"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


domingo, 31 de março de 2013

O Sepulcro


Saúdo-vos com imensa alegria. Cristo ressuscitou!
 
É admirável a confiança que podemos ter na Palavra de Deus. E, estudar os episódios nela relatados, para melhor perceber os acontecimentos, é muito especial.
A minha proposta para hoje é uma visita ao túmulo que abrigou o corpo de Cristo.
 
O Jardim onde, para os cristãos evangélicos, se encontra o túmulo utilizado por Cristo (nada tem a ver com o que é explorado pela igreja católica), dá-nos uma perspectiva clara da narrativa bíblica.
Na verdade, todas as investigações apontam para aquele local como sendo o Jardim de José de Arimateia, pois tudo corresponde fielmente à descrição bíblica:
 
 
1. Ali perto fica o Gólgota, onde decorreu a crucificação, e do jardim pode ver-se, perfeitamente, o monte que se assemelha a uma caveira (João 19:41);
2. No jardim encontram-se vestígios da existência de um lagar de vinho e de uma grande cisterna, prova de que o proprietário seria rico (Mateus 27:57);
3. O túmulo está escavado na rocha, não é uma caverna natural (Mateus 27:60) e, à frente da entrada, tem um canal próprio para rolar a pedra;
4. Dentro, o primeiro espaço existente era o reservado como câmara de choro (Lucas 24:1);
5. No lado de fora pode ver-se uma única sepultura. A sepultura de Jesus era vista do lado de fora, caso contrário ao olharem, sem entrar, não se apercebiam de que o corpo não estava lá (João 20:5, 11). A entrada ficava à altura do estômago (antes de se fazerem obras), sendo necessário as pessoas se baixarem para entrar ou olhar para o interior.
 
Nota: O local foi afectado por um desabamento e, redescoberto no século XIX, foram feitas algumas obras destinadas às visitas turísticas e religiosas (abertura de uma janela para iluminar o interior, alargamento da passagem entre a câmara de choro e o espaço de sepultamento, alteamento da entrada e, ainda, a inclusão de um gradeamento interior entre a câmara de choro e o espaço de sepultamento, para não permitir o contacto com a sepultura).
 
“No primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao sepulcro, levando os aromas que tinham preparado. E encontraram a pedra removida do sepulcro, mas ao entrar, não acharam o corpo do Senhor Jesus.
Aconteceu que perplexas a esse respeito, apareceram-lhes dois varões com vestes resplandecentes. E, estando elas possuídas de temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos?” – Lucas 24:1-5
 
 
Aleluia!

domingo, 24 de março de 2013

A Última Ceia

Desde sempre tem havido alguma confusão na representação da última ceia. O registo que as obras de arte apresentam nada tem a ver com a realidade (mesa rectangular de pés altos, onde Jesus é apresentado ao meio dos discípulos e todos num único lado da mesa).
Também ao longo do tempo, algumas pessoas, maldosamente, têm especulado quanto à postura de João junto a Jesus.
Depois de ter pesquisado os costumes da época e ter visitado os Jardins Bíblicos em Israel (onde tive oportunidade de almoçar num recinto réplica dos tempos de Jesus e comida própria dessa altura), clarifiquei muito o meu conhecimento.
Então, aproveitando o período que atravessamos, vou tentar dar uma boa imagem de como terá sido a última ceia (é desejável conferirem as citações bíblicas).

“Chegou o dia dos asmos, em que importava comemorar a Páscoa. Jesus, pois, enviou Pedro e João, dizendo: Ide, preparar-nos a Páscoa, para que a comamos.” – Lucas 22:7-8

Preparação da ceia – Lucas 22:7-13

Pedro e João procuraram aposentos apropriados para a ceia e, naturalmente, prepararam a refeição que, por ser a Páscoa, incluía: cordeiro assado, sopa de frutos, pães asmos, ervas amargas e vinho.

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Naquela altura as casas maiores tinham o chamado quarto de visitas, mobilado com um triclínio (três leitos largos, dispostos em volta de uma mesa baixa em U, onde se podia comer e dormir. O espaço interior da mesa ficava livre para que se pudessem ver uns aos outros e para os criados servirem os convidados).

“E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e com ele os doze apóstolos.” – Lucas 22:14

Durante a ceia – João 13: versículos indicados abaixo

– Segundo escritos antigos, a postura à mesa era de semideitados, com o braço esquerdo apoiado na cama e o direito livre para levarem o comer à boca.
– O anfitrião ou hospedeiro ocupava o lugar de frente para a porta, de forma a ver quem entrava, e ao seu lado ficavam os convidados de honra. Neste caso, por motivos distintos, podemos deduzir que foram João e Judas que ocuparam esses lugares.
– (v. 23) João (nº 2 - imagem abaixo) estaria à ponta da mesa, por ser o discípulo amado (primo de Jesus, seu amigo predilecto e o mais novo dos discípulos).
Assim sendo (nessa posição à mesa), é natural que quando questionou Jesus (nº 1), se tivesse reclinado sobre o seu peito (v. 25).
– Do outro lado, estaria Judas (nº 3), em lugar de destaque por ir desempenhar um papel importante (a entrega de Cristo).
Esta ideia é reforçada pelo facto de Jesus, quando anunciou o traidor, ter dito que lhe daria um pedaço de pão molhado (v. 26). Este era um hábito da altura, o anfitrião dava ao convidado mais importante o primeiro pedaço de pão depois de o molhar; logo, Judas tinha de estar perto de Jesus para receber o pão.
– No último lugar (na outra ponta da mesa) estaria Pedro (nº 4) pois, se fez sinal a João é porque não estava muito perto, mas sim no seu ângulo de visão (v. 24).
Além disso, quando Jesus fez o lava-pés, Pedro questionou-O (v. 6) quanto à atitude. Talvez por Ele ser o Mestre, mas também porque, estando no último lugar  (junto à porta) e não havendo criados, os costumes da época dizem que devia ser ele a fazê-lo.
– Os outros discípulos estavam distribuídos pelos lugares restantes.
 
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Que Deus vos conceda uma santa Páscoa!

domingo, 17 de março de 2013

O Olhar de Jesus


“Os olhos são a janela da alma e o espelho do mundo”
Leonardo da Vinci
 
Ou seja, olhar, é muito mais que ver… É envolvimento, é conhecimento, é partilha, é capacidade de interpretação. Digo eu que, como “janela da alma”, os olhos expõem-nos (é o que dizem aos outros); como “espelho do mundo”, eles recebem (é o que deciframos dos outros).
 
A Bíblia relata-nos alguns episódios que se referem ao olhar de Jesus. Um deles foi assim:
 
“Então, voltando-se o Senhor, fixou os olhos em Pedro, e Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe dissera: hoje três vezes me negarás, antes de cantar o galo. Então Pedro, saindo dali, chorou amargamente.” – Lucas 22:61-62 
 
Isto é doloroso, só de imaginar!
 
Pedro foi um dos escolhidos por Jesus para O seguir. Eles passaram três anos juntos…, mais, Pedro fazia parte do núcleo duro dos amigos do Mestre.
Perante a advertência de Jesus para as ciladas de Satanás, jurou-Lhe fidelidade incondicional e, quando Jesus foi capturado, Pedro avançou em Sua defesa com a espada, mas ao vê-Lo ser acusado e humilhado, a sua autoconfiança desmoronou e a sua fé ficou abalada. Por três vezes negou conhecer o seu Amigo especial.
 
Depois de um relacionamento tão íntimo, tantas expectativas, tanta partilha, Pedro, na pior altura da vida do seu Mestre, deitou tudo a perder…
Mas, Jesus olhou para ele!
 
Aquele olhar era uma janela que transmitia tristeza e reafirmava amor, não eram precisas palavras.
Esse mesmo olhar via, por entre as lágrimas de Pedro, o desconforto do amigo pelo amargo reconhecimento da fraqueza.
A comunhão estava restaurada!
 
 
Estes dias que antecedem a comemoração da ressurreição, são um bom tempo para reflectir acerca do olhar de Jesus.
Primeiro, saber que Ele vê no mais íntimo do nosso ser; vê tudo!
Depois, saber que por meio desse olhar temos protecção e perdão.
Mas saber, também, que só temos vida se nós próprios O olharmos.
E, ainda, ponderar sobre o que temos nós para Lhe mostrar.

sábado, 9 de março de 2013

Sabedoria na Adversidade

Vou hoje terminar as minhas notas sobre Actos 16. Intitulei esta reflexão com essa palavra poderosa -Sabedoria-, verão porquê.

Se bem se lembram, Paulo e Silas foram presos e, enquanto cantavam hinos e oravam, houve um terramoto e a cadeia ficou aberta.
O carcereiro temeu que os presos tivessem aproveitado para se evadirem, mas eles estavam lá. E o homem, vendo o exemplo dos servos de Deus, converteu-se e, como já não havia cela, levou-os para sua casa, certamente nas instalações contíguas.

Vs. 35-40
Pela manhã, as autoridades mandaram ao carcereiro a ordem de liberdade para Paulo e Silas.
Liberdade - isto era não só o que eles desejavam, era o que mereciam, mas a resposta de Paulo foi: Não!

Ora vejamos o que ele alega: não tiveram um processo formal, foram espancados publicamente, prenderam-nos sendo eles cidadãos romanos e agora queriam mandá-los embora em segredo. Todo o procedimento era ilegal.
Paulo reivindicou os seus direitos, exigindo que fossem as próprias autoridades romanas a ir soltá-los. Dessa forma a situação não seria silenciada, não ficariam acusados de fuga e fazia-se justiça.
Quando as autoridades souberam que Paulo e Silas eram romanos, ficaram com medo... E foram até eles, e desculparam-se e rogaram que saíssem da cidade.
Os acontecimentos permitiram que estes homens, aproveitados por Deus no desconforto da situação, dessem testemunho e almas se salvassem, mas não obstou que, no momento certo, reclamassem os seus direitos.

Sábia a atitude de Paulo.
Ser crente não é sinónimo de ser parvo; ser bom cristão não é calar as injustiças; ser filho de Deus é, também, agir no momento certo e com verdade.
Se somos ridicularizados, maltratados ou difamados, no que estiver ao nosso alcance devemos reclamar justiça, não descurando o bom testemunho. Só assim, seremos livres.
Que Deus nos conceda sabedoria para saber como e quando fazê-lo,

 
“Porque o Senhor ama o juízo e não desampara os seus santos; eles são preservados para sempre; mas a semente dos ímpios será desarraigada.” – Salmo 37:28

domingo, 3 de março de 2013

Deus é Lindo!

Confesso que fico pateticamente maravilhada quando as evidências do amor e diligência de Deus me tornam ainda mais formiguinha.
Depois, procuro palavras entendíveis para transmitir o meu sentimento, mas é difícil. Diz-se que uma imagem vale mais que mil palavras e hoje, vou deixar bastantes imagens e tentar dizer só o imprescindível.

Em 2011, a 3 de Fevereiro e a 14 de Outubro, com os títulos “Mais que Vencedores” e “Vida Sem Limites”, escrevi aqui sobre Nick Vujicic e apresentei alguns dos seus vídeos.
O seu exemplo tem sido um incentivo para mim. Como posso, perante as suas dificuldades, queixar-me das minhas; e, se ele serve ao Senhor, como poderia eu não o fazer?

Nicholas James Vujicic, nasceu em Melbourne - Austrália, a 4 de Dezembro de 1982, sendo portador da Síndrome de Tetra-Amelia.

Aos 8 anos pensou matar-se, mas Deus trocou-lhe as voltas e aos 15 dedicou a sua vida a Cristo e entendeu que a sua missão seria falar do seu Salvador e ajudar outras pessoas a encontrá-Lo.




Com 21 anos e depois de 2 licenciaturas, começou a viajar, dando palestras motivacionais e evangelizadoras. Até hoje já falou a milhares de pessoas, em mais de 25 países. 
 
 
 
 
 
 
 





Além das palestras, escreve e faz filmes; e, a nível mais pessoal, pratica diversos desportos, sendo, em grande parte, independente.
 


 


Depois de, durante uns 8 anos, ter orado a Deus pela bênção de poder casar e ter filhos, a bênção veio e, a 1 de Agosto de 2011, ficou noivo de Kanae Miyahara.










A 12 de Fevereiro de 2012, teve um dos dias mais alegres da sua vida ao casar com Kanae, seu grande amor.

 





A sua mulher, não é só uma jovem bonita, ela é serena, amorosa e apaixonada.
A lua-de-mel foi o início de uma vida partilhada e feliz.






  “Alegrai-vos com os que se alegram...” – Romanos 12:15a
 
Agora, vejam se não tenho razão.
Um ano depois de casar, mais precisamente um ano e um dia (13.02.2013), concretizou-se um grande sonho. Nick foi pai!
O bebé, Kiyoshi James Vujicic,nas ceu com 3,630kg e 55cm.
 
 
Embora seja tão diferente da maioria das pessoas, Nick possui uma mente e um espírito saudável, acima de tudo, uma grande fé. A sua vida e palestras têm tocado inúmeros corações e muitos dos seus ouvintes têm chegado até Deus.
Apesar das suas limitações, não se cansa de revelar “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. Em tudo ele agradece a maravilhosa graça de Deus e declara o seu amor por todos que acompanham o seu ministério e oram por ele.
Nick diz, com frequência, que a noção de satisfação vem do conhecimento da verdade. “Eu encontrei o sentido de minha existência e também o propósito de minha situação. Tenho visto muitas pessoas completas por fora mas que não conhecem a verdade. É a verdade que nos liberta e quem Jesus liberta é de facto livre”.

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” – João 8:32

O exemplo de Nick faz-me lembrar que, quando tudo parece dar errado na nossa vida, acontecem coisas que nunca valorizaríamos se tudo tivesse sido certinho.
Deus é lindo!