“Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função; assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros.” – Romanos 12: 4-5
Quando nos convertemos, passamos a fazer parte do corpo de Cristo e somos coagidos ao dever de praticar a fé. Porém, muitos crentes têm a ideia de que não é importante a sua participação activa na comunidade religiosa e no mundo, quer dizer, basta ir aos cultos (ou talvez não) e a prática da fé está cumprida.
Por isso, a figura do corpo é muito eficaz para explicar a Igreja. O corpo é constituído por diversas partes e órgãos responsáveis por uma ou mais funções, porque nele nada está ao acaso, nem a mais pequena célula. Da mesma forma, também o grupo de crentes é composto de muitas e diferentes vocações, capacidades, formação, dons e maturidade espiritual. Logo, devem complementar-se, tornando a Igreja viva e actuante.
Não pretendo fazer uma exposição exaustiva sobre o assunto, mas convém deixar claro que todos os crentes são importantes porque, a cabeça é Cristo, a quem pertence o comando, mas ao corpo compete obedecer e agir.
“Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é que opera tudo em todos. A manifestação do Espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso.”
I Coríntios 12: 4-7
Há uns anos atrás durante um retiro da União Bíblica e no decorrer de um estudo sobre dons, uma senhora, com perto de setenta anos, interrompeu o palestrante e disse convicta: “Eu sei qual é o meu dom. Eu faço a limpeza da minha igreja!”
Virei a cabeça na sua direcção e fiquei com as lágrimas nos olhos, não porque ache que, em si, fazer a limpeza seja um dom, mas porque servir é um dom e porque aquela mulher simples expressou uma enorme gratidão a Deus nas suas palavras.
Depois, sorri e fiquei a imaginar como aquela Casa de Oração devia cheirar a limpeza e reflectir o toque que só a sensibilidade das mulheres permite.
Trabalho que não agrada; trabalho não valorizado; trabalho que não é realizado à vista dos outros…, mas, seja qual for o serviço, mesmo o mais modesto, quando é feito com alegria e humildade, agrada a Deus.
Grande lição, nunca mais esqueci!
3 comentários:
:)
Querida mimi
De há longos anos que ambas sabemos que assim é como explica tão bem neste seu texto.
Que maior benção poderíamos nós usufruir do que esta de ser membro do Corpo de Cristo!?
Agradeçamos...agradeçamos por toda a eternidade.
Um beijo
viviana
Sim, sempre agradeço a Deus, pelo privilégio imensurável de pertencer ao Corpo. Isso é a verdadeira felicidade!
Por isso mesmo, todo o trabalho a que Deus nos chama não pode ser visto como maior ou menor.
Um beijo para todos aí.
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