"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


sábado, 8 de setembro de 2012

Alfabetização e Literacia


Faz hoje 45 anos que a ONU e a UNESCO declararam este dia como o “Dia Internacional da Alfabetização”, com o propósito de alertar a consciência da sociedade internacional para um compromisso mundial para o desenvolvimento e a educação.


Portugal, apesar dos progressos verificados após a Revolução, tem ainda uma parte significativa de população analfabeta (9 em cada 100 portugueses continuam sem saber ler e escrever).
Sendo que alfabetização e literacia não são sinónimas, creio que os números apurados pecam por defeito pois juntar letras e ler palavras, não é o mesmo que entender o texto.

Porque é que trago aqui este tema, para além da efeméride?
É simples, tem tudo a ver com as Sagradas Escrituras.
A educação sempre teve um papel importante no desempenho do povo de Deus. No Velho Testamento a aprendizagem da aliança de Deus com o seu povo foi recomendada para cada geração (Ex.: Deuteronómio 6:1-2); no Novo Testamento a educação teve especial destaque na igreja primitiva (Ex.: Actos 5:42; II Timóteo 2:15); nos nossos dias muitos são os pastores, teólogos e líderes que empenhadamente estudam e ensinam a Palavra.

Na verdade, não é à toa que os crentes estudiosos da Palavra de Deus, mesmo com pouca escolaridade, têm uma literacia superior à de outros cidadãos. É que o entendimento exegético e hermenêutico precisa de treino mental (discernimento).

Para isso e porque o tempo é de aperto (o preço dos artigos escolares, as matrículas e as propinas são praticamente insuportáveis), trago boas notícias:
* Matrícula – grátis para quem pedir a ajuda de Deus.
* Material escolar – a Bíblia Sagrada, caderno e caneta (há livros de apoio, mas não são obrigatórios).
* Local de aprendizagem – o nosso próprio lar e a igreja mais próxima (há Escolas Bíblicas e Seminários, mas nem todos têm que frequentar).
* Tempo de estudo – o estipulado pelos horários da comunidade religiosa e mais o que individualmente dispusermos.
* Método – Leitura atenta (pelo próprio ou outro) da Bíblia; reflexão; anotação das propostas do texto; pesquisa; anotação de dúvidas; pedido de auxílio ao pastor ou a um crente mais experimentado; estar focado nos objectivos das lições e pregações na igreja; fazer o trabalho diário (praticar).

Muitos crentes são privilegiados, tal como foi Timóteo (e eu), já que desde a infância têm a oportunidade de aprender as Sagradas Letras. Mas, em qualquer altura da nossa vida se pode dar início ao estudo, não importa a idade para formar uma comunidade de estudantes da Palavra Deus (incluindo a alfabetização, se for necessário).
O crente deve superar-se, não pode desculpar-se com a sua ignorância, nem contentar-se com a sua inferioridade porque isso equivale a dizer que está deliberadamente a perder os tesouros escondidos na Palavra de Deus.

“Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica;
pois receberam a Palavra com toda a avidez,
examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram de facto assim.” – Actos 17:11

2 comentários:

Anónimo disse...

:=)
olá querida Mimi, que ricas suas palavras. Houve uma época no Brasil que fizeram uma estatística sobre alfabetização. E constataram que os evangélicos eram mais alfabetizados do que os não evangélicos. Isso concluíram que quando o convertido não-alfabetizado buscava eidatamento aprender ler e escrever para estudar a Palavra de Deus. Com isso, também, o país caminha para o desenvolvimento. Houve uma época no Brasil que os crentes eram ditos como ignorantes, achavam que não haviam doutores, bacharéis no meio evangélico. Graças a Deus que os tempos melhoraram muito.
beijos
Continue assim sendo uma benção a Deus. Pois nós leitores crescemos muito com suas mensagens.
Marisa Braig

Maria disse...

Querida Marisa, obrigada pela tua partilha.
Eu, que já sou um bocado antiga, lembro-me de irmãos com baixa escolaridade, à força de estudarem a Palavra e aprofundarem a explicação dos textos bíblicos, atingirem níveis de discernimento muito elevados.
Beijos e Shalom.