"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


domingo, 28 de novembro de 2010

A Árvore de Natal



Já se deu início à época em que, tradicionalmente, se comemora o Natal de Cristo.

Ontem fizemos a decoração da árvore. As crianças estavam entusiasmadas por poderem participar neste delicado trabalho. Depois, foi a cor, as luzes, o brilho, os risos encantadores, as perguntas, enfim, magia...


Quisera Senhor, neste Natal, armar uma árvore
dentro do meu coração e nela pendurar em vez de
presentes, os nomes de todos os meus amigos.
Os amigos de longe e de perto; os antigos e
os mais recentes; os que vejo a cada dia e os
que raramente encontro; os sempre lembrados
e os que às vezes ficam esquecidos;
os constantes e os intermitentes; os
das horas difíceis e os das horas alegres;
os que sem querer eu magoei, ou,
sem querer me magoaram; aqueles a quem
conheço profundamente e aqueles que não me
são conhecidos, a não ser nas aparências; os que
pouco me devem e aqueles a quem muito devo; meus
amigos humildes e meus amigos importantes. Os nomes
de todos os que já passaram pela minha vida.

Uma árvore
de muitas raízes muito profundas para que seus nomes nunca
mais sejam arrancados do meu coração. De ramos muito extensos,
para que novos nomes vindos de todas as partes, venham
juntar-se aos existentes. De sombras muito agradáveis
para que nossa amizade, seja um aumento de repouso nas lutas
da vida.

(Autor desconhecido)

Desejo a todos que esta época seja repleta de bênçãos de amor e paz!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Estou Apaixonada!


Oh, nem imaginam como isto é rigorosamente verdade.
E ainda há quem diga que a paixão é efémera ou que os velhos já não têm sentimentos arrebatadores; pois eu digo-vos, quanto mais velha mais apaixonada me sinto.
Agora está na moda fazer-se este tipo de declarações nas redes sociais; eu quero muito compartilhar este estado de graça, porque não fazê-lo aqui?

Primeiro que tudo, quero deixar claro que acho que o amor verdadeiro não subsiste sem paixão. Pode haver algum companheirismo, afecto, habituação ou qualquer outra coisa que lhe queiram chamar, mas amor?
A paixão é o lado arrebatador, louco e exaltado dum relacionamento de amor, eles complementam-se, e eu tenho muito prazer nisso!

Reparem naquela extraordinária declaração que Paulo fez em Filipenses 1: 20-24

"Segundo a minha ardente expectativa e esperança, de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte.
Porquanto, para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro.
Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei-de escolher. Ora, de um e outro lado estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne."

Isto é estar completamente apaixonado... e eu gosto!
Deus tem um propósito para cada um de nós e, quando estamos apaixonados, o que mais queremos é agradar ao nosso amor. Ora, Cristo conquistou Paulo (3: 12) e também me conquistou a mim, cada dia que passa me sinto mais íntima e cúmplice de Cristo, segura de querer sempre viver o Evangelho.

Ter alegria e paz é possível e faz parte da nossa realização mesmo quando a vida não corre bem, porque não estamos a falar da alegria em nós próprios, ou da alegria do mundo, mas da alegria em Alguém especial.
O que Ele pode fazer na nossa vida, é simplesmente admirável...
Eu aprendi a transformar as pedras de tropeço em experiências de vida, para minha consagração e bênção dos outros, porque a minha chave está entregue a esse homem chamado Cristo!

Eu estou apaixonada! E tu?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dai-lhes vós de Comer

Sou de opinião que todos nós, especialmente os crentes em Cristo, temos responsabilidades sobre os outros, não só de carácter espiritual, mas também sociais e morais. O zelo missionário de vertente social começou por isso mesmo; daí a igreja primitiva ter organizado um grupo de crentes que desempenhava funções de suprimento das carências dos outros (Actos 6: 1-7).

Há uns 25 anos, quando era professora de crianças dos 6 aos 9 anos na Escola Bíblica Dominical, fui confrontada com uma situação inesquecível.
Tendo em vista o compromisso futuro de cada criança, comecei a esquematizar uma lição sobre o que é necessário para sermos habitação de Deus, pensando em I Coríntios 3: 16-17 (noutra ocasião voltarei para falar acerca destes versículos).
Então, depois de imaginar a dinâmica que podia dar à lição, peguei numa enorme cartolina onde fiz colagens e desenhos alusivos ao tema e legendei com dicas sobre os cuidados a ter com o corpo.



Como modelo, coloquei um recorte do Vitinho, aquele simpático e alegre “menino” de hábitos saudáveis que todas as crianças conheciam por ser imagem duma papa infantil e desenho animado.
E, no dia dessa lição, com auxílio do dito cartaz, expliquei que Deus cuida de nós, porque nos criou e nos ama, mas que também quer que as pessoas sejam cuidadosas. Detalhadamente, falei de higiene, alimentação, habitação, tempos livres, escola, relacionamentos, educação e de como devemos amar e louvar a Deus.

Terminada a lição, uma menina que, muito recentemente, ia à classe acompanhada por dois irmãos mais novos disse-me: "Mimi, eu e os meus irmãos, não podemos tomar banho, nem beber leite, nem comer fruta porque nós somos pobres".
Foi como se tivesse levado um murro… recuperada da abordagem, conversei com a menina o suficiente para perceber que pertencia a uma família disfuncional; pai alcoólico, mãe inactiva, mais 2 irmãos bebés e outro mais velho que ela (ao todo 6 crianças).
No Domingo seguinte, levei fruta, leite, queijo, bolachas e papa e propus-me acompanhá-los a casa depois do culto.
Fiquei em estado de choque. Viviam no rés-do-chão de um prédio devoluto na zona do Saldanha, escuro, húmido, sujo, fétido, com amontoados onde não se distinguia o lixo do aproveitável. A mãe, apática, não disse muitas palavras; o pai já tinha saído e não sabiam a hora a que voltava; o mais bebé estava doente.
Durante alguns domingos, já com apoio da igreja, fui entregar alimentos e roupas tentando minimizar as carências dos meninos. O cenário foi sempre igual; nunca vi o pai; a mãe não se mostrou interessada na mensagem do Evangelho, como nunca se mostrou interessada ou agradecida nas coisas que eu levava.
Num dia em que as crianças não apareceram na classe, fui a casa e já não moravam lá. Não haviam vizinhos a quem perguntar pelo paradeiro. Nunca mais os vi…

Sobrou o mais importante. O facto de um dia aqueles meninos terem ouvido falar de Cristo e terem conhecido o Seu amor!
Quem dera que hoje lhes pudesse dizer:

“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste
e de que foste inteirado,
sabendo de quem o aprendeste.” – II Timóteo 3: 14

sábado, 6 de novembro de 2010

Aquilo que o Espelho diz

Todos nós, pelo menos uma vez ao dia, olhamos para um espelho. É assim que temos consciência da nossa aparência, mas, na verdade, nem sempre gostamos muito daquilo que o espelho diz.


Na Bíblia, os salvos, são referidos como sendo espelho da glória de Deus:

“Mas todos nós, com rosto descoberto, reflectindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” – II Coríntios 3: 18

Eu gosto disso, mas é uma responsabilidade e tanto…
Vejamos qual o rigor que se pretende de um espelho e, o que é isso em nós, de forma a reflectirmos a glória de Deus:

1º - estar descoberto, sem embaciamento ou véu que se coloque entre a imagem e o espelho – é estar em comunhão com Deus;

2º - estar limpo, sem pó, ou manchas, que retirem nitidez à imagem reflectida – é ter o nosso ser interior sem mal e em paz;

3º - estar bem posicionado e fixo, para não desfocar a visão – é ser verdadeiro naquilo que mostramos aos outros.

Ora, quando recebemos Cristo, o Espírito Santo passa a morar em nós e capacita-nos com as ferramentas necessárias para reflectirmos a glória do Pai, saber usá-las é irmos progredindo no processo de transformação, de vitória em vitória, até à perfeição de Cristo.
Isso é santificação!

Não nos basta usar o rótulo de “cristão”; nós temos de experimentar a semelhança e reflectir o coração de Deus.

“Sede pois imitadores de Deus, como filhos amados”
Efésios 5: 1

É caso para questionarmos: Afinal, o que é que diz o espelho que eu sou?