com origem em rituais pagãos, não passa de uma manifestação popular das obras da carne pois há um excesso de danças sensuais, nudez, lascívia, mentira e, também, vinho, drogas e imoralidade sexual.

E, falando em disfarces, como é com os crentes? Não me refiro ao carnaval, mas ao convívio espiritual.
Sinceramente, não sei o que nos aconteceria se assistíssemos ao despir da máscara de alguns crentes “muito espirituais”.
Esta análise começo por fazer a mim própria, para não cair na tentação de mostrar aquilo que não sou ou de me envaidecer com o que sou ou faço.

Lembram-se da parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18:9-14)?

A atitude convencida do fariseu quando foi ao templo é a de um homem presunçoso a descrever o quanto é fantástico. Jesus diz que ele “orava de si para si”, preocupado que estava em exaltar as suas virtudes e em fazer comparações com os outros.
Ele nunca demonstrou humildade ou gratidão, simplesmente, de forma orgulhosa, se considerava tão extraordinário que queria ser ouvido.


Mas a verdade é que o fariseu era hipócrita, estava mascarado de espiritual através das suas obras religiosas, jejuns, ofertas, boas intenções e palavras bonitas.

Ora, a personalidade dos filhos de Deus não pode ser fantasiada, tem de ser genuína. Aos crentes é pedido:

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
e andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta
e sacrifício a Deus em aroma suave.
Mas a impudicícia e toda a sorte de impurezas, ou cobiça, nem sequer se nomeie entre vós, como convém a santos; nem conversão torpe, nem palavras vãs, ou chocarrices, coisas essas inconvenientes,
antes, pelo contrário, acções de graça.
Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro,
ou avarento, que é idólatra,
tem herança no reino de Cristo e de Deus.
Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto não sejais participantes com eles.” – Efésios 5:1-7

O que achei hilariante no relato sobre Almeida Garrett, entristece-me quando acontece com os crentes.
Analisemo-nos, dispamos toda a roupagem enganosa e limpemos a cabeça pois é lá que o fingimento se desenvolve. Será desolador ver alguém fugir e nunca mais voltar por causa dos nossos disfarces.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

O Semeador

No Domingo passado, antes de ir para a igreja, andava a passear perto das hortas quando reparei que, lá pelo meio, andava um senhor a (?); bom, eu não “pesco” nada de agricultura, mas como vi muitos rebentos, presumo que não estava a semear, mas sim a desparasitar ou a fertilizar o terreno.

A manhã estava muito fria, mas, mesmo assim, fiquei imenso tempo a admirar aquela cena.

Sacola pendurada no ombro esquerdo, cheia de (?) pequenos e leves grãos que o homem retirava com a mão direita e lançava ao solo com a beleza de um gesto de ballet, enquanto caminhava pelos carreiros ora para cá, ora para lá.
Parte do produto lançado caiu nas pedras que limitam a zona de sementeira; outra era levada pelo vento e ia para o caminho ao lado da horta, a maior parte caía sobre a terra e os rebentos verdes.

Óbvio que identifiquei ali a parábola do semeador. É muito empolgante podermos ver como as coisas se processam e fazer a relação com os ensinos bíblicos.
Com a parábola, Jesus ensinava acerca das diferentes respostas que as pessoas dão à Palavra de Deus. O texto encontra-se em Lucas 8:4-15 (Mateus 13:3-9/19-23 e Marcos 4:1-9/13-20) e é assim:

(clique na imagem para ver melhor)
Na verdade, todos quantos têm ouvido a Palavra de Deus, se identificam com uma destas respostas. Aos que se aplica o versículo 15, “A que caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e recto coração, retêm a Palavra; estes frutificam com perseverança.”, é pedida fidelidade e trabalho pois, assim como o semeador lança a semente sem se poupar a esforços, também o crente deve espalhar a Palavra de Deus sem se deter pelas dificuldades. Como a passagem realça, apesar da Palavra ser genuína e igual para todos, os resultados são diferentes de pessoa para pessoa. Porém, aos crentes, Deus só pede que façamos a nossa parte - semear.

A vida e o crescimento são prerrogativa da soberania de Deus.
“De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho.
Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus.” – I Coríntios 3:7-9

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Cuidado com as Palavras

Recordo-me que, durante o estudo/debate, num acampamento, o orientador propôs-nos fazer uma análise pessoal e escrever num papel aquilo que considerávamos que nos caracterizava, para depois tirarmos algumas conclusões.
Pensei nos aspectos do meu temperamento e respondi o mais distintivo: “Não fazer aos outros o que não gosto que me façam!”

Passado algum tempo, estava em casa a fazer uma leitura bíblica e dei de cara com as seguintes palavras de Jesus:
“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles...” – Mateus 7:12
Sim, com toda a certeza já tinha lido esta passagem, mas não me lembrava dela e, na altura, fiquei muito contente por esse ensino de Jesus ser um dos meus lemas de vida.

Acontece que esta característica faz com que seja muito exigente. Primeiro comigo, mas também com os outros.
Sou cuidadosa e controlada, mas também frontal e interventiva.

Há talvez uns dois anos, vinha a passar numa praceta aqui da terra quando vi uma jovem senhora sentada num banco e junto a ela um belo cão, cor de mel, enorme, de pêlo comprido. Olhei-o por ser bonito e ter um ar meigo, mas, de imediato, ele veio direito à minha cadelita em ataque.
Fiquei meio aflita e como a cadela estava inquieta peguei-lhe ao colo. Então, o cão lançou-se sobre mim quase a fazer-me cair, enquanto a dona, sem se levantar, o chamava por um nome que não consegui perceber.
Eu estava exausta, sem poder sair dali, e a mulher continuava sentada a chamar o cão. Foi então que lhe gritei: “Ouça, veja se agarra o animal e o tira daqui!”
Ela andou os três ou quatro passos que nos distanciavam como se tivesse o pé dormente, agarrou o cão atabalhoadamente e voltou a sentar-se.
Enquanto me afastava, olhei-a de frente e desabafei muito zangada: “Oh pá, deficientes!”
Ela, aparentemente tranquila, fixou-me sem pestanejar.

Já livre da situação, mas ainda nervosa, enquanto caminhava para casa comecei a reconstituir a cena quando passou na minha mente a imagem da mulher: cambaleante, voz arrastada e olhos muito abertos e estáticos. Foi então que se fez luz - características de paralisia cerebral.
Ela era deficiente!

Diz a Palavra de Deus:
“O que guarda a sua boca e a sua língua, guarda a sua alma das angústias.” – Provérbios 21:23
Eu sei de todas as justificações que posso dar para o impulso da minha atitude, mas não para ter ficado cega, ao ponto de não perceber o estado daquela mulher e ter dito o que não gostava que me dissessem, mesmo sendo “normal”.
Isso deixou-me profundamente triste!




Oração: Pai, dá-me do teu poder para ser mais atenta às circunstâncias, ser mais cuidadosa com os outros, controlar as palavras e saber lidar com as contrariedades.
Obrigada por seres tão generoso que deste Jesus pela minha vida e estás sempre pronto a perdoar-me.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

O Plano Alimentar de Deus

Quando Deus criou o mundo, pensou em todos os pormenores. Incluindo a alimentação.
“Disse Deus: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra; e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento.” – Génesis 1: 29

Ao que tudo indica, Deus criou-nos vegetarianos e foi devido ao crescendo do pecado e rebelião dos homens que Ele mudou o seu plano original de alimentação. Assim, após o dilúvio, Deus permitiu que se comesse carne.
“Tudo o que se move, e vive, ser-vos-á para alimento; como vos dei a erva verde, tudo vos dou agora.” – Génesis 9: 3

E, em Levítico 11 e Deuteronómio 14, podemos encontrar as leis alimentares decretadas por Deus (sobre os animais limpos e os imundos) que serviram para pôr à prova a obediência de Israel. Leis essas que ficaram fora de uso com a vinda de Cristo.




Voltando à criação, constatamos que Deus plantou um jardim (Gén. 2:8-9a) onde colocou o homem para o tratar e dele tirar o alimento (Gén. 2:15-16).




Agora, vejamos alguns exemplos das pistas que Deus deixou nos alimentos e o seu efeito confirmado cientificamente:

Uma fatia de cenoura parece um olho humano (pupila, íris e linhas radiais).
A cenoura optimiza o fluxo de sangue que ajuda o normal funcionamento dos olhos.

Os tomates têm quatro cavidades e são vermelhos, tal como o coração.
Estes frutos estão carregados de licopina (substância que causa a pigmentação vermelha) e são um alimento puro para o coração e a circulação sanguínea.

Um cacho de uvas tem a forma de coração e os bagos são idênticos aos glóbulos vermelhos.
As uvas revitalizam o sangue e o coração.

As nozes parecem-se com o cérebro (hemisférios, cerebelos e rugas e folhos iguais ao neocortex).
Elas ajudam a desenvolver mais de três dúzias de neuro-transmissores para o funcionamento do cérebro.

Os feijões têm a configuração muito idêntica à do rim.
Acontece que os feijões são dos principais responsáveis pela manutenção da função renal.


Aipos, ruibarbos e couve chinesa têm uma forma semelhante ao osso.
Estes legumes contribuem para a resistência óssea (têm 23% de sódio, a mesma percentagem que existe na composição dos ossos).

Abacates, pêras e beringelas têm a mesma aparência do útero.
A ingestão destes frutos equilibra as hormonas, elimina o peso pós-parto e previne o cancro do colo do útero.


Os Figos crescem aos pares e estão cheios de sementes idênticas a espermatozóides.
Eles aumentam a mobilidade do esperma e aumentam a contagem de espermatozóides impedindo a infertilidade masculina.

As batatas-doces têm um formato muito parecido com o pâncreas.
Estes tubérculos regulam o índice glicérico dos diabéticos.

As azeitonas têm a configuração dos ovários.
Na verdade, elas ajudam à saúde e boa função nos ovários.

Laranjas, toranjas e os outros citrinos assemelham-se às glândulas mamárias das mulheres.
Estes frutos ajudam a saúde e o fluxo da circulação linfática dentro da mama.

As cebolas são parecidas com as células do corpo.
Elas ajudam a limpar os resíduos de todas as células do corpo, eliminando os radicais livres.


Deus foi o autor desta ementa, ainda nem haviam profissionais da nutrição, mas é interessante ver como, nos nossos dias, os especialistas em alimentação equilibrada, privilegiam a escolha de alimentos da terra (frutas, vegetais, legumes, sementes e grãos).
Afinal, nada de novo; só que os homens esquecem-se de observar as coisas simples que Deus criou.

Nota: A pesquisa sobre e semelhança destes alimentos com alguns dos nossos órgãos e os efeitos que neles exercem não é de minha autoria (desconheço o autor da investigação), mas confirmei todas as informações aqui apresentadas e tentei transmitir as semelhanças através de imagens.