"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


sábado, 9 de abril de 2011

O Teste

Quem já teve experiência de liderança em acampamentos, retiros e eventos especiais das igrejas, sabe que muitos dos participantes são emocionalmente impelidos a manifestar a decisão de receber a graça da salvação em Cristo. Até se dá o caso de algumas pessoas manifestarem essa vontade mais que uma vez, em diferentes anos ou ocasiões, tal é o impacto emocional da ideia de salvação associado à falta de convicção espiritual.

Ora, pensando bem, a manifestação pública é o lado fácil das “decisões”, porque a Salvação tem muito que se lhe diga e o mais difícil está para vir. Na verdade, sendo gratuita, a Salvação não é barata… e, ao invés de se levar Cristo a reboque como guarda-costas, é preciso segui-Lo e imitá-Lo.

Na Bíblia (Lucas 18: 18-23 – Mateus 19: 16-22 – Marcos 10: 17-22), temos o relato de um jovem rico e de boa posição social que se apresentou perante Jesus interessado em receber a vida eterna (salvação).
À partida, parecia estar ali uma pessoa disponível para acatar tudo que Jesus lhe dissesse, no entanto, o Mestre não se deixou levar pelo entusiasmo do jovem e colocou-o perante um teste de firmeza:

Questão – Conheces Deus? (Talvez Jesus quisesse que ele especificasse se O chamara de “Bom Mestre” por reconhecer a Sua divindade ou talvez estivesse a confrontá-lo com o foco que tinha em si próprio).
Não respondido. O rapaz estava indeciso.

Questão – Guardas os mandamentos? (Jesus referiu alguns, deixando de fora os de relacionamento directo com Deus).
Resposta positiva. Não matava, não adulterava, não roubava, não levantava falso testemunho e honrava o pai e a mãe.

Questão – És capaz de vender os teus bens, dar o lucro aos pobres e seguir-Me? (Esta pergunta valia maior pontuação, por ser decisiva para o resultado final).
Renúncia. Foi-se embora. Definitivamente, não estava interessado numa vida que o obrigava a largar todos os bens terrenos e a ter um único Senhor. Jesus tinha ido longe de mais com as exigências.
Realmente aquele jovem tinha algumas coisas correctas na sua vida:
Objectivo – queria ter a vida eterna.
Atitude – procurou resposta para o seu problema.
Discernimento – recorreu à pessoa certa.
Conhecimento das Escrituras – era religioso e procurava cumprir com os mandamentos.
Mas isto era insuficiente, ele não tinha a garantia da vida eterna e não queria abdicar dos bens do mundo.

Eu não disse que seguir a Cristo tem custos que podem ser elevados?!
Quantos não têm recusado segui-Lo porque querem ser eternos, mas não aderem à eternidade?
Quantos vão à igreja e sabem as verdades bíblicas, mas não as praticam?
É por isso que muitos vão tomando decisões públicas, mas no seu coração não aceitam o Senhor eterno, O verdadeiro garante da eternidade da nossa alma.


“Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará.” Marcos 8: 35

3 comentários:

Débora disse...

Para mim esta passagem é das que demonstra melhor o quanto é dificil aceitar Cristo. Mas vale a pena:)

Viviana disse...

Querida Mimi

Achei de muito interesse este seu texto.

Ao reflectir sobre ele veio-me á memória este belíssimo Hino:

«1. Seguir a Cristo não é sacrifício,
mas é servi-lO em todo o teu viver.
Seguir a Cristo não é sacrifício,
é caminhar à luz do Seu querer.

Não nos promete honras nem riquezas,
mas Ele diz: “convosco Eu estarei.”
Seguir a Cristo não é sacrifício,
é triunfar com Deus, é ser feliz.

2. Seguir a Cristo não é sacrifício,
pois alegria traz ao coração.
Seguir não é sacrifício,
é fruir bênçãos e satisfação.

3. Negar a Cristo, sim, é sacrifício.
É existir sem Seu perdão e amor.
Se queres ser feliz, ter paz perfeita,
entrega a tua vida ao Salvador.»

Um beijo

viviana

Maria disse...

Obrigada, belos contributos.
Shalom!