"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


sábado, 25 de agosto de 2012

Não Andeis Ansiosos

Eu gostava de ter estado naquela multidão que seguiu Jesus, até que Ele se sentou num lugar do monte e começou a falar-lhes.

Passei por lá em 1999, é inspirador!… Ao sentir aquela aragem, ao ver toda a paisagem circundante e ao descobrir pormenores singulares do local, imaginei, por um pouco de tempo, que estava na cena do "Sermão da Montanha", uma das minhas preferências bíblicas (Mateus 5-6-7).

Há no capítulo 6, uma clara demonstração de que é Deus que nos sustenta e de que Ele está interessado na nossa vida total.
Concretamente no trecho a partir do versículo 25, Jesus enfoca a mensagem nas solicitudes da vida: a ansiedade pelo comer, beber e vestir, ou a inútil preocupação de acrescentar mais um pouco de tempo à vida.
No entanto, desde a criação, Deus forneceu amplos recursos na terra e no mar para suprir as nossas necessidades. Ao homem, compete saber utilizá-los e trabalhar, pois não estamos isentos de dificuldades; mas deixando de lado a ansiedade.

Buscar o reino e a justiça de Deus, é procurar colocar tudo debaixo do governo e controlo d’Ele; é investir a vida em valores eternos; é fazer tudo para a Sua glória. E o resultado disso, é vermos as demais coisas nos serem acrescentadas, pois Deus supre e cuida, dá paz, alegria, vida abundante e tudo o mais que nos é necessário.

Na verdade a ansiedade é a preocupação sobre o amanhã, mas experimentada hoje. Sempre que ficamos ansiosos, ficamos preocupados no momento presente sobre alguma coisa que vai acontecer no futuro, muitas vezes, por algo que nem chega a acontecer.

“Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã,
pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” – Mateus 6:34

domingo, 19 de agosto de 2012

Santificação

Santificação, quer dizer “tornar santo” ou “separar do mundo”, para usufruir de completa comunhão com Deus.
Isto não quer dizer que obtemos uma perfeição espontânea e absoluta, mas que adquirimos obediência e pureza diante de Deus num processo vitalício, sendo progressivamente transformados até à semelhança de Cristo.

Paulo, ao modo de bênção, no fim duma carta diz:

“O mesmo Deus de paz vos santifique completamente;
e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros
e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”
I Tessalonicenses 5:23

Podemos verificar que o homem é composto por: corpo, alma e espírito, e que a santificação atinge as três componentes, por isso Paulo utiliza o advérbio “completamente”, ou seja, o todo. Vejamos cada uma das partes:

ESPÍRITO – capacidade de ter consciência das coisas espirituais (razão, conhecimento, inteligência) e de ter comunhão com Deus. De facto, o único ser da criação capaz de questionar e se relacionar com Deus, é o homem.
Santificação do Espírito: regeneração (I Pedro 2:1), crescimento (I Pedro 2:2) e identificação com Cristo (I Pedro 2:5);

ALMA – capacidade de ter consciência do eu (entendimento, emoções, arbítrio), é a vida, a manifestação não material do ser. Só difere dos outros animais porque foi modelada à imagem de Deus.
Santificação da Alma: mudança de valores (Efésios 4:25-32) e prática da Palavra de Deus (Tiago 1:21);

CORPO – é a matéria, o físico, o reconhecimento das coisas naturais. Aí, o homem tem forma e função como qualquer outro animal, mas, para Deus, uma avaliação diferente da dos outros seres (status, preço, postura).
Santificação do Corpo: guardar da imoralidade (I Coríntios 6:12), utilização convenientemente (I Tessalonicenses 4:4) e por fim, gozar a transformação (I Coríntios 15: 51-53).

Ora, então, a santificação começa pela regeneração do espírito, depois e progressivamente, a alma é restaurada e o corpo é purificado. Quando Paulo destaca as três partes, mostra que cada uma delas é importante e tem de ser trabalhada.
Uma vez santificados, sabemos que a nossa recompensa é a vida eterna com Deus.

“Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.” – Romanos 6:22

domingo, 12 de agosto de 2012

Versão ou Confusão?

Há algumas “interpretações” da Palavra de Deus e/ou do pensamento de Deus que me deixam perplexa. É que, alguns, à força de acharem que têm que dar resposta a tudo, acabam por perder a humildade e não reconhecer a limitação da nossa mente. Ora, há coisas que nós não conseguimos perceber, simplesmente, porque Deus não quer.

“As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.” Deuteronómio 29: 29

“Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.”
I Coríntios 13: 12

O problema é que, quando se quer espiritualizar tudo, ou se tem vergonha de dizer “Não sei!”, entramos no delírio da explicação.
Com tudo quanto é importante e que a Bíblia nos diz claramente, com tanta orientação para sermos pessoas melhores, com dicas para tudo quanto é prática do dia-a-dia, porque havemos de querer interpretar aquilo que Deus não revelou?
Isso é importante para a nossa fé?


O que Deus quer que entendamos é o que é necessário saber agora, porque, se Ele revelasse o que está oculto, nós não entenderíamos.

Eu sou adepta do estudo da Palavra, considero que sou uma bereana, sei que o Espírito vai agindo no nosso discernimento, mas nem por isso quero pôr palavras na boca de Deus, nem ideias no seu pensamento. Porque há coisas que só com novo corpo e nova mente, nós poderemos entender.

Por vezes ouvimos dizer coisas que alguém, algum dia, em determinado lugar, em contexto desconhecido disse, e tomamos isso como verdade absoluta, ainda que a Bíblia não o revele ou insinue. Soou bem, ficou bonito, e é orgulhosamente repetido como sendo um original; depois, ouvimos elogios pelo “discernimento” de fulano que disse o que está estafado de ser ouvido…

Por exemplo, é normal ouvir dizer que Deus permitiu que o pecado existisse para que não fossemos marionetas, mas pudéssemos ter poder de decisão. Será?
Eu não sei se foi isso e questiono se, por essa ordem de ideia, quando partirmos para a eternidade com Deus, vamos ser marionetas; mais, os anjos são marionetas?
Certeza tenho que, quando estiver com Ele face a face, tudo será revelado. E, para já, não estou preocupada em ter respostas, como se tivesse de desculpar as decisões de Deus.

Ainda voltarei a este tema, com outras questões que “atormentam” o desejo de alguns crentes terem resposta para tudo que Deus ainda não revelou.
Hoje, é tempo de louvar ao Omnisciente!

domingo, 5 de agosto de 2012

A Graça de Deus

Normalmente, quando falamos em salvação, impera a ideia de “aceitar Jesus como Salvador”. A terminologia é aceitável, também não sei outra forma de o dizer, mas, na verdade, foi Ele que nos aceitou a nós.
O que se espera da parte do homem, vai no sentido de crer em Cristo e arrepender-se dos seus pecados.

“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, Eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo conceda.” João 15:16

A salvação não é uma simples decisão do pecador, mas sim a inefável graça de Deus!
Que éramos nós, antes de reconhecermos o amor de Deus, para que o aceitássemos? Nada! De facto, a sua misericórdia antecipou-se a nós, ou, a graça não seria graça.


Então, Ele nos escolheu e nomeou-nos para irmos e produzirmos fruto. De alguma forma, como modernamente se diz, temos de deixar a nossa “zona de conforto” onde tudo corre ao sabor das “ondas” e passarmos a ter um Senhorio que nos pede para sermos ousados e radicais, promovendo mudanças profundas na nossa vida de forma a produzirmos fruto que não pereça.

E assim, transformados e cumprindo a missão, temos plena relação com o Pai, em Cristo Jesus.
Às vezes pensamos que não valemos nada, mas Deus nos escolheu; logo, somos especiais e temos um grande valor, tão grande que, pela sua graça, Ele não só nos salvou, como comunica connosco.

Que temos feito com a salvação?
Sejamos fiéis!