“Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava”
Lucas 5: 16
Lucas 5: 16
Um dos aspectos da vida de Jesus que mais excita a minha imaginação é o facto d’Ele ter orado. Ninguém mais que Jesus pode ter conseguido uma comunhão perfeita com o Pai e, no entanto, Ele demonstrou, sempre, uma total dependência.
Não é verdade que esta dicotomia parece estranha?
Mas creio que Jesus apesar da sua associação ao Pai, vivendo na carne, tinha uma necessidade absoluta de fortalecer a intimidade com a sua essência e criar defesas para a sua condição humana. O Pai conhecia o coração e o pensamento do Filho, mas expressá-los libertava os desejos e os fardos de Jesus que demonstrou sempre uma absoluta submissão ao Pai.
Temos tudo a aprender com o Mestre: conexão, comunhão, dependência e submissão.
Então, vamos ao encontro de Jesus para, numa breve análise, tomarmos parte das condições e desvendar alguns objectivos das orações relatadas na Palavra de Deus:
Junto ao rio Jordão, perante uma multidão, aquando do seu baptismo – Lucas 3:21
Em lugar deserto, durante a madrugada – Marcos 1:35
Num lugar solitário, fugindo à multidão, após ter realizado milagres – Lucas 5:16
No monte, durante toda a noite, preparando-se para escolher os discípulos – Lucas 6:12
Durante o sermão da montanha, quando ensinou os discípulos a orar (oração modelo) – Mateus 6:9-13
Em gratidão ao Pai por revelar as verdades eternas aos simples – Mateus 11:25-26
No monte, junto ao mar, dando graças antes de alimentar a multidão (multiplicação dos pães e dos peixes) – João 6:11
No cimo do monte, a sós, desde que caiu a tarde até de madrugada – Mateus 14:23
Junto aos discípulos, mas em particular – Lucas 9:18
No monte, com Pedro, Tiago e João, quando ocorreu a transfiguração – Lucas 9:28-29
Perante a multidão, pediu ao Pai para abençoar as crianças – Mateus 19:13-14
Em lugar de sepultamento, publicamente, antecedendo a ressurreição de Lázaro – João 11:41-42
Junto da multidão que ia adorar no templo em Jerusalém, glorificou o Pai pelo seu desígnio – João 12:27-28
À tarde, numa casa da cidade, junto com os discípulos, durante a última ceia – Mateus: 26:26-27
Após a ceia, ao avisar Pedro sobre as ciladas de Satanás, rogou pela sua fé – Lucas 22:32
Com os discípulos, depois de os instruir e confortar acerca da sua morte, intercedeu por si, por eles e pelos futuros crentes (oração sacerdotal) – João 17
No Jardim do Getsêmani, deixou os discípulos e, a sós, entregou-se à vontade do Pai – Mateus 26:39,42,44
No lugar do Gólgota, de manhã, pregado na cruz, pediu perdão para os que o martirizavam – Lucas 23:34
Ao fim da tarde, crucificado e em agonia, questionou a ruptura com o Pai – Mateus 27:46
Pudemos ver Jesus nas mais diferentes circunstâncias, horas e locais, a orar por si próprio e pelos outros. Haverão muitas mais vezes que não estão registadas.
Destas passagens, ressalta que Ele sempre clamou pelo Pai, privilegiou a oração a sós e aceitou a vontade do Altíssimo independentemente do resultado.
Eu estou muito grata a Jesus por se ter lembrado de mim naquela sublime oração sacerdotal!
“Perseverai em oração, velando nela com acção de graças.”
Colossenses 4:2
Colossenses 4:2
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