"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


sábado, 26 de fevereiro de 2011

Não, Porquê?

Imagine alguém que aceita participar numa corrida, equipa-se, vai até à pista e pisa a linha de partida, mas, quando é dado o sinal para iniciar a prova, recusa-se a prosseguir. Isto faz sentido?
As desculpas podem ser muitas e, invariavelmente, passam por alegadas incapacidades, mas a verdade principal é a falta de vontade e o medo.

Há crentes assim. Pessoas que, depois da conversão, se preparam biblicamente e reconhecem as necessidades da obra, mas quando Deus as chama ao trabalho, ficam com medo, recusam e dão desculpas inusitadas.
Acontece que Deus, desde sempre, tem usado para a sua obra pessoas com os mais diversos problemas. Vejamos alguns exemplos:

David cometeu adultério (II Sam. 11:2-4), no entanto o Senhor o perdoou e inspirou, tendo escrito os mais belos hinos e orações das Escrituras Sagradas.

Timóteo sofria do estômago, talvez tivesse uma úlcera (I Tim. 5:23), mas isso não o impossibilitou de realizar uma obra evangelística e fazer viagens missionárias.

Abraão era muito velho (Gén. 17:17), mas, mandado por Deus, saiu da sua terra sem saber para onde ia, foi constituído como pai de numerosas nações e teve um filho.

Moisés tinha bariglossia o que lhe dificultava a fala (Ex.4:10), mas Deus o escolheu para dirigir e libertar o povo de Israel.

Pedro foi medroso e impulsivo (Mat. 26:69-74 e João 18:10), mas, quando foi revestido pelo poder do Espírito Santo, tornou-se um dos grandes iniciadores da igreja e divulgador do evangelho.

Jonas era rebelde (Jonas 1:1-3), entretanto, acabou por pregar a Palavra de Deus de forma tão poderosa que toda a cidade de Ninive se converteu ao Todo-Poderoso.

Léia era uma mulher sem atractivos físicos e solteirona (Gén. 29:17, 23-26), mas isso não foi impeditivo de Deus a honrar, sendo mãe dos fundadores de seis das tribos de Israel, incluindo a de Levi, tribo sacerdotal, e a de Judá, que gerou Cristo.

Gideão era pobre e tinha o complexo de inferioridade (Jz. 6:15), no entanto, não duvidou do poder de Deus e tornou-se um grande líder, libertador e guerreiro.

Paulo era perseguidor da igreja e tinha problemas de visão (Actos 8:3 e Gál. 4:13-15), mas isso não obstou a que fosse o grande missionário da igreja primitiva, escrevesse várias cartas para as comunidades que visitou e fosse preso por amor ao evangelho.

Sansão foi mulherengo (Jz. 14:1-2, 16:1 e 4), mas Deus dotou-o de força física para livrar Israel do poder dos filisteus.

Samuel era ainda criança (I Sam. 2:18, 3:4), Deus falou-lhe e ele, além do grande discernimento espiritual, teve uma vida de fidelidade e serviço ao Senhor e veio a ser o primeiro profeta de Israel.

Zaqueu era baixote o indesejado (Luc. 19:3 / 7), mas quando se converteu, passou a ser justo e não só decidiu contribuir para os pobres, como restituir quatro vezes mais àqueles que tinha espoliado.

Raabe era prostituta (Josué 2:1), ainda assim, foi justificada por Deus quando escondeu dois espiões da nação de Israel e figura na genealogia de Jesus.

João Batista era extravagante (Mat.3:4), mas foi o escolhido por Deus para preparar o caminho para o ministério do Senhor Jesus.

Nesta amostragem vimos pessoas diferentes umas das outras, usadas por Deus para tarefas igualmente diferentes.

Sabe que não há duas pessoas iguais? Isso pode provar-se pelo ADN, pelas impressões digitais, mas também pela aparência, o carácter, as vivências, as patologias e as capacidades. Deus fez-nos absolutamente únicos e especiais!
Se todos os crentes desempenhassem uma tarefa na obra de Deus e, independentemente das diferenças e limitações, usassem os seus dons, certamente as igrejas funcionavam mais eficazmente. Se Deus quer usar-nos, não, porquê?

“Tu a quem tomei das extremidades da terra e chamei dos seus cantos mais remotos e a quem disse: Tu és o meu servo, eu te escolhi e nunca te rejeitei, não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.” - Isaías 41: 9-10

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Como Consertar o Mundo

Durante algum tempo, circulou na internet uma fábula, sem identificação do autor, que achei conter uma moral que todos devíamos adoptar.
A história é assim:

Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e, querendo encontrar uma solução para os minorar, passava muito tempo no seu gabinete a  estudar o assunto.
Certo dia, o seu filho de sete anos, entrou no gabinete e o cientista, para o entreter, pegou num velho planisfério, cortou-o em muitos pedaços (tipo puzzle) e depois deu-o ao menino, junto com um rolo de fita-cola, para que ele reconstruísse o mapa.
Esta era uma forma de entreter a criança e poder continuar os seus estudos.
Uma hora depois, o menino gritou alegremente:
- Pai, já acabei!
E, para espanto do cientista, o mapa estava ordenado correctamente...
- Muito bem, mas como é que tu conseguiste?
- Foi fácil, eu não sabia como era o mundo, mas quando tu estavas a cortar o papel, eu vi que do outro lado estava a figura de um homem. Como tentei reconstruir o mundo e não consegui, lembrei-me do homem, que sei muito bem como é, e comecei a formá-lo de novo. Quando consegui consertar o homem e colar os pedaços, virei o papel e vi que o mundo estava perfeito.



Partindo do princípio de que isto podia muito bem acontecer, temos de reconhecer que as crianças são exímias a dar lições de vida, mesmo quando isso é fruto da sua inocência e simplicidade.
Moral da história: para minorar os problemas do mundo, tem que começar por se renovar o homem.




Faz lembrar o episódio de Nicodemos (João 3: 1-7), quando Jesus lhe disse: “Necessário vos é nascer de novo!. É a demonstração de que o mais importante é restaurar o homem.
Depois, as palavras do Mestre no Sermão da Montanha (Mateus 5: 14-16) quando disse: “Vós sois a luz do mundo!”. Ao contrário do que muitas vezes pretendemos, não é o mundo que tem de nos dar ferramentas de reparação, somos nós que temos de ser obreiros da correcção do mundo.
Logo, começa em cada um de nós, não nos moldarmos àquilo que o mundo é, apresenta e dá, mas renovarmo-nos e melhorarmos o nosso entendimento sobre o que Deus quer que sejamos e façamos, tal como dizem as Escrituras:

“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12: 2

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Namorar

DEDUÇÕES


Não acabarão nunca com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado,
verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme,
fiel
e verdadeiramente.

(Vladimir Maiakóvski)


Podemos dizer que o termo “namorar” pertence aos tempos modernos. O conceito também. Em Portugal, até a comemoração do Dia dos Namorados é recente.
Na Bíblia, por exemplo, não encontramos a palavra namorar ou outra dela derivada. Não faz mal, o termo existe e a prática também. Falemos disso…

Ora, digo eu que, independentemente da terminologia, qualquer relacionamento romântico requer prudência, respeito, fidelidade e lealdade. Não obsta que possa haver uma ruptura, já que se trata de uma fase de conhecimento para (ou não) consolidação da afectividade, mas tem de ser, sempre, um assunto levado a sério.

Nos tempos bíblicos e segundo o costume da época, a maioria dos casamentos eram arranjados pelos pais. Não havia um período de contacto durante o estado anterior ao casamento; mas, havia compromisso.
Aliás, o namoro não existiu até o início do século XX, quando, apesar de já ser de escolha e/ou consentimento das partes, era muito protegido e vigiado pela família. Eram os célebres namoros da janela para a rua; posteriormente, em casa com alguém da família por perto, em espaço e tempo limitados. Dizia-se então que “A” estava prometida(o) a “B”… O assunto era levado a sério!
Claro que desde sempre houve comportamentos desviantes do padrão. A diferença é que, nos nossos dias, o desvio dá-se quando os jovens querem ter um relacionamento de construção e compromisso, sem leviandade. Talvez por isso, até as palavras “namoro” e “compromisso” começam a estar fora de moda; agora os jovens “ficam” ou “estão”, é uma aventura, é passageiro, é descartável e, independentemente do tempo que a relação dura, permitem-se as mais levianas liberdades. Perdeu-se o encanto e o respeito. Perdeu-se até a ideia de projecção para o futuro.
Obviamente que valem as excepções, mas infelizmente só são notadas como confirmação da regra.

Verdadeiramente, acho que este é um daqueles casos em que a virtude está no meio. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Ou seja, acho desejável que a escolha seja pessoal e sem interesse material, mas a prática requer seriedade e compromisso.
Quanto à palavra, até que não está mal; ela encerra uma outra que deve ser a essência dum bom relacionamento - n”AMOR”ar.
E, que tal incluir Deus na escolha e na relação?

“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” - I Coríntios 13: 4-7

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Dois é Melhor que Um





Suave Caminho






Assim. Ambos assim no mesmo passo
iremos percorrendo a mesma estrada.
Tu no meu braço trémula, amparada;
eu amparado no teu lindo braço.

Ligados nesse arrimo embora escasso,
venceremos as urzes da jornada...
e tu te sentirás menos cansada
e eu menos sentirei o meu cansaço.

E assim ligados pelos bens supremos
que para mim o teu carinho trouxe,
placidamente pela vida iremos.

Calcando mágoas, arrastando espinhos,
como se a subida desta vida fosse
o mais suave de todos os caminhos.

Mário Pederneiras (1867 - 1915)
Colectânea Poética - Sonetos Pouso Alegre


Conforme dizem as Escrituras:

"Melhor é serem dois do que um, porque têm
melhor paga do seu trabalho.
Pois se caírem, um levantará o seu companheiro; mas ai do que estiver só, pois,
caindo, não haverá outro que o levante.
Também, se dois dormirem juntos, eles se aquecerão;
mas um só como se aquecerá?
E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras
não se quebra tão depressa." - Eclesiastes 4: 9-12

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mais que Vencedores

NICHOLAS JAMES VUJICIC é um jovem de 28 anos, nascido em Melbourne, na Austrália, a 4 de Dezembro de 1982. Ele foi o primogénito de um pastor evangélico (actualmennte com mais 2 filhos) e é portador duma doença rara, a tetra-amelia. Ou seja, não tem braços (desde a altura dos ombros), nem pernas (tem dois pequenos pés, com dois dedos no esquerdo).

Aos 8 anos pensou matar-se;
Aos 15, dedicou a sua vida a Cristo e entendeu que tinha como missão ajudar outras pessoas e falar do poder de Deus;
Aos 17 começou a dar mensagens no seu grupo de oração e fundou a “Life Without Limbs” (Vida sem Membros), uma organização sem fins lucrativos, para ajuda social e espiritual de deficientes;
E, aos 21, após ter terminado a universidade (tem 2 licenciaturas - Contabilidade e Planeamento Financeiro), começou a viajar, tendo já visitado mais de 20 países onde dá palestras de motivação e inspiração, em congregações cristãs, escolas, empresas e estádios.

Mas, nada melhor que ouvir o seu próprio testemunho, numa entrevista à CBN - The Christian Broadcasting Network a 29.06.2009 (parem o vídeo as vezes necessárias de modo a assimilarem todo o testemunho).



“Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio d’Aquele que nos amou.” Romanos 8: 37