"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


domingo, 30 de dezembro de 2012

2012 - 2013


Eu sei que o desejável era sabermos que, no próximo ano, tudo se alteraria. Refiro-me às dificuldades, às incertezas, aos desníveis sociais, à disputa pelo poder, à crise, mas…

A verdade é que estamos numa época em que somos estimulados a formular desejos simpáticos. É muito portuguesa a mensagem “um próspero ano novo” e sabemos que a ela está associada a ideia de dinheiro e despreocupação financeira.
Porque, o mundo, gira à volta disso mesmo – dinheiro!

Claro que ele é necessário, claro que estamos a atravessar um período desfavorável, sem dúvida que os que menos têm são os mais afectados, mas o problema maior é deixarmos que o dinheiro faça parte do nosso coração e se torne o centro dos nossos interesses.

Há um contraste entre possuir e viver, entre a angústia do perecível e a certeza da única riqueza duradoura que é ter Cristo na nossa vida.

“Acautelai-vos e guardai-vos da avareza.
A vida de uma pessoa não consiste na abundância dos seus bens.” – Lucas 12.15

Façamos com que amanhã, na passagem, haja louvor a Deus pelo 2012, pela vida, a paciência e a força;
também, que seja momento de rogar para que 2013 traga sabedoria, gratidão, tranquilidade, fé, amor e paz.


“Tu a quem tomei desde os fins da terra, e te chamei dentre os seus mais excelentes, e te disse: Tu és o meu servo, a ti escolhi e nunca te rejeitei.
Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou teu Deus; Eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.” – Isaías 41:9-10

sábado, 22 de dezembro de 2012

Nasceu o Salvador


sábado, 15 de dezembro de 2012

Reflexão de Natal



Talvez um pouco menos que nos outros anos,

mas, aqui e ali, já se ouvem músicas de Natal,
algumas ruas enfeitaram-se de luzes,
armaram-se presépios,
as montras ficaram mais apelativas
e nas lojas abundam as guloseimas da época.

E, como esta é uma quadra que favorece as emoções,

recordam-se acontecimentos felizes, sorrisos,
pessoas queridas, momentos impares,
lágrimas, desencontros;
contabilizam-se os sonhos realizados,
e os abraços perdidos e as ideias praticadas.

Tudo tem lugar, quando não se esquece o essencial,

JESUS, o real e alegre motivo do Natal,
para que haja vida, sabedoria, amor,
humildade e muita paz;
para aquietar a escuridão, trazer luz
e fazer Jesus renascer no nosso coração.

Então, muito mais que nos outros anos,
podemos dizer:

domingo, 9 de dezembro de 2012

Enfeites de Natal


O Natal já aí está. As ruas estão decoradas e nas grandes cidades já se fez a contagem decrescente e se deu início à iluminação de Natal (este ano foi o meu neto que acendeu as luzes de Lisboa). Nas casas já se construíram presépios e enfeitaram os pinheiros. As famílias vão combinando os preparativos da consoada. As igrejas preparam cantatas e outros programas especiais.
Está a enfeitar-se a época!




Este ano, além da árvore tradicional, construí uma para decorar a porta da sala, o presépio ainda é o mesmo, mas o centro de mesa da casa-de-jantar é sempre diferente e sempre de fabrico próprio.
Eu gosto do Natal e do espírito festivo que ele imprime. Para mim, é mesmo a celebração do nascimento de Jesus, o Emanuel.



Deus connosco!

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” – Isaías 9:6

MARAVILHOSO – Ele pode todas as coisas e o seu amor é inexcedível por isso é Salvador.
CONSELHEIRO – Ele é a verdade e os seus conselhos são sábios.
DEUS FORTE – Ele venceu o mundo e um dia voltará para levar os que são seus e julgar as nações.
PAI DA ETERNIDADE – Ele é consubstancial com o Pai, é o princípio e o fim e a salvação que nos conferiu nunca terá fim.
PRINCIPE DA PAZ – Ele oferece e governa a paz íntima e o bem-estar espiritual.

Eu gosto do Natal, gosto especialmente de enfeitar o coração com esse Jesus apresentado por Isaías, e de enfeitar a casa, e de dar prendas, e de fazer da época uma festa, e de mimar os outros.


Por isso, à falta de poder fazê-lo de outra forma, aproveito este espaço para desejar que tenham neste Natal: o incomparável brilho de Jesus, o alegre sorriso que o amor produz, a bênção da salvação e o silêncio da paz interior.



Já agora, não deixem de louvar o Salvador e ofereçam presentes… sejam criativos, a oferta de uma palavra ou de um gesto de carinho, pode ser o melhor presente de Natal.

Shalom!

domingo, 2 de dezembro de 2012

Planos - os Meus e os Dele


Vamos voltar a Actos 16, agora para analisarmos os versículos 6 a 10.

Paulo e os seus companheiros viajavam por várias localidades a divulgar o Evangelho, mas, por duas vezes, o Espírito Santo impediu-os de ir a algumas regiões que ele tinha planeado. Claramente, Deus tinha outras intenções.

“E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia. E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito não lho permitiu.” – Actos 16:6-7

Provavelmente o apóstolo nunca tinha pensado ir à Macedónia, mas este era o plano divino e, como Paulo apesar dos impedimentos ainda não tinha percebido isso, Deus deu-lhe uma visão em que revelava a Sua vontade.

“E Paulo teve de noite uma visão, em que se apresentou um homem da Macedónia, e lhe rogou, dizendo: Passa à Macedónia, e ajuda-nos.” – Actos 16:9

Tendo compreendido que o Senhor os impelia para pregarem o Evangelho naquele lugar, logo Paulo e os seus companheiros (Silas, Timóteo e Lucas), sem questionarem, viajaram até Filipos, a principal cidade da Macedónia.
Ali foi implantada a primeira igreja da Europa. Deus sabia (sabe) muito bem o que quer e porquê.

Todos nós fazemos planos para a nossa vida, incluindo no que diz respeito às coisas espirituais. As perguntas que se impõem são:
Na obra de Deus, apresentamo-nos como voluntários ou como voluntariosos?
Quando Deus nos revela a Sua vontade para qualquer área da nossa vida temos sido obedientes?

Lembremos que os planos de Paulo eram correctos (divulgação do Evangelho), mas não era o sítio certo.
Se estamos ao serviço do Senhor, precisamos de estar disponíveis para seguir os planos de Deus.

sábado, 24 de novembro de 2012

Eureca!


Estou ansiosa por vos contar!...

Sempre gostei muito da comparação dada por Cristo aos discípulos (e por acréscimo a todos os crentes) acerca do que deviam representar: “Vós sois a luz do mundo!”
E, nunca questionei a alegoria, porque, afinal, é uma ilustração evidente.

Mas o mesmo não se passou com: “Vós sois o sal da terra!”
Aí, tudo quanto ouvi desde pequena (invariavelmente: conservação e sabor), não me satisfez. Várias vezes dei comigo a pensar: meu Deus, eu uso tão pouco sal, na verdade ele até pode tornar-se prejudicial à saúde. Então, porquê?
Pois é, apesar das minhas interrogações, nunca me debrucei sobre o assunto, nem descodifiquei o texto.

Na EBD do passado Domingo, enquanto estudávamos II Pedro 2 acerca dos falsos mestres e profetas, a professora (excelente) advertiu para o nosso papel no mundo e “en passant” disse: “por isso que somos o sal da terra, que preserva, que dá sabor, que faz sede.” e passou adiante.

Até hoje, estou em êxtase!

Confesso que, de imediato, as ideias começaram a fluir na minha mente e já não consegui descolar-me da revelação.

E, apesar de correr o risco de ser a única (?) pessoa que não tinha chegado a esta conclusão, quis, com uma enorme alegria, partilhar isso convosco.

“Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” – Mateus 5:13

Vamos ver as conclusões que tirei:
1- A preocupação do cristão deve ser não perder a qualidade (não ser insípido), ou seja, não deixar de salgar. A passagem de Mateus aplica, claramente, os vocábulos “salgar” e “insípido”. Está lá tudo!
2- Todos sabemos que a comida salgada produz SEDE. Simples, não?
3- O problema, é que nos habituámos a reduzir, imediatamente, o valor do termo (salgar) para um único objectivo (sabor) que, normalmente, associamos a algo agradável.
4- O alvo proposto é que possamos incomodar, preservando a essência de Cristo em nós. Isso é a pureza do sal, salgar e preservar.

Por isso digo: “Eureca!”, achei resposta às minhas dúvidas e, sim, considero que este é o verdadeiro significado da advertência de Jesus.

Será que temos sido sal da terra? Temos nós provocado sede de Cristo entre aqueles que nos rodeiam?
Afinal de contas, Ele é a Água Viva e quem beber dessa água nunca mais terá sede!

E agora, perguntem-me porque será que não pensei nisto antes.
Sei lá! O importante é que Deus respondeu à minha dúvida.


Oração: Oh Pai querido, obrigada por permitires que eu seja sal e por me teres mostrado o verdadeiro significado do teu ensino.
Que sempre me encontres fiel e que o meu exemplo possa provocar sede de Cristo naqueles que me rodeiam!

sábado, 17 de novembro de 2012

Reputação e Reconhecimento


Gosto do Livro de Actos; julgo que é, junto com as epístolas e salvo a distância do tempo, o que mais se aproxima da nossa realidade e mais ensinamentos nos oferece.
Hoje trago aqui os versículos 1 a 5 do capítulo 16 e, noutras ocasiões, continuarei a falar deste excelente capítulo.

Paulo tinha começado a sua segunda viagem missionária, partindo da Antioquia. Quando chegou a Listra, encontrou o jovem Timóteo e
“Dele davam bom testemunho os irmãos em 
Listra e Icônio” – v. 2

Aí estava um rapaz de boa reputação; falado por bons motivos. Paulo, agradou-se tanto com aquilo que ouviu, que o escolheu para companheiro de viagem. E o trabalho conjunto deu frutos, dizendo-se que
“Assim as igrejas eram fortalecidas na fé e aumentavam 
em número dia a dia.” – v. 5

O reconhecimento de Paulo pelo jovem Timóteo, fez com que se tornassem fiéis companheiros e pudessem desenvolver um trabalho, de confiança e respeito, frutífero na obra do Senhor.

Há algumas perguntas directas que cada um de nós deve fazer:
Tenho eu consciência do testemunho que estou a dar?
O que é que os outros dizem de mim?
Ao relacionar-me com outros crentes, tenho disponibilidade para reconhecer o seu valor?
Consigo desenvolver um trabalho conjunto baseado na confiança e no respeito?

É útil para a obra de Deus que analisemos estes aspectos da nossa vida: reputação e reconhecimento. Porque para o crente:
A reputação é o reflexo do nosso carácter e das nossas atitudes.
O reconhecimento é um princípio espiritual que dá e recebe bênção.

sábado, 10 de novembro de 2012

A Fragrância do Conhecimento


Faz hoje 83 anos que em Aiquile, na Bolívia, nasceu o terceiro de 4 filhos de Leslie Martin e Della Johnston, onde eram missionários entre os índios.
Graduado em teologia pela Wheaton College, veio a diplomar-se como Doutor em Filosofia do Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo, na Escócia.
Nos EUA serviu, durante cerca de um ano, como pastor interino. E, em 1957, casou-se com Patrícia, com quem tem 5 filhos.
Aceite como missionário pela Missão Baptista Conservadora, veio trabalhar em Portugal por um curto período e, em 1962, foi para São Paulo, no Brasil, onde fundou as Edições Vida Nova e leccionou na Faculdade Teológica Baptista de São Paulo.
Hoje, além de escrever (tem um vasto numero de livros de sua autoria), viaja pelo mundo, ministrando a Palavra de Deus em conferências, igrejas, seminários e faculdades de Teologia.

O meu homenageado é Russell Philip Shedd conceituado teólogo e missionário evangélico.


Palestra em Esmirna
Este homem é um mestre, cuja grande tarefa tem sido a defesa da suprema autoridade da Bíblia como Palavra de Deus.
Dono de uma lucidez e sabedoria impressionantes, a sua presença é tímida e tranquila. Quase sempre as suas respostas acerca do pensamento/atitude humana começam por “depende” porque a sua análise é profunda e sabe que nem todos estamos no Caminho, embora todos digam que têm certezas.
Apesar do reconhecimento que o mundo evangélico, intelectual e cultural tem pela sua obra e serviço, ele diz arrepender-se de: “não ter sido mais consagrado ao Senhor, de ter desperdiçado tempo... tempo a gente não recupera, perdeu, está perdido!”

Sinto-me privilegiada e orgulhosa por conhecer Shedd. Tive boas experiências com ele e, sobre tudo, aprendi muito. Na verdade, só posso estar grata ao Senhor por me permitir ter conhecido este e outros grandes homens de Deus.
Conheço, pelo menos, três pastores que abordam os trechos bíblicos (literalmente) com uma facilidade impressionante, mas Russell Shedd não tem margem de erro. Ele recita qualquer texto de cor, incluindo a referência bíblica e as passagens paralelas.


Pr. Shedd, Patrícia e eu, em Sardes
Quando viajámos pelas terras das “Sete Igrejas do Apocalipse”, onde ele ministrou os estudos bíblicos e históricos, pegou numa velha Bíblia em grego (uma das primeiras impressas) e fluiu a mensagem com tradução simultânea para que não se perdesse a essência do texto. Durante toda a viagem, nunca se escusou a responder a qualquer pergunta e ofereceu-nos um panorama mais íntimo sobre o trabalho e o exílio de João.
Aqui em Portugal, participei num seminário sobre “Exegese de I Coríntios” por ele ministrado que me trouxe perspectivas diferentes e fundamentadas acerca das cartas de Paulo e a igreja de Corinto.
Em Agosto passado, de visita ao nosso país, esteve na minha igreja (III Baptista de Lisboa) onde pregou sobre II Coríntios 2:12-17, com o título “Triunfo em Cristo”. Que refrigério e que honra ouvir um homem de Deus, com mais de 80 anos, explicar a Palavra de forma tão simples e penetrante.
Despediu-se dizendo que por certo já não voltamos a encontrar-nos devido à sua idade. Não faz mal, já valeu… e, com certeza, vamos encontrar-nos além do Jordão.

Muitas são as vezes que dou graças a Deus pelos líderes espirituais, pensadores e estudiosos das coisas celestiais, Shedd é um deles, um servo dedicado à glória de Deus, num mundo onde escasseia a dedicação à Obra.
Os seus receios não são infundados, quando diz: “Muitas igrejas desperdiçam uma boa parte das oportunidades que têm. Elas têm uma multidão de pessoas na sua frente e não estão realmente impactando estas vidas com o que a Bíblia ensina. As pessoas saem sem saber nada, ou quase nada. É importante que o ministério forme vidas para a glória de Deus.”

Agradeço-lhe a dedicação que tem à obra do nosso Deus e o mestre que é. Dou-lhe os parabéns por mais um ano entre nós!

“E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento.” – II Coríntios 2:14

sábado, 3 de novembro de 2012

Quase à Hora

Eu não gosto de chegar atrasada. Aliás, uso e abuso da agenda do telemóvel e, muitas vezes, de notinhas junto ao meu lugar na sala.

Estão a ver aquela situação do atrasado?
Imaginem quando alguém corre pelas escadas do metropolitano, atropela os outros transeuntes, acelera desenfreadamente pela gare e… quando chega perto do comboio, as portas fecham e desaparece no túnel.
O indivíduo quase apanhou o transporte, mas na verdade isso não serviu de nada. Matematicamente diríamos que quase equivale a nada.


O que nos é pedido é que cheguemos a tempo. O quase quer sempre dizer que houve perda de alguma coisa: uma aula, um dia de trabalho, uma participação, um encontro, ou, pior, a oportunidade da nossa vida.
Pode ser que mais tarde cheguemos ao destino, mas, necessariamente, a realidade vai ser outra e a fruição também.


Isto acontece no nosso dia-a-dia, tal como as desculpas para que o acontecido não pareça desleixo: relógio atrasado, trânsito, dor de cabeça, etc., etc..

Infelizmente, também é assim na vida cristã.
Perdemos oportunidades de testemunho, atrasamos a comunhão com os outros crentes, não temos tempo para meditar e, muitas veszes, desmerecemos a intimidade com Deus.
Depois, há os que dizem que acreditam em Deus, mas simplesmente não vão nem à hora, nem atrasados.

Hoje gostava de lembrar que, não existe meio cristão, nem meia salvação; Deus quer-nos por inteiro!
Não nos iludamos, ter quase feito a vontade de Deus é o mesmo que estar completamente à deriva.
Ser pontual, é um bom pretexto para obedecer ao Senhor que é nosso Deus, ainda para mais porque não sabemos quando será o fim da nossa vida terrena. Não sejamos distraídos, nem incapazes, desleixados ou atrasados.

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizámos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demónios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” – Mateus 7:21-23

“Vigiai porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor bramando como leão buscando a quem possa tragar”
I Pedro 5:8

“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.” – João 10:9

sábado, 27 de outubro de 2012

Prefiro o meu Cristo!

Por entre tempestades, dificuldades, crises e conflitos, eu prefiro acreditar no meu Cristo e usufruir da Sua companhia.
Às vezes as coisas não são como as sonhei, mas eu prefiro confiar na sabedoria do meu Cristo, porque sei que Ele faz o que for melhor para mim.
Acontece até eu não entender de imediato certas situações ou os seus resultados, mas continuo a preferir o meu Cristo para fazer comigo a caminhada.
Sofro provações e testes que julgo imerecidos, mas ainda prefiro o meu Cristo porque isso não acontece para Ele saber mais de mim, mas para eu saber mais d’Ele.

O mundo tem respostas? Sim!
Os líderes projectam soluções? Sim!
Os políticos prometem melhorias? Sim!
As religiões oferecem-se para resolver todos os problemas? Sim!
Sim, sim, sim, mas eu prefiro o meu Cristo porque Ele não falha, não mente, não se desculpa, não me abandona; ao contrário, fortalece-me e dá-me bênçãos de paz.

Quando olho para trás, tenho a certeza que nem sempre entendi (procedi) assim, mas sei que a salvação não é estática; ela é um processo de aperfeiçoamento, até àquele dia…
Eu acredito que o plano de Deus é infalível; que, a cada dia, esse plano me torna mais íntima do meu Senhor e que o culminar será a eternidade na glória do Pai. Por isso, eu prefiro o meu Cristo!
E tudo porque o Seu amor é indescritível e, mesmo antes de eu o preferir, Ele já me preferia a mim.



Prefiro o meu Cristo ao brilho vão;
prefiro a Sua graça e riquezas sem fim,
a casas e terras prefiro-O a Ele;
será de minha alma forte paladino.

Não quero o aplauso do mundo falaz;
prefiro nas filas de Cristo servir.
A fama do mundo é leviana e fugaz;
prefiro para sempre a Jesus seguir.

Antes que ser rei de qualquer nação
e em pecado governar,
prefiro o meu Cristo, sublime dom
que o mundo não pode dar.

(A tradução é minha, espero que esteja explícita)

sábado, 20 de outubro de 2012

Aba


Gosto muito de recordar pessoas, locais e situações que deram cor à minha vida e, por algum motivo, me incentivaram.
É aí que entra um crente que conheci na pré-adolescência, teria ele a idade que eu tenho hoje. Eric Barker, missionário inglês que fundou e pastoreou a Igreja Evangélica da Foz, no Porto. Um homem segundo o coração de Deus que, apesar das provações que fizeram a sua história (um dia falarei disso), sempre foi fiel.
Quando ele orava, eu ficava sossegadinha, a olhá-lo e a ouvi-lo. O rosto dele iluminava-se e, com um sorriso e uma doçura quase infantis, falava com o Pai.
As suas orações começavam sempre por: “Aba, Pai, meu Paizinho querido”.

Aba é uma palavra de raiz aramaica usada pelos judeus como forma carinhosa de tratamento ao progenitor e uma das primeiras palavras que as crianças aprendiam.
Podemos dizer que equivale às expressões portuguesas: “paizinho”, “papá” ou “pai querido”.
Relativamente a Deus, trata-se de uma forma muito intensa e íntima de dizer “Pai”.
Há textos de alguns historiadores que relatam que os primeiros cristãos utilizavam o termo “Ab•bá” nas suas orações.

Esta forma de tratamento não aparece no Velho Testamento, nem sequer na expressão simples de “Pai” porque nenhum judeu ousaria chamar Jeová com termos tão familiares. Na verdade, eles sabiam que havia uma enorme distância entre Deus e o homem.
Aba aparece escrita no Novo Testamento por três vezes; e a expressão “Pai” é, de todos os nomes de Deus, o que Jesus usou com mais frequência (mais de 200 vezes), denotando uma íntima afeição. Alguns exemplos disso, são:

Aos 12 anos, na primeira narração bíblica das palavras de Jesus:
“Porque me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?” – Lucas 2:49;
Quando Jesus ensinou os discípulos a orar:
Pai nosso…” – Lucas 11:2;
No Getsêmani, talvez o momento mais difícil e mais profundo:
Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero e sim o que tu queres.” – Marcos 14:36;
Quando estava na cruz, Ele proclamou:
Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” – Lucas 23:46.


Este é um dos maiores privilégios dos crentes, a intimidade e cumplicidade que o sangue de Cristo nos transmitiu, permitindo que falemos directamente com Deus e possamos dizer: “Aba, Pai, meu Paizinho querido”.



“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes outra vez atemorizados, mas recebestes o espírito de adopção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai!” – Romanos 8:15

sábado, 13 de outubro de 2012

Culpado… Procura-se!


Outro dia ia a caminhar quando reparei que, em sentido contrário, vinha uma jovem mulher de óculos escuros, fones e uma criança dos seus 4 anos pela mão. Já mais perto, atravessou uma rua sem cuidado, enquanto um homem muito idoso conduzia de marcha-atrás. Nenhum dos adultos tomou precauções (acho que nem se viram) e como me apercebi que a traseira do carro ia bater na criança, comecei a fazer sinal à jovem e a dizer “cuidado”, mas ela não ligou (não terá visto, nem ouvido).

Isso foi tudo mais rápido do que me parecia ser possível; quando elas subiram o passeio o carro devia estar a uns 10cm da criança.
Dois passos mais e estávamos a cruzar-nos. Eu disse-lhe do sucedido e da minha aflição para comunicar e a jovem respondeu: “Ah, não vi nada, eu venho a cantar e não reparei, mas também se acontecesse alguma coisa ele é que tinha culpa.” E seguiu.

Pois é, mais importante que as consequências está a busca por um culpado, com tanto que não sejamos nós próprios. Isto é assim desde o princípio. Lembram-se quando Adão colocou na Eva a culpa de ter comido o fruto?

Mas o pior é quando a procura do culpado assenta em Deus ou no Diabo. E há crentes que usam e abusam dessa perícia, “espiritualizando” todas as situações.

Permitam-me que comente duas histórias que, em diferentes oportunidades, ouvi da boca da mulher de um pastor.

1 – Aquando de uma lição da E.B.D. acerca do dízimo, deu o seguinte exemplo –
"Uma crente minha conhecida partiu um pé e, quando começou a ter despesas devido ao acidente, percebeu que Deus estava a castigá-la porque não tinha dado o dízimo. Eu nem precisei de dizer nada.”

Há seis anos atrás, parti um calcanhar. O que posso dizer é que dou graças a Deus por não ter procurado n’Ele o culpado. Eu estava no último degrau do escadote, a fazer equilíbrio num único pé, inclinada para a esquerda, no intuito de tirar um cortinado, sem ter de subir e descer constantemente.

2 – Numa reunião de oração, quando estava envolvida num projecto, compartilhou –
“Sempre que tenho um projecto na igreja, o Diabo fica a fazer-me frente o tempo todo. Ontem fui ao Shopping e quando ia a tirar o carro do estacionamento, bati numa coluna."

Já que não foi aselhice, nem distracção, a pergunta que me sugere é se o Diabo terá deslocado a coluna para deixar o carro mais apertado. Isto para não dizer que não precisamos de dar ideias ao diabo, ele é muito perspicaz.

Quando estamos na procura de um culpado, porque não primeiro pensarmos em nós próprios?
Temos de parar de transferir a responsabilidade do que de mau nos acontece para Deus ou para o Diabo; temos de assumir os nossos erros e arcar com as consequências.

“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Provérbios 28:13

domingo, 7 de outubro de 2012

Você Pergunta, a Bíblia Responde

Há histórias bíblicas que nos ficaram na memória desde que, muito pequenos, as ouvimos na Escola Bíblica Dominical. Quase todas eram sedutoras devido à magia que encerravam: “Daniel na cova dos leões”, o “Milagre da multiplicação dos pães e dos peixes”, a “Travessia do Mar Vermelho”, a “Arca de Noé” e tantas outras, também, a transformação da água em vinho nas Bodas de Caná.


Esta última, é a que trago hoje, não pelo encanto da transformação da água, mas para mostrar através deste episódio da vida de Jesus (João 2:1-11), como a Palavra de Deus dá resposta às perguntas que por vezes fazemos:

Será normal mantermos amizades e vida social?
(V.2) Jesus tinha amigos e, neste caso, foi convidado a participar num acto social que revela intimidade, um casamento, e aceitou.
Sim é normal e melhor se convidarmos Cristo a entrar nos nossos espaços. O cuidado que temos de pôr para um conviva tão especial, permite que tenhamos mais cuidado na escolha da nossa decisão.

Podemos acelerar as respostas às nossas ansiedades?
(V.4) A mãe de Jesus, perante o facto do vinho ter acabado, sabia que podia apelar à obra de Jesus, mas o tempo de Deus não é igual ao nosso.
Devemos aprender a esperar, sem perder a proximidade com o Mestre. Precisamos lembrar que o nosso nível de preocupação é humano, mas a decisão de Deus é espiritual.

Na dúvida, que certezas temos?
(V.5) Maria disse aos criados que fizessem o que Jesus mandasse.
Pode parecer um tiro no escuro, mas devemos ouvir e obedecer à vontade de Deus. Afinal de contas, se Ele é o Senhor das nossas vidas, mesmo quando o caminho não é o que julgamos melhor, devemos ter confiança na sua vontade.

Então, Deus faz tudo o que precisamos?
(V.7) Jesus mandou os serviçais encher os potes com água.
Não, é nosso dever fazer aquilo que podemos. Deus conhece as nossas limitações e sabe o que é razoável ao homem realizar; logo, devemos executar com fé o que for da vontade e mando de Deus.

Os resultados serão sempre satisfatórios?
(V.10) Depois da transformação de água em vinho, o mestre-sala aprovou-o como sendo o melhor, na sua perspectiva até era desfasado para a altura.
Devemos confiar nas respostas de Deus e ter certeza na vitória. Talvez não seja o que queremos, mas são, sem dúvida, as melhores.

Porque será que certos contratempos acontecem na nossa vida?
(V.11) Manifestou-se a glória de Deus e os discípulos confirmaram a sua fé.
Porque é necessário que reconheçamos a soberania de Deus e a nossa dependência; dessa forma, também, fortalecemos a nossa fé e mostramos a gloriosa missão de Cristo na nossa vida espiritual.

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”
II Timóteo 3:16-17

sábado, 29 de setembro de 2012

Relacionamento Verdadeiro

“Pois outrora éreis trevas, porém, agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” – Efésios 5: 8

Basta olhar à nossa volta para percebermos que ser religioso nada tem a ver com o verdadeiro relacionamento com Deus. Há pessoas que vão às igrejas com motivações que passam por tradição, medo, distracção, hábito, ilusão e mais uma quantidade considerável de razões.
Acontece que isso turva a presença do Mestre e desvirtua o relacionamento com Deus.

A passagem bíblica de Lucas 24: 13-35, fala de 2 discípulos que iam a caminho de Emaús, Jesus juntou-se a eles e…
Pois é, não o reconheceram.

Isto acontece quando somos meros religiosos:
1- Falamos acerca do Mestre, mas não temos consciência da Sua presença (v.14-16);
2- Deixamo-nos levar pelas agruras da vida (v.17);
3- Perdemos a sensibilidade para acreditar nos que vivem o Evangelho (v.22-24);
4- Descuramos o fervor pela Palavra (v.25-27).

Mas, ainda nada está perdido. Para termos um relacionamento real com Deus, basta:
1- Desenvolvermos intimidade com Ele, desejando a Sua presença (v.29);
2- Deixarmos Jesus guiar a nossa comunhão com o Pai (v.30);
3- Reconhecermos Cristo de forma pessoal (v.31a);
4- Restaurar a consciência, sentir o ardor da Palavra e testemunhar de Jesus (v.32-35).




Oração: Deus, ajuda-me a não desleixar o meu relacionamento contigo. Faz com que o meu coração reconheça a Tua presença. Que a Palavra seja luz na minha vida e eu não me canse de falar de Ti.

sábado, 22 de setembro de 2012

O Pastor Velhinho

Esta é a designação com que os meus netos carinhosamente se referem ao Pastor António dos Santos.
Lembrar-me eu que o conheci nos meados dos idos anos 60. Era ele um jovem pastor…

Converteu-se aos 17 anos e, apaixonado pelo seu Mestre, decidiu servi-lO a tempo integral. E, integral, é isso mesmo, a tradução literal da sua disponibilidade à obra de Deus.
O ano passado completou 55 anos de consagração ao ministério e 50 de serviço pastoral na III Igreja Evangélica Baptista de Lisboa.

03.07.2011 - Eu felicitando o pastor
pelos 50 anos de ministério na nossa igreja
Ele é, provavelmente, o pastor que mais apresentações, baptismos, visitação, casamentos e funerais fez durante o seu ministério e, seguramente, o que mais rebuçados guardou (guarda) dentro dos bolsos para mimar os mais pequeninos.
Muitos são os que têm aprendido com as suas mensagens e exemplo, os que se comovem com o seu amor e dedicação e os que se riem com as suas histórias incríveis.
Ele tem uma enorme capacidade de serviço, é bom ouvinte, tranquilo, presente, cuidadoso e tem coisas que uns gostam mais e outros menos, mas não fica indiferente a ninguém e, mais tarde ou mais cedo, todos reconhecem o seu valor e o respeitam.

Na quinta-feira, completou a provecta idade de 80 anos e, após 50 a pastorar a nossa igreja, continua ao seu serviço (activo) como pastor emérito.
Talvez o possa definir como alguém humilde perante Deus, simples perante os homens!



“Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.”
Hebreus 13:7

 
Eu amo-o muito pastor e sim, desejo imitar a sua fé.
Para usar uma linguagem internauta, digo-lhe: Gosto!

sábado, 15 de setembro de 2012

Quem Sou Eu?

“Quando contemplo os Teus céus, obra dos Teus dedos, a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, para que Te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites?”
Salmo 8:3-4



Quem sou eu?
P’ra que o Deus de toda terra
Se preocupe com meu nome
Se preocupe com minha dor.

Quem sou eu?
P’ra que a estrela da manhã
Ilumine o caminho
Deste duro coração.

Não apenas por quem sou
Mas porque Tu és fiel;
Nem por tudo o que eu faça
Mas por tudo o que Tu és!

Eu sou como um vento passageiro
Que aparece e vai embora;
Como onda no oceano
Assim como o vapor.

E ainda escutas quando eu chamo,
Me sustentas quando eu clamo,
Me dizendo quem eu sou:

Eu sou teu!
Eu sou teu!

Quem sou eu?
P’ra ser visto com amor
Mesmo em meio ao pecado
Tu me fazes levantar.

Quem sou eu?
P’ra que a voz que acalma o mar
E acaba com a tormenta
Que se faz dentro de mim.

A quem temerei?
A quem temerei?
Eu sou teu!
Eu sou teu !

sábado, 8 de setembro de 2012

Alfabetização e Literacia


Faz hoje 45 anos que a ONU e a UNESCO declararam este dia como o “Dia Internacional da Alfabetização”, com o propósito de alertar a consciência da sociedade internacional para um compromisso mundial para o desenvolvimento e a educação.


Portugal, apesar dos progressos verificados após a Revolução, tem ainda uma parte significativa de população analfabeta (9 em cada 100 portugueses continuam sem saber ler e escrever).
Sendo que alfabetização e literacia não são sinónimas, creio que os números apurados pecam por defeito pois juntar letras e ler palavras, não é o mesmo que entender o texto.

Porque é que trago aqui este tema, para além da efeméride?
É simples, tem tudo a ver com as Sagradas Escrituras.
A educação sempre teve um papel importante no desempenho do povo de Deus. No Velho Testamento a aprendizagem da aliança de Deus com o seu povo foi recomendada para cada geração (Ex.: Deuteronómio 6:1-2); no Novo Testamento a educação teve especial destaque na igreja primitiva (Ex.: Actos 5:42; II Timóteo 2:15); nos nossos dias muitos são os pastores, teólogos e líderes que empenhadamente estudam e ensinam a Palavra.

Na verdade, não é à toa que os crentes estudiosos da Palavra de Deus, mesmo com pouca escolaridade, têm uma literacia superior à de outros cidadãos. É que o entendimento exegético e hermenêutico precisa de treino mental (discernimento).

Para isso e porque o tempo é de aperto (o preço dos artigos escolares, as matrículas e as propinas são praticamente insuportáveis), trago boas notícias:
* Matrícula – grátis para quem pedir a ajuda de Deus.
* Material escolar – a Bíblia Sagrada, caderno e caneta (há livros de apoio, mas não são obrigatórios).
* Local de aprendizagem – o nosso próprio lar e a igreja mais próxima (há Escolas Bíblicas e Seminários, mas nem todos têm que frequentar).
* Tempo de estudo – o estipulado pelos horários da comunidade religiosa e mais o que individualmente dispusermos.
* Método – Leitura atenta (pelo próprio ou outro) da Bíblia; reflexão; anotação das propostas do texto; pesquisa; anotação de dúvidas; pedido de auxílio ao pastor ou a um crente mais experimentado; estar focado nos objectivos das lições e pregações na igreja; fazer o trabalho diário (praticar).

Muitos crentes são privilegiados, tal como foi Timóteo (e eu), já que desde a infância têm a oportunidade de aprender as Sagradas Letras. Mas, em qualquer altura da nossa vida se pode dar início ao estudo, não importa a idade para formar uma comunidade de estudantes da Palavra Deus (incluindo a alfabetização, se for necessário).
O crente deve superar-se, não pode desculpar-se com a sua ignorância, nem contentar-se com a sua inferioridade porque isso equivale a dizer que está deliberadamente a perder os tesouros escondidos na Palavra de Deus.

“Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica;
pois receberam a Palavra com toda a avidez,
examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram de facto assim.” – Actos 17:11

sábado, 1 de setembro de 2012

Shalom!

As palavras têm vida e história própria e eu gosto de as explorar.
“Shalom” é, provavelmente, a palavra de que mais gosto e mais prazer me dá; exactamente assim, com a sonoridade original, sem tradução e com o seu real sentido. Daí a utilizar regularmente.


Amplamente usada no Velho Testamento (mais de 250 vezes) esta palavra de origem hebraica, geralmente traduzida como “paz”, significa “estar bem” e é, até hoje, utilizada como cumprimento entre os judeus, principalmente em Israel.
Pretensamente não como o nosso tradicional cumprimento de “olá” ou “adeus”, mas como um desejo ligado à integridade do individuo, ao todo, à harmonia, à qualidade de vida e à bênção.

Então, em “Shalom”, está implícita a ideia de um estado de rectidão e plenitude, só conseguido através da acção da graça divina na nossa vida. Lembremo-nos que Jesus foi identificado como “Príncipe da Paz” (Isaías 9:6) e que n’Ele fomos reconciliados com Deus.
Portanto, saudar com “Shalom” é, além de um desejo para com o nosso interlocutor, uma intercessão a Deus pelo seu bem-estar.

Aceitemos para nós o cumprimento de despedida de Cristo aos seus discípulos:

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” – João 14:27

Saúdo-vos com Shalom!

sábado, 25 de agosto de 2012

Não Andeis Ansiosos

Eu gostava de ter estado naquela multidão que seguiu Jesus, até que Ele se sentou num lugar do monte e começou a falar-lhes.

Passei por lá em 1999, é inspirador!… Ao sentir aquela aragem, ao ver toda a paisagem circundante e ao descobrir pormenores singulares do local, imaginei, por um pouco de tempo, que estava na cena do "Sermão da Montanha", uma das minhas preferências bíblicas (Mateus 5-6-7).

Há no capítulo 6, uma clara demonstração de que é Deus que nos sustenta e de que Ele está interessado na nossa vida total.
Concretamente no trecho a partir do versículo 25, Jesus enfoca a mensagem nas solicitudes da vida: a ansiedade pelo comer, beber e vestir, ou a inútil preocupação de acrescentar mais um pouco de tempo à vida.
No entanto, desde a criação, Deus forneceu amplos recursos na terra e no mar para suprir as nossas necessidades. Ao homem, compete saber utilizá-los e trabalhar, pois não estamos isentos de dificuldades; mas deixando de lado a ansiedade.

Buscar o reino e a justiça de Deus, é procurar colocar tudo debaixo do governo e controlo d’Ele; é investir a vida em valores eternos; é fazer tudo para a Sua glória. E o resultado disso, é vermos as demais coisas nos serem acrescentadas, pois Deus supre e cuida, dá paz, alegria, vida abundante e tudo o mais que nos é necessário.

Na verdade a ansiedade é a preocupação sobre o amanhã, mas experimentada hoje. Sempre que ficamos ansiosos, ficamos preocupados no momento presente sobre alguma coisa que vai acontecer no futuro, muitas vezes, por algo que nem chega a acontecer.

“Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã,
pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” – Mateus 6:34

domingo, 19 de agosto de 2012

Santificação

Santificação, quer dizer “tornar santo” ou “separar do mundo”, para usufruir de completa comunhão com Deus.
Isto não quer dizer que obtemos uma perfeição espontânea e absoluta, mas que adquirimos obediência e pureza diante de Deus num processo vitalício, sendo progressivamente transformados até à semelhança de Cristo.

Paulo, ao modo de bênção, no fim duma carta diz:

“O mesmo Deus de paz vos santifique completamente;
e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros
e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”
I Tessalonicenses 5:23

Podemos verificar que o homem é composto por: corpo, alma e espírito, e que a santificação atinge as três componentes, por isso Paulo utiliza o advérbio “completamente”, ou seja, o todo. Vejamos cada uma das partes:

ESPÍRITO – capacidade de ter consciência das coisas espirituais (razão, conhecimento, inteligência) e de ter comunhão com Deus. De facto, o único ser da criação capaz de questionar e se relacionar com Deus, é o homem.
Santificação do Espírito: regeneração (I Pedro 2:1), crescimento (I Pedro 2:2) e identificação com Cristo (I Pedro 2:5);

ALMA – capacidade de ter consciência do eu (entendimento, emoções, arbítrio), é a vida, a manifestação não material do ser. Só difere dos outros animais porque foi modelada à imagem de Deus.
Santificação da Alma: mudança de valores (Efésios 4:25-32) e prática da Palavra de Deus (Tiago 1:21);

CORPO – é a matéria, o físico, o reconhecimento das coisas naturais. Aí, o homem tem forma e função como qualquer outro animal, mas, para Deus, uma avaliação diferente da dos outros seres (status, preço, postura).
Santificação do Corpo: guardar da imoralidade (I Coríntios 6:12), utilização convenientemente (I Tessalonicenses 4:4) e por fim, gozar a transformação (I Coríntios 15: 51-53).

Ora, então, a santificação começa pela regeneração do espírito, depois e progressivamente, a alma é restaurada e o corpo é purificado. Quando Paulo destaca as três partes, mostra que cada uma delas é importante e tem de ser trabalhada.
Uma vez santificados, sabemos que a nossa recompensa é a vida eterna com Deus.

“Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.” – Romanos 6:22

domingo, 12 de agosto de 2012

Versão ou Confusão?

Há algumas “interpretações” da Palavra de Deus e/ou do pensamento de Deus que me deixam perplexa. É que, alguns, à força de acharem que têm que dar resposta a tudo, acabam por perder a humildade e não reconhecer a limitação da nossa mente. Ora, há coisas que nós não conseguimos perceber, simplesmente, porque Deus não quer.

“As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.” Deuteronómio 29: 29

“Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.”
I Coríntios 13: 12

O problema é que, quando se quer espiritualizar tudo, ou se tem vergonha de dizer “Não sei!”, entramos no delírio da explicação.
Com tudo quanto é importante e que a Bíblia nos diz claramente, com tanta orientação para sermos pessoas melhores, com dicas para tudo quanto é prática do dia-a-dia, porque havemos de querer interpretar aquilo que Deus não revelou?
Isso é importante para a nossa fé?


O que Deus quer que entendamos é o que é necessário saber agora, porque, se Ele revelasse o que está oculto, nós não entenderíamos.

Eu sou adepta do estudo da Palavra, considero que sou uma bereana, sei que o Espírito vai agindo no nosso discernimento, mas nem por isso quero pôr palavras na boca de Deus, nem ideias no seu pensamento. Porque há coisas que só com novo corpo e nova mente, nós poderemos entender.

Por vezes ouvimos dizer coisas que alguém, algum dia, em determinado lugar, em contexto desconhecido disse, e tomamos isso como verdade absoluta, ainda que a Bíblia não o revele ou insinue. Soou bem, ficou bonito, e é orgulhosamente repetido como sendo um original; depois, ouvimos elogios pelo “discernimento” de fulano que disse o que está estafado de ser ouvido…

Por exemplo, é normal ouvir dizer que Deus permitiu que o pecado existisse para que não fossemos marionetas, mas pudéssemos ter poder de decisão. Será?
Eu não sei se foi isso e questiono se, por essa ordem de ideia, quando partirmos para a eternidade com Deus, vamos ser marionetas; mais, os anjos são marionetas?
Certeza tenho que, quando estiver com Ele face a face, tudo será revelado. E, para já, não estou preocupada em ter respostas, como se tivesse de desculpar as decisões de Deus.

Ainda voltarei a este tema, com outras questões que “atormentam” o desejo de alguns crentes terem resposta para tudo que Deus ainda não revelou.
Hoje, é tempo de louvar ao Omnisciente!

domingo, 5 de agosto de 2012

A Graça de Deus

Normalmente, quando falamos em salvação, impera a ideia de “aceitar Jesus como Salvador”. A terminologia é aceitável, também não sei outra forma de o dizer, mas, na verdade, foi Ele que nos aceitou a nós.
O que se espera da parte do homem, vai no sentido de crer em Cristo e arrepender-se dos seus pecados.

“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, Eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo conceda.” João 15:16

A salvação não é uma simples decisão do pecador, mas sim a inefável graça de Deus!
Que éramos nós, antes de reconhecermos o amor de Deus, para que o aceitássemos? Nada! De facto, a sua misericórdia antecipou-se a nós, ou, a graça não seria graça.


Então, Ele nos escolheu e nomeou-nos para irmos e produzirmos fruto. De alguma forma, como modernamente se diz, temos de deixar a nossa “zona de conforto” onde tudo corre ao sabor das “ondas” e passarmos a ter um Senhorio que nos pede para sermos ousados e radicais, promovendo mudanças profundas na nossa vida de forma a produzirmos fruto que não pereça.

E assim, transformados e cumprindo a missão, temos plena relação com o Pai, em Cristo Jesus.
Às vezes pensamos que não valemos nada, mas Deus nos escolheu; logo, somos especiais e temos um grande valor, tão grande que, pela sua graça, Ele não só nos salvou, como comunica connosco.

Que temos feito com a salvação?
Sejamos fiéis!

domingo, 29 de julho de 2012

Deus é Fiel

Já aqui confidenciei que não sou de me queixar das coisas, pelo menos enquanto não estão resolvidas. Quando passa o tempo suficiente para receberem o estatuto de experiência, então posso falar. A excepção à regra podem ser os meus filhos.

Ora, isto, tem um preço de solidão e sofrimento, mas também de tranquilidade para poder estar a sós com Deus e para resolver os problemas sem ter inúmeras e díspares opiniões.
Digamos que sou uma espécie de corredora de barreiras.

Um dia destes partilharei o que penso acerca destes atropelos da vida. Hoje, só quero relatar um aviso que Deus me fez numa situação recente.

Para mim, este tem sido um ano “horribilis” e eu sou humana… nunca cheguei a cair, mas vou-me abaixo; tento sorrir sempre, mas as lágrimas chegam à menor coisinha; confio na vitória, mas sinto uma inquietude profunda… e só ando em frente porque sei que, a qualquer momento, o meu Deus proverá!

Na passada segunda-feira, um dos diversos problemas que me acompanha desde o início do ano, pese embora nunca ter deixado de tentar resolver a situação, ao que tudo indicava tinha-se complicado.
Na terça, já farta de trabalhar para a solução, fiz uma pausa e entrei no facebook da minha filha para descomprimir um pouco (eu não sou adepta de redes sociais) e reparei numa frase de Luther King:

“Eu segurei muitas coisas em minhas mãos, e eu perdi tudo; mas tudo que eu coloquei nas mãos de Deus
eu ainda possuo.”

Mais abaixo e na mesma página, estava este selo:



Franzi o sobrolho e pensei: “Isto é comigo! Então agora Deus tem facebook?” e  enquanto Ele sussurrava, eu agradeci-Lhe o lembrete.

Na quarta-feira, aquele assunto que parecia não ter fim e eu pensava ter-se complicado, ficou resolvido.



O meu Deus é fiel. Ele podia ter resolvido tudo antes? Sim!
Mas foi agora. Porquê? Sei lá, isso não é importante!

“Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e Ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado.” – Salmo 55:22

domingo, 22 de julho de 2012

Louvai ao Senhor

Hodu l’Adonai ki tov, ki l’olam chasdo;
Hodu l’Adonai ki tov, ki l’olam chasdo.
Hodu, hodu, hodu, hodu, hodu l’Adonai ki tov;
Hodu, hodu, hodu, hodu, hodu l’Adonai ki tov.


Culto no Moshav - Cânticos

Aprendi este cântico quando, há quase 13 anos, visitei Israel. É muito lindo, se o ouvissem iam gostar!

As viagens para mim são sempre inesquecíveis presentes de Deus que me enriquecem e se tornam especiais por isto ou aquilo.
O especial desta viagem foi tudo. Percorri os caminhos e locais bíblicos, aprendi muito sobre os costumes e a história judaica, percebi o porquê de alguns acontecimentos e descobri a aplicação de algumas passagens proféticas.




No Moshav de judeus messiânicos onde fiquei hospedada por 3 dias, havia uma alegria contagiante e, no convívio com esses irmãos, pude sentir a comunhão (quase primitiva) dos crentes em Cristo e o prazer do louvor. 

Culto no Moshav - Danças de Louvor
 O hino baseia-se no versículo:

“Rendei graças ao Senhor, porque Ele é bom; porque a sua misericórdia dura para sempre.” – Salmo 136:1

Quando falamos sobre darmos graças ao Senhor, devemos pensar que o louvor se deve aplicar em todos os nossos actos e ser verdadeira adoração.
Quanto a Deus, Ele já é bom só pelo facto de nos ter criado (ponto). Mas, ainda assim, a Sua misericórdia é eterna, porque é o cerne da Sua natureza.
Vivemos dias onde o conceito de amor está completamente deturpado, é algo do momento, onde o que importa é alimentar o ego. Mas, o amor de Deus é verdadeiro, não se cansa e dura para sempre.

Quando lemos o salmo completamente, podemos observar que existe como que um refrão, talvez responsivo, que remata cada argumento da exaltação feita ao Senhor. Ora, esse refrão (porque a sua misericórdia dura para sempre) lembra-nos que é o amor de Deus que suporta o nosso viver e por isso o devemos louvar.

Queridos, provai como o Senhor é bom e vede quantos milagres Ele faz na vida de todos nós, todos os dias. Depois, rendei-Lhe louvores!

sábado, 14 de julho de 2012

Netos

Samuel

Quando os meus netos nasceram eu já os amava muito, mas não sabia como eles iam mudar a minha vida. Foi então que, tudo quanto tinha imaginado para a minha velhice, caiu por terra.

Há lá coisa mais querida que os meus netos…
O Samuel e a Sara são gémeos, filhos do meu filho, e fizeram 6 anos na passada 4ª feira (dia 11).



Senti-los é uma experiência misteriosa entre a tranquilidade e a inquietação. Eles são tão meus que não posso sequer admitir abdicar da sua presença.

Sara
Com eles, tenho revivido a infância dos meus filhos e o meu papel de mãe. Para mim não existe essa coisa do “açúcar” ou do “mel” que se costuma dizer das avós; sou exigente ou permissiva naquilo que acho certo e isso já eu fazia com os meus filhos. A diferença está em que tenho mais tempo, pois já não trabalho, e em ter perdido alguma força e agilidade física (estou velhota), mas ainda assim, faço quase tudo com eles.




A Bíblia conta que Timóteo foi abençoado com algo muito precioso, ele tinha uma avó crente e actuante no seu crescimento. Eu posso usufruir desse mesmo prazer na vida dos meus netos e espero ser especial para eles.
Na verdade, revejo-me em Lóide, não só porque tenho uma acção efectiva na prestação de cuidados e educação deles, mas porque quero muito que os meus meninos conheçam Deus e aprendam as Sagradas Escrituras.
O apóstolo Paulo lembrou a Timóteo: “Desde a infância sabes as sagradas letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.” (2 Timóteo 3:15). Até hoje, o mais importante para formar o carácter continua a ser a vida espiritual e a melhor altura para iniciar a educação e o ensino do adulto é a infância.

Todos os anos escrevo uma pequena história para cada um, desta vez, além dos livros, e por ser a entrada para um novo ciclo de vida, receberam uma pedra.

Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e chamou-lhe Ebenézer; e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor.” – I Samuel 7:12

Deus deu-me dois filhos fantásticos; ter no meu filho um bom pai é a melhor compensação para a educação que lhe dei; ter estes netos maravilhosos é uma bênção imensurável.

Parabéns netos, amo-vos muito… muito!

sábado, 7 de julho de 2012

Deus não Falha!

Recebi da minha amiga Marisa um texto que aqui reproduzo. De facto achei-o muito interessante e fez-me pensar na forma maravilhosa como Deus age.

Ele não traz holofotes, não faz barulho, não se promove, mas nem por isso deixa de ser absolutamente eficaz. E, ainda, é capaz de fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos.
Quando o medo tenta apoderar-se de nós, em vez de esgrimirmos com Deus na tentativa de soluções mais eficazes ou mais aparatosas, tenhamos fé, Ele é poderoso e nunca falha.

“Clamarei ao Deus altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa. Ele do céu enviará seu auxílio e me salvará do desprezo daquele que procurava devorar-me. Deus enviará a sua misericórdia e a sua verdade.” – Salmo 57:2-3

«Certa vez um homem estava a ser perseguido por vários malfeitores que queriam matá-lo. Então, correu, correu, até que virou num atalho que saía da estrada e entrava pelo meio do mato. No desespero, elevou uma oração a Deus:
- Deus todo Poderoso faz com que dois anjos venham do céu e tapem a entrada da vereda para que os bandidos não me matem.
Entretanto, percebeu que os homens se aproximavam do local onde se escondeu e viu que na entrada somente apareceu uma minúscula aranha.

Cada vez mais angustiado, exclamou:
- Senhor, eu pedi anjos, não uma aranha! Por favor, coloca um muro forte na entrada desta vereda, para que os homens não possam entrar e me matar...
Quando abriu os olhos esperando ver um muro, viu apenas a aranha que arduamente tecia a teia.

Os malfeitores já estavam perto; o homem apenas esperava a morte.
Quando passaram em frente do esconderijo o homem ouviu-os falar:
- Vamos, entremos por aqui.
- Não, não, repara na teia de aranha. Ele não podia ter entrado por aqui sem a desfazer. Vamos embora!

Fé é crer no que não se vê, é perseverar diante do impossível. Às vezes pedimos muros para estarmos seguros, mas Deus deixa que a sua Glória se manifeste através de algo como uma teia e ela dá-nos a mesma protecção de uma muralha.»

sábado, 30 de junho de 2012

Oração

“Cheguemo-nos, pois, confiadamente, ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno.” – Hebreus 4:16

(carregue no canto inferior direito para ampliar)

Ámen!

sábado, 23 de junho de 2012

A Pureza da Oração

Minha neta Sara aos 10 meses
Eu gosto de ouvir as crianças orar!

Infelizmente, excepção feita nos acampamentos das idades respectivas e, algumas vezes, na classe etária da Escola Bíblica Dominical, não existe o hábito de pedir aos pequenitos para orarem nos cultos.
Porém, se os ouvíssemos, tínhamos muito a aprender relativamente à pureza da oração, podíamos fomentar neles o prazer de comunicar com Deus e evitávamos um futuro ainda mais decadente neste ministério.

As crianças essencialmente agradecem. Ele é o sol, os amigos, o pai, a mãe (e vão abrindo o rol da família), a comida, a natureza, os brinquedos, o cão (coisa praticamente impensável a um adulto) e os amigos e...
Embora menos, também pedem, para irem ao parque, para terem aquele brinquedo preferido, etc.

“Bem-aventurados são os puros de coração, porque verão a Deus.” – Mateus 5:8

Reparem que, quando ensinamos os meninos a orar, dizemos palavras simples e antecedemos sempre com: “Obrigado…”, mas julgo que não é para aprenderem, é porque os achamos incapazes de perceber ou conseguir mais que isso.
Por isso, quando somos nós a orar, ficamos no alto das nossas faculdades extraordinárias a rebuscar palavras despropositadas, a exibir conhecimentos bíblicos, a mandar recados e a elaborar espiritualidade, contaminando-nos com estilos e perdendo a essência.
Oração deve ser propósito e ter objectivo, verdade e pureza.

Quando os meus filhos eram pequenos, a Débora, algumas vezes disse na oração: “obrigada pelo xi-xi e pelo cocó”. Claro que eu e o meu filho (mais velho 4 anos) achávamos graça, mas logo expliquei ao Marcos que não devíamos valorizar e tínhamos que agir com naturalidade, até porque, na verdade, ela tinha problemas de obstipação.
E então, porque é que ficamos a corrigir, a interromper ou a evitar certas expressões, sem necessidade? Primeiro, Deus entende; depois, naturalmente, com a idade as crianças alteram os termos; espero que não a forma.

Meus netos - Samuel a orar
Há 2 anos, na primeira refeição de um acampamento familiar (onde estão mais adultos que crianças), o responsável pediu um voluntário para orar. O meu neto Samuel, na altura com 4 anos, levantou o dedo... (foi bom porque a partir daí outras crianças tiveram iniciativa igual).
Então, ele ficou de pé em cima do banco, olhou para nós e disse: “Vá, todos fechem os olhos” e, ainda no sussurro provocado pelo aviso inesperado, começou a agradecer a sopa e o comer, o Jesus, as histórias do Jesus e a pedir para as pessoas e os meninos se portarem bem e a bola estar boa para poder jogar e que gostava de tocar bateria… “em nome do Jesus. Amém!”

Eu gosto de ouvir as crianças orar!

“Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há-de permanecer no seu lugar santo? O que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura enganosamente.” – Salmos 24:3-4

domingo, 17 de junho de 2012

Doce Provocação

Podia estar a falar duma sobremesa irrecusável; ou talvez de outra coisa qualquer, desde que não fosse fácil resistir à sua atracção.
Podia, mas não…, estou mesmo a falar da acção do Tentador. A sua astúcia é de tal forma que, sendo maléfica, ao contrário de afastar, atrai; em vez de assustar, seduz; e não, não é amarga, é doce.

A Bíblia diz pouco sobre Satanás, mas fala muito sobre a sua actividade.
Vamos tomar por base o que ele fez logo após a criação (Génesis 3), lembrando que, até hoje, ainda utiliza as mesmas armas:

1º Estádio – o Tentador tem a argumentação de um ser INGÉNUO, não afirma, pergunta, aguça a curiosidade (v. 1);
Resultado – Eva, ao repetir as palavras do Criador, teve tempo para ponderar na limitação que Deus lhes impusera (vs. 2-3).

2º Estádio – o Tentador é SAGAZ, mestre em lançar a confusão, joga a cartada da dúvida e depois pausa, para dar tempo ao interlocutor de digerir a situação (v. 4);
Resultado – podemos imaginar que Eva se sentiu incrédula porque, ou a bondade de Deus era restritiva e oferecia morte, ou escondia algum segredo.

3º Estádio – o Tentador é SUBTIL, vai ao ponto fraco do indivíduo através da sedução à obtenção de algo bom que lhe está a ser negado (v. 5);
Resultado – a insinuação acerca do fruto foi directa ao apetite (agradável aos olhos) e à vaidade (dá entendimento) de Eva e ela desobedeceu (v. 6).

Depois da queda de Adão e Eva, todos herdámos a propensão para o pecado, mas isto não quer dizer que o devemos praticar.
Da mesma forma que há características que são transmitidas congenitamente, mas só se desenvolvem por acção directa, assim é com o pecado.


Quando pensamos nos limites que Deus nos coloca e questionamos a bondade e a justiça d’Aquele que nos criou, quando o nosso apetite e vaidade nos levam a dar passos em falso, o fim é desobediência - pecado!



A doce provocação é falaciosa e traz distúrbios que, não sendo reparados pelo sangue de Cristo, levam à morte. Afinal, o doce, amarga e, a verdade do Tentador, é a destruição.
Por isso:

“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar.” – I Pedro 5: 8