“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos.”
Pode dizer-se que ela nos incita a fazer evangelização e missões, contendo em si própria todos os condimentos necessários para um trabalho bem sucedido.
Se olharmos para Actos 1:8 como parte integrante da Grande Comissão, encontramos esta definição:
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra.”
São as duas faces da mesma moeda, ir para fora e ir cá dentro, o valor é igual.
Ou seja, podemos fazer discípulos nas nossas localidades, nos nossos distritos e países, e em qualquer outro lugar do mundo onde Deus nos mandar.
Transmitir a alegre mensagem da vida eterna, nos meios e com os métodos que temos ao nosso dispor, é o legado que Cristo deixou a todos os crentes.
Não estou a ser original, nada do que digo é novo, nada mesmo, mas a verdade é que normalmente as oportunidades passam-nos ao lado; e, muitas vezes, esquecemos que à distância de um aperto de mão temos colegas, amigos, família, vizinhos… e, não praticamos o “ir” cá dentro.
Depois, Deus capacita alguns com dom e chamada porque a vida missionária pede uma responsabilidade acrescida: completa dependência, preparação, disponibilidade, reconhecimento da obra e abnegação.
Gosto de pensar (conhecer e orar) nos bravos homens e mulheres que, sem olhar a meios, aceitam o desafio de ir para fora porque, quando Deus coloca no coração o desafio da vida missionária, com certeza há um trabalho muito sério para fazer e não uma fantasia paradisíaca.
Nos nossos dias vive-se uma deficiência de vocações, há cada vez menos missionários e muito mais “profissionais” de missões - apetece-me chamar outro nome que também começa por “p”.
Isto quer dizer que, alguns saem dos seus países e, simplesmente, se deslocam para outros onde há conhecimento do Evangelho, igrejas e crentes preparados. Na verdade esses imigrantes, mais não fazem que os outros membros das igrejas locais, tomando parte nas tarefas da comunidade cristã onde se inserem; a diferença é que são assalariados pelas organizações de origem de forma a não terem qualquer carência, têm um bom carro e casa confortável, condições especiais de estabilidade familiar e não precisam de ter outro trabalho.
Entretanto, estima-se que 27% da população mundial ainda não teve qualquer contacto com o Evangelho.
Que o imensurável amor de Deus nos motive a trabalhar com alegria para responder activa e eficazmente à Grande Comissão, uns para ir para fora, outros para ir cá dentro.